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Em depoimento à CPI da Pandemia no Senado, o sócio da Belcher, Emanuel Catori, desmentiu ter tido reunião "sem registro na agenda" no dia 15 de abril com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). Segundo o depoente, o que houve foi uma "audiência coletiva" no ministério, por iniciativa da Frente Parlamentar da Indústria Pública de Medicamentos, coordenada por Barros, com a presença de Queiroga e de outras seis empresas além da Belcher, e que nesse dia não se tratou da vacina Convidecia.

Catori também relatou as tratativas com o grupo de empresários liderado por Luciano Hang, Carlos Wizard e Alan Eccel para a compra de 9 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac. Segundo ele, as doses se destinavam exclusivamente a doação, e a negociação esbarrou no acordo de exclusividade entre a fabricante chinesa Sinovac e o Instituto Butantan.

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Contradições

Após o depoente afirmar que a Belcher não teve “facilitador político” para aproximação com o Ministério da Saúde, Renan Calheiros (MDB-AL) apontou contradição em relação a essas informações. O relator citou que a Belcher e o laboratório chinês CanSino assinaram termo de confidencialidade em 6 de abril de 2021. Para ele, a reunião marcada pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e com a participação da Belcher foi realizada quando a empresa já tinha interesses e todas as informações sobre a vacina Convidecia.

*Da Agência Senado

A CPI da Covid já abriu a reunião que ouvirá, nesta terça-feira (24), Emanuel Ramalho Catori, um dos sócios da farmacêutica Belcher, empresa que atuou como representante do laboratório chinês CanSino em negociações com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 60 milhões de doses da vacina contra Covid-19 Convidencia, ao custo de R$ 5 bilhões.

Com sede em Maringá (PR), reduto político do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), a Belcher falava em nome do CanSino, mas, em junho, os chineses romperam a parceria sem explicar o motivo. Antes disso, a empresa paranaense já havia recebido R$ 653 mil de recursos federais, relativos a vendas de produtos médico-hospitalares relacionadas à Covid-19, como máscaras cirúrgicas, luvas e termômetros.

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Na CPI, os senadores prometem confrontar o empresário da Belcher com informações que o vinculam a Barros, que passou a ser formalmente investigado no colegiado por suspeitas de atuação irregular na negociação de vacinas.

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