Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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Reeditando José Ramos

Magno Martins, | qua, 05/11/2014 - 09:05
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O governador João Lyra (PSB) entra na reta final do seu mandato tampão de nove meses sem cravar uma marca, sem ter uma identidade ou uma nitidez da sua gestão. Conhecido marqueteiro e ainda parente de Lyra, Marcelo Teixeira, da Makplan, chegou a prever, logo após a posse de Lyra, que ele só tinha dois caminhos: o trilhado por Carlos Wilson ou adotado por José Ramos.

Vice-governador de Miguel Arraes em 1986, Carlos Wilson assumiu apenas 11 meses com a renúncia do governador para disputar as eleições de 1990. Apesar do curto espaço de tempo, fez uma gestão marcante, trabalhou muito, se movimentou bastante e deixou um legado.

Já José Ramos, que assumiu no lugar de Marco Maciel entre 82 e 83 por igual período, preferiu a discrição. Político correto, de conduta inatacável e leal, Ramos deu continuidade apenas as obras deixadas por Maciel, não imprimindo a sua marca nem tampouco o seu estilo.

Num contexto diferente, João Lyra está, hoje, muito mais para José Ramos do que para Carlos Wilson. Sua agenda é pouco conhecida do público, suas ações se existem não são divulgadas, e a impressão que o governador passa é a de que está cumprindo apenas tabela.

Seus próprios secretários reclamam da letargia palaciana, do estilo tartaruga do governador, devagar, quase parando. Outra impressão que Lyra passa é a de que está contando os dias para se livrar de um tremendo abacaxi que herdou, para fechar as contas dos dois mandatos de Eduardo.

As poucas obras que começou, como a restauração da PE-292, que liga o distrito de Albuquerquené, em Sertânia, ao município de Afogados da Ingazeira, começam a parar por falta de recursos, segundo admitiu o secretário de Infraestrutura, João Bosco. Até mesmo a sua Caruaru, simbólica para o seu governo, não ganhou o destaque que a princípio se imaginava.

Há quem diga, portanto, que João Lyra tinha todas as credenciais e condições para fazer um mandato tampão eficaz, imprimindo uma marca própria, mas tende a sair do poder do tamanho de José Ramos.

SEM ADJETIVOS Na chegada ontem ao Congresso, onde foi recebido por militantes gritando e exibindo faixas “Aécio presidente”, o senador tucano mostrou que está disposto a endurecer o jogo da oposição. Perguntado se teria diálogo com a presidente Dilma, afirmou: "Vou ser oposição sem adjetivos. Se quiserem dialogar, apresentem propostas que interessem aos brasileiros".

Rondando o PT - A presidente Dilma proclama aos quatro ventos que será dura contra a corrupção. Mas o deputado André Vargas (PT-SP), acusado de ligação com o doleiro Alberto Youssef, estava em Brasília na sala ao lado da reunião da Executiva Nacional do PT. O perigo mora muito mais ao lado do que ela imagina.

TSE silenciaAécio, que obteve 51,04 milhões de votos no segundo turno (48,36%) contra 54,5 milhões da presidente Dilma Rousseff, pediu, por meio do seu coordenador jurídico, Carlos Sampaio, uma auditoria especial nos resultados das eleições. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não tomou decisão a respeito do pedido.

Postura golpista– Do líder do PT no Senado, Humberto Costa, sobre o pedido de impeachment de Dilma. “É imprescindível que lideranças da oposição cumpram o dever cívico de defender o regime democrático e de reprovar, de maneira contundente, qualquer flerte de seus seguidores com atitudes golpistas e atentatórias às regras constitucionais”.

Fim da intervenção– O deputado federal eleito Sebastião Oliveira (PR) será, hoje, na reunião da bancada estadual republica com a executiva nacional em Brasília, a voz mais contundente em defesa do fim da intervenção no diretório pernambucano. O interventor, deputado federal reeleito Anderson Ferreira, até o momento não deu um pio sobre o assunto.

CURTAS

APOIO– O deputado Odacy Amorim (PT) diz que foi importante mas não fundamental o apoio do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), à sua reeleição. “Lóssio não fechou questão e liberou muitos aliados para outros candidatos”, afirmou.

ITAMARACÁ– Ex-vice prefeito de Itamaracá, o empresário Cláudio Gadelha (PR) se fortaleceu bastante para a disputa de prefeito em 2016 ao transferir uma boa votação para os seus deputados no município: Fernando Filho(PSB), federal, e Aluízio Lessa(PSB), estadual.

 

Perguntar não ofende: O que Lula e Michel Temer discutiram tanto no encontro reservado em São Paulo?

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