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Depois quase dez horas de votações, o Plenário da Câmara concluiu a votação da reforma da Previdência em segundo turno. Os deputados rejeitaram os oito destaques apresentados e mantiveram sem alterações o texto principal aprovado na madrugada dessa quarta-feira (7) pela Casa .

Ao encerrar a sessão, que começou às 9h, mas só teve a ordem do dia aberta por volta das 12h30, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agradeceu o apoio de todos os partidos na construção e na aprovação da reforma. “Ninguém chega a um resultado desses sozinho”, disse. Ele recebeu os cumprimentos dos ministros da Economia, Paulo Guedes, que apareceu no Plenário nos instantes finais de votação, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que deixou o ministério para participar das votações como deputado.

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Como o texto do primeiro turno foi mantido na votação em segundo turno, não há necessidade de que a proposta seja novamente aprovada em comissão especial. Dessa forma, a matéria está pronta para ser encaminhada para o Senado, onde passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e também precisará ser aprovada em dois turnos de votação em plenário. O texto deixa a Câmara quase seis meses depois de ser enviado pelo governo.

Os dois destaques que faltavam ser votados foram rejeitados nesta noite. Por 339 votos a 153, o Plenário derrubou destaque do PSB que pretendia retirar o aumento gradual ao longo de 15 anos na pontuação (soma de tempo de contribuição e idade) para a aposentadoria de trabalhadores de atividades sujeitas à exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde.

A reforma estabelece pontuação mínima de 66 pontos e 15 anos de efetiva exposição a agentes nocivos, 76 pontos e 20 anos de exposição ou 86 pontos e 25 anos de efetiva exposição para que esses trabalhadores conquistem direito à aposentadoria. A partir de 2020, essas pontuações seriam acrescidas de 1 ponto por ano para homens e mulheres, até atingirem, respectivamente 81 pontos, 91 pontos e 96 pontos para ambos os sexos em 2035. O destaque do PSB buscava eliminar a elevação automática da pontuação. 

O último destaque rejeitado, de autoria do PT, buscava eliminar as alterações na fórmula de cálculo da aposentadoria proposta pela reforma. Por 352 a 135 votos, o destaque foi derrubado às 22h01 pelo Plenário. Segundo o governo, a aprovação do destaque desidrataria a reforma da Previdência em R$ 186,9 bilhões – R$ 15,8 bilhões para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e R$ 171,1 bilhões para a Previdência dos servidores públicos federais.

De autoria do PT, o primeiro destaque rejeitado permitiria que recolhimentos do trabalhador abaixo do valor mínimo exigido para determinada categoria conte como mês de efetiva contribuição. O relator da reforma na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), alegou que a retirada desse ponto da reforma prejudicaria os trabalhadores intermitentes.

Apresentado pelo PCdoB, o segundo destaque rejeitado manteve as mudanças no cálculo de pensões por morte , permitindo o pagamento de pensões inferiores a um salário mínimo caso o segurado tenha outras fontes formais de renda. O terceiro destaque rejeitado, do PT, queria retirar a fixação, na Constituição, de critérios de renda para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O quarto destaque rejeitado, do PSOL, retiraria da reforma a restrição ao abono salarial aprovada em dois turnos. O benefício agora será pago apenas para quem ganha até R$ 1.364,43 por mês, considerado pelo governo como limite para famílias de baixa renda, gerando economia de R$ 76,4 bilhões em dez anos.

O quinto e o sexto destaque rejeitados pretendiam alterar a regra de transição. Os deputados derrubaram proposta do Partido Novo para manter as idades mínimas especiais de aposentadorias para professores – 60 anos para homens e 57 para mulheres – e eliminar toda a regra de transição que estabelecia pedágio de 100% para os trabalhadores atuais. Em seguida, os parlamentares derrubaram destaque do PDT  que pretendia eliminar o pedágio de 100%, para instituir pedágio de 50% por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) paralela.

O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar, na próxima terça-feira (5), uma proposta que deixa mais rígida para punir motoristas que dirigem após ingerir bebidas alcoólicas e outras drogas. O projeto de lei 5568/13, da deputada Keiko Ota (PSB-SP), já passou pelo Senado e prevê, entre outras mudanças, que seja reincluído no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a pena de reclusão para homicídio culposo quando o motorista estiver “com capacidade psicomotora” alterada em razão da influência de álcool.

A Lei 13.281/16, decorrente da MP 699/17, retirou esse trecho do código e remeteu o agravante ao Código Penal. Já o projeto estipula pena de quatro a oito anos, maior que os dois a quatro anos anteriores à lei.

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Os deputados também precisam votar emendas do Senado ao texto. Uma delas aumenta a faixa da pena para cinco a oito anos e retira do texto da Câmara a referência à capacidade psicomotora alterada, bastando a constatação de presença de álcool ou droga para se aplicar o agravante.

 

Os senadores propuseram ainda o fim dos limites mínimos de álcool a partir dos quais a pessoa poderá ser condenada com pena de detenção por dirigir sob efeito de álcool ou drogas. Atualmente, a condenação ocorre somente para concentrações iguais ou superiores a 6 decigramas por litro de sangue ou a 0,3 miligrama por litro de ar nos pulmões.

