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A atriz italiana Gina Lollobrigida, diva do cinema de meados do século XX, morreu nesta segunda-feira(16), aos 95 anos – anunciou o ministro da Cultura de seu país, Gennaro Sangiuliano, no Twitter.

A intérprete de "Pão, amor e fantasia" (1952), que ficou famosa por sua beleza e participou de mais de 60 filmes, passou por uma cirurgia em setembro passado, após fraturar o fêmur em uma queda em casa.

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"Adeus à diva das grandes telas, protagonista de mais de meio século de história do cinema italiano. Seu encanto permanecerá eterno. Adeus Lollo", tuitou o ministro Sangiuliano.

Lollobrigida nasceu em 4 de julho de 1927 na comuna Subiaco, pequeno povoado no coração dos Abruzos, em uma família modesta. Passou quase toda sua infância em Roma, onde estudou Belas Artes e encantou com sua beleza.

A artista entrou nos estúdios de cinema Cinecittà, em Roma, para pequenos trabalhos e foi descoberta pelo produtor americano e milionário Howard Hughes.

Após uma breve estadia em Hollywood, iniciou sua carreira ao voltar para Itália, onde se consagrou como uma das atrizes mais reconhecidas do Velho Continente.

Entre as décadas de 1950 e 1960, atuou com atores e diretores como Frank Sinatra, Sean Connery, Marcello Mastroianni e Humphrey Bogart.

Em 1980, "Lollo", como era chamada, voltou a se dedicar inteiramente às suas primeiras paixões no mundo da arte: a fotografia e a escultura.

A lendária atriz italiana Gina Lollobrigida foi homenageada nesta quinta-feira (1°) com uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood, para celebrar meio século como uma das mulheres mais icônicas do mundo.

A ganhadora do Globo de Ouro, de 90 anos, atuou em cerca de 60 filmes, mas seu ponto alto foi quando protagonizou com Humphrey Bogart o longa de John Huston de 1953, intitulado "O Diabo Riu por Último".

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"O que posso dizer? Estou muito emocionada. Não esperava, depois de tantos anos, voltar aqui e ter todo esse amor", disse Lollobrigida, falando em inglês. "Fui muito mimada nos Estados Unidos, inclusive quando vim pela primeira vez e fiz o primeiro filme com (os estúdios) MGM, com Frank Sinatra. Lembro que me trataram como uma rainha. Nunca vou esquecer", acrescentou.

Tiziana Rocca, diretora-general do festival em cartaz Filming on Italy, em Los Angeles, descreveu Lollobrigida como uma "lenda", com uma "carreira espetacular".

A atriz também é muito conhecida por sua atuação no filme americano de 1956 "Trapézio", no qual atuou com Burt Lancaster e Tony Curtis.

Nascida Luigina Lollobrigida em Subiaco, Itália, em 4 de julho de 1927, na juventude foi modelo e participou de concursos de beleza. Em 1947, terminou em terceiro no Miss Itália.

Sua filmografia inclui, entre outros, os filmes "A Mulher mais Bela do Mundo", "Vênus Imperial", "Buona Sera, Mrs. Campbell", "Ousadia de Valente", "Mulher de Palha", "Quando Setembro Vier", "Amor à Italiana", "O Corcunda de Notre Dame", "Salomão e a Rainha de Sabá" e "Hotel Paradiso".

Na década de 1970, Lollobrigida interessou-se pelo fotojornalismo e hoje se dedica à fotografia e à escultura.

A atriz italiana Gina Lollobrigida disse que foi vítima de agressões sexuais, mas considerou que é preciso ter coragem para denunciar no momento do fato, e não anos mais tarde.

"Parece-me que falar sobre isso agora é uma maneira de procurar publicidade", declarou a antiga sex symbol de 90 anos quando perguntada sobre os escândalos sexuais que agitam a indústria cinematográfica durante um programa televisionado exibido na quarta-feira à noite.

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"Você precisa ter coragem para denunciar os fatos no momento, mas mesmo eu não tive essa coragem, fiquei quieta, não disse nada", acrescentou.

Falando com poucas palavras e grande dignidade, ela explicou que duas vezes sofreu agressões sexuais "bastante sérias" de um estranho e de um italiano.

"A primeira vez, eu era inocente, não conhecia o amor, não conhecia nada. Então foi grave e a pessoa era muito conhecida. Eu tinha 19 anos, ainda estava na escola", declarou a atriz nascida em 1927.

