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O Brasil está sediando a 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito. Com o tema "Tempo de resultados", o evento reúne 18 mil participantes de mais de 120 países até esta quinta-feira (19), em Brasília. Na abertura do encontro, a presidente Dilma Rousseff chamou a atenção para o alto índice de mortes no mundo, especialmente em países em desenvolvimento.

“[Esses países] têm papel fundamental nesse processo [de diminuir o número de vítimas em acidente de trânsito], porque respondem por mais de 90% das mortes, ainda que neles circulem apenas 54 da frota”, frisou Dilma que lembrou que no Brasil entre as principais vítimas estão motociclistas. Projeções da Organização Mundial de Saúde apontam para um crescimento de 30% da quantidade de vítimas fatais se nenhuma medida de prevenção for tomada até 2030.

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“Calçadas, faixas de pedestres, ciclovias, transporte público eficiente e moderno, limites de velocidade, ruas bem pavimentadas são medidas importantes. Uma mobilidade mais eficiente e segura significa vida mais saudável, protegida e sustentável”, sustentou a presidente, enumerando a obrigatoriedade no uso do cinto de segurança e das cadeirinhas como ação que tem evitado mortes e ferimentos graves.

Na assembleia Geral da ONU, o Brasil apoiou objetivos propostos de desenvolvimento sustentável. Nesta quarta, Dilma reafirmou o compromisso e disse que o combate aos acidentes de trânsito também trazem benefícios econômicos, ainda que sejam secundários. "Os prejuízos causados com acidentes são estimados em 3% do PIB mundial e chega a 5% nos países em desenvolvimento", afirmou.

Ela elencou a aplicação da Lei Seca como um dos exemplos de iniciativas que precisam ser tomadas pelo poder público. Entre 2012 e 2013, a legislação reduziu em 6% o número de mortes, de 44,8 mil para 42,2 mil. "É a primeira redução consistente após mais de uma década de aumento", frisou.

Para a embaixadora do Programa de Estradas Seguras, Zoleka Mandela, os desafios parecem ser difíceis, mas não impossíveis. “Precisamos criar uma agenda global para tomar medidas que são necessárias para salvar vidas. Não há desculpa, mas é preciso que líderes tomes atitudes. Podemos evitar milhões de mortes de jovens e crianças. Nós podemos acabar com essa epidemia. O tempo das palavras vazias acabou”, enfatizou.

Entre as metas propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) está diminuir pela metade o número de mortes até 2020 e oferecer um sistema de transporte seguro e viável até 2030. “Todo mundo se beneficia de um espaço público seguro. Nós temos que trabalhar juntos para que os benefícios da mobilidade segura sejam compartilhados igualmente”, considerou a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, também durante a abertura.

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