 

 

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou nesta quarta-feira (7) que não colocará a reforma da Previdência na pauta do plenário, enquanto a proposta não tiver o número de votos suficientes para ser aprovada. Por se tratar de emenda constitucional, a reforma precisa pelo menos de 308 votos favoráveis entre os 513 deputados, em dois turnos de votação.

“Se tiver voto, dá pra votar amanhã, mas não tem voto", disse. "Não podemos ter a irresponsabilidade de pautar de qualquer jeito pra perder, porque essa seria uma sinalização muito ruim paraa sociedade brasileira, a de que não conseguimos acabar com a transferência de renda que existe hoje, dos que ganham menos para os que ganham mais”, afirmou.

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O deputado falou à imprensa depois de se reunir com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. Também participaram do encontro líderes da base governista, o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles e outros integrantes da equipe econômica e política do governo.

Rodrigo Maia ressaltou que o governo não desistiu da reforma e que não vai deixar se empenhar para conseguir aprovar as mudanças na Previdência. Ele destacou, no entanto, que ainda é necessário definir com as lideranças partidárias a forma como a proposta será analisada na Câmara e se poderá ser apresentada em outro formato de proposição legislativa que dependa de menos votos.

“O que está se discutindo, primeiro é de que forma se consegue votar a reforma da Previdência. A matéria vai ser discutida com os líderes, sabendo que eles estão hoje com uma posição contrária. Qual texto será aprovado? Vamos discutir, e quando isso estiver organizado, vamos a plenário com o texto que é possível. Não sei se é um texto maior ou menor, o importante é que temos que construir as condições para aprovar a matéria, para possamos reduzir a grande desigualdade na Previdência brasileira”, afirmou.

O texto da reforma que foi aprovado na comissão especial, e aguarda votação do plenário desde o primeiro semestre, estabelece idade mínima para a aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, com tempo de mínimo de 25 anos de contribuição. Para receber o benefício integral a que tem direito, o trabalhador terá que contribuir para a Previdência Social por 40 anos.

A sessão da Comissão Geral da Câmara dos Deputados da tarde desta quarta-feira (18), com a presença do ministro da Educação, Cid Gomes, transformou-se em um intenso bate-boca. Sob esse "clima pesado", correligionários do ex-governador do Ceará que acompanhavam a sessão foram retirados da galeria, a pedido do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com isso, acompanham Cid no plenário o governador do Ceará, Camilo Santana, e os prefeitos de Fortaleza, Cláudio Roberto, e de Sobral, Veveu Arruda.

Cid, que sugeriu aos parlamentares governistas mudarem para a oposição e "largarem o osso", agora ouve calado uma sequência de líderes partidários pedindo sua saída do ministério.

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O ponto alto das discussões foi quando o ministro disse que preferia ser chamado de mal-educado do que, apontando ao presidente da Casa, de achacador. "Terei e sempre tive profundo respeito pelo Parlamento, mas isso não quer dizer que concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos, mesmo estando no governo tendo uma postura de oportunismo", acusou.

A maioria dos líderes subiu à tribuna pedindo a saída de Cid da pasta alegando que, ao dizer que há 400 achacadores na Câmara, ele perdeu a condição de permanecer no cargo.

O líder do PSC, André Moura (SE), lembrou que quando foi governador, Cid levou a sogra para viajar à Europa em jato fretado pelo governo cearense, que pagou R$ 650 mil em um show para inauguração de um hospital em Sobral, sua terra natal, e o chamou de "achacador do Estado do Ceará". "Vi que Vossa Excelência é fã de Ivete Sangalo", ironizou Moura. "O senhor me respeite", esbravejou Cid. Coube ao líder do PROS, Domingos Neto (CE), sair em defesa do ministro.

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Em sessão extraordinária nesta quinta-feira (6), o Plenário da Câmara aprovou, em Brasília, o projeto de resolução, da deputada Iara Bernardini (PT-SP), que institui Prêmio Nelson Mandela de Ensino da História da África e das Relações Étnico-Raciais. Anualmente, a iniciativa premiará três pessoas físicas ou jurídicas, cujos trabalhos ou ações mereceram especial destaque no ensino da história da África e das relações étnico-raciais e na defesa e promoção da igualdade racial.

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, o prêmio será conferido na forma de Diploma de Menção Honrosa e outorga de medalha com a efígie de Nelson Mandela, em sessão da Câmara convocada especialmente para esse fim, que será realizada em julho. A escolha do mês se deu porque no dia 18 é comemorado o Dia Internacional de Nelson Mandela, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Caberá à própria Câmara, instituições de ensino e entidades não governamentais indicarem as pessoas que poderão ser premiadas. Em relação à escolha das pessoas agraciadas, essa será feita pela Comissão do Prêmio Nelson Mandela de Ensino da História da África e das Relações Étnico-raciais, designada pela Mesa da Câmara. Serão analisados conteúdos, estratégias de trabalho dos educadores, projetos de ensino, uso e produção de materiais didáticos, entre outras atividades.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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