"A segunda vez, eu prefiro não falar", acrescentou, revelando que foi após seu casamento em 1949 com o médico Milko Skofic, com quem teve um filho antes de se divorciar mais de 20 anos mais tarde.

"As agressões sexuais, ficam em você e marcam seu caráter. É algo do qual você não consegue se livrar. Suas ações estão sempre sujeitas a essas memórias terríveis", disse ela.

Um mês após as revelações sobre o produtor Harvey Weinstein, acusado por uma centena de atrizes e ex-colaboradoras de assédio, agressão sexual ou estupro, muitas vozes se elevaram e outros ídolos caíram.

Na Itália, várias atrizes assumiram a defesa do diretor Giuseppe Tornatore, autor de "Cinema Paradiso" em 1988, Oscar de melhor filme estrangeiro em 1990, acusado de ter importunado uma atriz há 20 anos, o que negou.

As atrizes são as rainhas indiscutíveis de Cannes: sua beleza já provocou brigas entre os fotógrafos e seus caprichos e rivalidades estão na boca de todos.

- "A guerra dos bustos" -

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No fim dos anos 1950, duas italianas sensuais disputavam os olhares dos cinéfilos: Gina Lollobrigida e Sophia Loren.

Na "guerra dos bustos", Cannes era, a cada ano, um campo de batalha. "La" Loren ganhou muitos pontos em 1961, quando venceu o prêmio de melhor atriz por seu papel de viúva em "Duas Mulheres", de Vittorio de Sica.

Outras estrelas italianas da época, Claudia Cardinale, Monica Vitti e Silvana Mangano, também fizeram sucesso na Croisette.

- Brigitte Bardot e a histeria coletiva -

Brigitte Bardot era uma completa desconhecida quando participou pela primeira vez no Festival em 1953, mas já causou grande sensação. De biquíni na praia, ela encontra o ator Kirk Douglas, que faz uma trança em seu cabelo.

Ela retornou 14 anos depois, já transformada em "sex symbol" planetário. Ao entrar no Palácio dos Festivais para o encerramento do evento, muitos jornalistas e fotógrafos brigavam para tentar observar a atriz. Os policiais tentavam abrir passagem, enquanto o marido da atriz, o alemão Gunther Sachs, gritava "Não a esmaguem".

- "Na cama com Madonna" -

Em 1991, no auge da carreira, a cantora americana apresentou no festival o documentário "Na cama com Madonna". Para sua corrida diária de 15 km, ao lado de 15 seguranças, ela paralisava o trânsito nas pequenas ruas sinuosas de Cap d'Antibes, perto de Cannes.

Na noite da exibição do filme, quase 10.000 fãs se reuniram diante do Palácio dos Festivais: sua limusine mal conseguia avançar entre a maré humana. Ao redor de Madonna, que usava o famoso sutiã cônico criado por Jean Paul Gaultier, reinava a confusão. Uma repórter de televisão caiu no chão durante uma entrada ao vivo, assim como outros jornalistas.

- Sharon Stone no paraíso -

Em 1992, o festival começou com a exibição do "thriller" erótico "Instinto Selvagem", de Paul Verhoeven. Sua protagonista - uma escritora bissexual suspeita de matar os amantes com um furador de gelo - era a americana Sharon Stone.

Até então uma atriz de papéis coadjuvantes, Stone provocou uma pequena confusão entre cinegrafistas e fotógrafos ao chegar à escadaria do Palácio dos Festivais. Naquele momento, virou uma estrela mundial.

- O seio de Sophie Marceau -

Em 2005, quando subia os degraus do palácio, o vestido pregou uma peça em Sophie Marceau: um alça caiu e deixou um seio descoberto. A atriz francesa tentou correr, mas a imagem foi capturada pelos fotógrafos e rodou o mundo.

- Os pés descalços de Julia Roberts -

Julia Roberts subiu pela primeira vez a escadaria de Cannes no ano passado. A "namoradinha da América" usava um vestido preto com grande decote. Mas chamou a atenção mesmo por subir os 24 degraus descalça, um hábito da atriz, mas um fato inédito em Cannes, que aconteceu um ano depois de uma edição na qual circularam boatos de que algumas mulheres teriam sido proibidas de entrar no Palácio dos Festivais por não usarem saltos altos.

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