Tópicos | Tiro no pé?

Apesar de ter sido adiado, o julgamento da legalidade da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem dividido a classe política do país, principalmente quando se trata dos que compõem o PSDB - partido que além de ser autor do processo eleitoral em análise, agora integra a gestão do presidente Michel Temer (PMDB) que pode ser cassado dependendo do resultado da ação. Segundo o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), a legenda tucana espera que o resultado siga as “regras claras” da Constituição, mas pessoalmente o auxiliar do peemedebista disse não acreditar que a população queira uma eleição indireta na conjuntura atual. 

“Temos regras claras que são postas. Da mesma forma que havia uma regra de sucessão da ex-presidente Dilma com o presidente Temer, e a transição foi respeitando as orientações regras constitucionais, o TSE, no momento próprio, vai tomar esta decisão. O que se espera é o máximo de estabilidade”, afirmou. “No ponto de vista pessoal, e respeitando qualquer que seja a decisão do TSE, não me parece que a população brasileira ache conveniente que neste momento os deputados sejam chamados para escolher um novo presidente, mas esperaremos a decisão do TSE”, emendou.

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Caso a chapa seja cassada, Michel Temer deixa a presidência da República e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) perde os direitos políticos, ficando inelegível por oito anos. O julgamento da ação iniciou nesta terça-feira (4), mas foi adiado porque o TSE autorizou a realização de mais quatro oitivas. 

Pela manhã, a Corte Eleitoral acatou o pedido da defesa de Dilma para que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega seja ouvido. O tribunal também acolheu o pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) para as oitivas com os marqueteiros da campanha João Santana, Mônica Moura e André Santana. Na prática, isso reabre a fase de instrução do processo, quando são produzidas provas.

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