A federalização das investigações do brutal assassinato do advogado e dirigente do PT Manoel Bezerra de Mattos Neto completa um ano nesta quinta-feira, 27 de outubro. Essa importante data será relembrada em debates programados no Recife e em João Pessoa.
A federalização foi um passo fundamental para a apuração do caso, que estarreceu toda a sociedade: a morte brutal de um defensor dos direitos humanos que dedicou sua vida ao fim dos grupos de extermínio na região entre os estados da Paraíba e Pernambuco.
Esses grupos se diziam responsáveis por uma “limpeza social” na região e matavam covardemente meninos de rua, supostos marginais, homossexuais e trabalhadores rurais. O fato, inclusive, ganhou notoriedade internacional, sendo analisado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em 2002, a OEA constatou a urgência e a necessidade de proteção da vida e integridade física de Manoel Mattos e de outros cidadãos ameaçados, após encaminhamento da ONG Justiça Global e do então deputado Luiz Albuquerque Couto, que era presidente da CPI do Narcotráfico. Infelizmente, no dia 24 de janeiro de 2009, Mattos foi assassinado. Esse é um caso triste e vergonhoso para o Brasil e, portanto, merece a atuação firme das autoridades federais.
Aproveitando essa data emblemática, reforço a importância de a Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Federal continuarem empenhados na investigação e no julgamento dos criminosos. Não podemos aceitar a impunidade.
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