PCR cancela licitação de fogos para o Carnaval 2012

Após acusações de superfaturamento na aquisição do material, a compra foi suspensa

por Anderson Souza | qua, 15/02/2012 - 17:27
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Foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens

Depois das denúncias envolvendo superfaturamento na licitação para a compra de fogos de artifícios do carnaval 2012, o prefeito do Recife, João da Costa, cancelou o processo de aquisição do material. A decisão do gestor, tomada nesta quarta-feira, aconteceu logo depois que a líder da oposição na Câmara de Vereadores, Priscila krause (DEM) denunciou a diferença de valores para a compra dos produtos.

No ano de 2010, o valor da compra realizada pela Secretaria de Cultura foi de R$ 484 mil e a realizada em 2011 ficou no valor de R$ 1,54 milhão, apresentando preços 219% mais altos, quando a inflação do período não foi superior a 7,7%.

De acordo com a vereadora, o prefeito deveria ter uma atenção maior para os processos licitatórios. “Eu sugiro ao gestor da cidade que exonere a presidente da Fundação de Cultura e substitua os membros da Comissão de Licitação”, pontuou Priscila Krause. Ainda segundo ela, nesta quinta-feira (16), estará enviando um oficio ao Tribunal de Contas para ser realizado uma auditoria especial na fundação. “O mais importante foi que os cofres públicos deixou de ter um prejuízo de mais de R$ 1 milhão”, ressaltou.

Uma nota foi envida pela Fudanção de Cultura se pronunciando sobre o caso, veja a nota na íntegra:

Sobre o questionamento da vereadora Priscila Krause acerca dos contratos para compra de fogos de artifícios, a Fundação de Cultura da Cidade do Recife informa que não foi realizada nenhuma despesa com base na ata de registro de preços em questão. Inobstante, a Fundação determinou imediata suspensão e apuração, por parte da Controladoria Municipal, do processo de registro de preços.

A denúncia - Priscila Krause havia explicado na terça-feira (14) que a licitação tem como objeto a contratação de empresa especializada em shows pirotécni cos para a Secretaria de Cultura no período de 12 meses, sob sistema de regime de preços. A licitação trata de sete lotes para contratação de shows pirotécnicos de 2, 3, 5, 7  e 10 minutos, além de salva de tiros, de 5 e de 10 mil tiros.

A vereadora afirmou que a diferença encontrada é que em 2010 o processo se deu em pregão presencial e na de 2011 o pregão foi eletrônico, o que segundo ela não justifica o aumento de preço, que deveria ser menor.  

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