22/03/2013 11h24 - Atualizado em 22/03/2013 14h23

Água: dilemas no campo e na cidade

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Muitos recifenses vivem diretamente do que as águas da cidade oferecem. Seja na praia ou nos rios, diariamente é possível acompanhar o trabalho de pescadores.

Cidades do interior de Pernambuco, especialmente na Região Agreste, sofrem com a pior estiagem dos últimos anos. Agricultura, pecuária e abastecimento de água estão bastante prejudicados.

Águas do Rio São Francisco são fundamentais para desenvolvimento da região. Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, são exemplos de cidades que prosperaram às margens do Velho Chico.

Encarada pelo Governo Federal como solução para a falta de água no interior, transposição do Rio São Francisco também é criticada por grupos que temem seus impactos ambientais e a eficiência do projeto. Cronograma das obras está atrasado.

Reconhecida internacionalmente como a 'Veneza Brasileira', Recife tem beleza natural diferenciada em função dos rios que cortam a cidade. Qualidade que inspira a cultura local.

Consequências da seca no interior do Estado também atingem a capital. Baixo nível de água nas barragens obrigou a população do Recife a entrar em período de racionamento.

O tratamento de água e esgoto no Recife é um grande desafio para a administração pública. Segundo dados da Ceplam, menos da metade da cidade é saneada. Água sem tratamento gera doenças e eleva nível de mortalidade.

Transição entre os ambientes terrestre e marinho, os manguezais são outra marca registrada do Recife. Os níveis e a qualidade da água afetam diretamente o funcionamento desse importante ecossistema.

Nem todos os recifenses possuem água na torneira todos os dias. A Compesa admite que a distribuição não atende às demandas da população, especialmente em comunidades situadas nos morros da Zona Norte da cidade. O alto número de ligações clandestinas, porém, contribui para o problema.

Água em ambudância no Recife também pode ser sinônimo de transtorno. Períodos de chuva na cidade são marcados por alagamentos e deslizamentos de terra.

As dificuldades do Recifense em relação às chuvas não se dá apenas pela falta de planejamento urbano. Sem a devida orientação, população contribui para o problema ao jogar lixo em locais inadequados, entupindo canais de esgoto e escoamento de água.

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