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A produção física de transformados plásticos no Brasil, indicador considerado fundamental para a evolução dos negócios da petroquímica Braskem, encolheu 2,7% neste ano, em comparação com 2013, e atingiu 6,24 milhões de toneladas. O número apresentado nesta segunda-feira (8), pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), indica que a produção nacional já se aproxima do patamar registrado em 2010, quando foram produzidas 6,29 milhões de toneladas. Entre 2011 e 2013, a produção havia praticamente se estabilizado no patamar de 6,4 milhões de toneladas.

A indústria plástica nacional continua enfrentando dificuldades em concorrer com o produto importado, sobretudo em um momento no qual a indústria petroquímica norte-americana recupera o fôlego em função da exploração do shale gas. O avanço dos produtos chineses também é uma grande preocupação. O país asiático já responde por um quarto de toda a importação de plásticos feita pelo Brasil. Na ponta exportadora, por outro lado, a indústria nacional é vitimada pelas dificuldades econômicas enfrentadas pela vizinha Argentina.

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Em 2014, os números preliminares da Abiplast indicam uma expansão de 6% das exportações, as quais somaram 778 mil toneladas. As exportações, por sua vez, encolheram 3,4% na comparação com o ano passado e atingiram 238 mil toneladas, quase 30% a menos do que em 2007, o ano pré-crise na economia mundial. O déficit anual, com isso, deve fechar o ano em 540 mil toneladas, alta de 11% sobre o ano passado.

Em dólares transacionados, a situação é igualmente delicada. As importações cresceram 3% no ano e já somam US$ 3,96 bilhões, mais de duas vezes o US$ 1,83 bilhão apurado em 2007. As exportações caíram 1,4% na comparação entre 2014 e 2013 e somaram US$ 1,38 bilhão. O déficit previsto para este ano é 6% superior ao do ano passado e deve atingir US$ 2,59 bilhões.

Consumo

Os fracos resultados do setor não refletem apenas a perda de competitividade da indústria plástica nacional. A demanda interna também está encolhendo, reflexo da debilidade da economia brasileira e da perda de competitividade da indústria nacional. O consumo aparente de transformados, indicador que considera a soma de produção e importação, sendo descontadas as exportações, encolheu 1,7% em 2014. Foram consumidos 6,78 milhões de toneladas de peças plásticas neste ano, contra 6,90 milhões de toneladas de 2013.

Este mercado deve movimentar R$ 70,5 bilhões até o final do ano, queda de 5,4% em relação a 2013, com base em números associados ao consumo aparente. O faturamento do setor, por sua vez, deve atingir R$ 66,66 bilhões, retração de 6,45% em igual base comparativa.

2015

Após o fraco resultado esperado para este ano, a Abiplast projeta leve recuperação da indústria nacional em 2015. A produção física deve crescer 1%, em linha com a expectativa de recuperação da indústria nacional. A produção voltaria, dessa forma, ao patamar de 6,3 milhões de toneladas anuais.

A variação positiva seria explicada principalmente por um aumento de 2% no consumo aparente de transformados plásticos no Brasil, alcançando 6,9 milhões de toneladas. A maior demanda, contudo, continuará a ser atendida principalmente por importações, as quais devem crescer 6% em 2015, de acordo com a Abiplast. As exportações, por sua vez, crescerão apenas 0,5%, gerando assim um aumento de 8% no déficit da balança comercial dos transformados plásticos.

O rebaixamento do rating soberano brasileiro anunciado na noite de segunda-feira, 24, pela agência de classificação de risco S&P surpreendeu empresários, que não esperavam uma mudança tão cedo, de acordo com avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho. "Isso pegou o mercado de surpresa. O cenário da economia para 2014 gera dúvidas, sim, mas ninguém esperava que isso (rebaixamento do rating) fosse acontecer logo no começo do ano", afirmou Roriz, em entrevista ao Broadcast durante reunião de empresários com o governo paulista no Palácio dos Bandeirantes.

Para Roriz, a falta de atratividade para investimentos no Brasil foi um aspecto determinante para a reavaliação da agência de classificação de risco. Ele citou a repercussão ruim lá fora das dificuldades vividas por diferentes cadeias industriais no País, como os setores de açúcar e álcool, óleo e gás e energia. Questionado sobre se o cenário pode levar a um rebaixamento de rating de empresas também, Roriz concordou que é uma situação possível. "É possível que possa respingar. Mas isso pede uma análise mais aprofundada e ainda não se teve tempo para isso", disse.

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A produção de transformados plásticos encerrou o primeiro semestre de 2013 com uma expansão de 4,6% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). O resultado foi impulsionado pela alta de 7,5% na produção de laminados. No segmento de embalagens, a expansão foi de apenas 2% em igual base comparativa.

A despeito do resultado expressivo registrado na primeira metade do ano, a entidade prevê que o setor encerrará o ano com alta de apenas 1,5%. Isso porque a base de comparação do segundo semestre é mais robusta. Vale destacar que a produção de transformados plásticos encolheu quase 4% no primeiro semestre de 2012, pressionada pelo impasse sobre a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos supermercados de São Paulo e pelo câmbio desfavorável a indústrias exportadoras.

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O levantamento da Abiplast mostra que o consumo aparente brasileiro de transformados plásticos alcançou R$ 29,3 bilhões no primeiro semestre, uma alta de 6,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A variação reflete a alta dos preços no setor: segundo a Abiplast, o índice de preço ao consumidor cresceu 3,92% no semestre.

Durante o primeiro semestre, o setor de transformados plásticos gerou 7,8 mil novas vagas e a produtividade setorial teve alta de 3,7%. Os transformadores plásticos também investiram R$ 733 milhões, expansão de 40% em relação ao mesmo intervalo de 2012. "Essa alta significou um retorno aos níveis médios de aquisição de máquinas e equipamentos e também foi influenciada por expectativas mais positivas dos empresários para o desempenho da economia para 2013", destacou a Abiplast em nota.

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