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A Coca-cola pode ter que pagar uma multa de R$ 9 milhões e ainda indenizar um cliente após ele encontrar uma caixa de remédio para dores dentro de uma garrafa da bebida em Teresina, no Piauí. O dono do estabelecimento onde foi comprado o refrigerante ficou surpreso ao receber a reclamação, já que não tinha notado o 'ingrediente especial' na garrafa, quando recebeu do fabricante, a quem prometeu pedir providências.

Em entrevista ao site CidadeVerde, Wladinar Oliveira contou como tudo ocorreu. "Ele me chamou e pediu para eu não abrir e aí eu fui ver o que tinha dentro. Só então percebi que se tratava de uma embalagem de remédio. Na embalagem é até possível ler dor de cabeça e outras dores. O que me preocupa é se esse rapaz não tivesse visto. O prejuízo podia ser sem tamanho se alguém tivesse tomado o que há na embalagem", se queixou o comerciante.

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Para o coordenador do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) no Piauí, promotor Nivaldo Ribeiro,  devido ao potencial de risco a saúde e o tamanho da empresa a multa pode chegar a R$ 9 milhões. "O consumidor deve dar a notícia ao Procon e o órgão abrirá um procedimento coletivo para apurar se nesses lotes do refrigerante não tem outros produtos nas mesmas condições. No final vai ser comprovado que houve a infração no código do consumidor. Posterior a isso, o consumidor pode até requerer uma indenização por danos morais", explicou o promotor ao CidadeVerde.

A Solar - responsável pela fabricação do produto - enviou nota à imprensa onde alegou que o caso deve ser apurado e que o consumidor lesado deve procurar os canais de comunicação da empresa. A empresa questiona a veracidade da ocorrência, uma vez que a linha de produção "possui uma série de procedimentos de inspeção e equipamentos eletrônicos que asseguram a qualidade das bebidas, o que torna praticamente nula a possibilidade de que o produto tenha saído da linha de produção com o corpo estranho apresentado". A Solar diz que precisa ter acesso ao produto, para saber o que pode ter ocorrido, inclusive para verificar se a vedação está intacta.

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A dona de casa Adriana Cristina Drizian, de 40 anos, encontrou um pedaço do que parecia ser a "pele de um sapo" dentro de um sachê de molho de tomate refogado da marca Predilecta. Foi o terceiro caso denunciado à polícia de Araçatuba (SP) nos últimos dias por consumidores que encontraram "corpos estranhos" nos sachês do molho de tomate.

Adriana disse que comprou o molho 15 dias antes e quando foi usá-lo, nesta segunda-feira, 12, encontrou uma pele de animal, que parecia ser um pedaço de "couro de sapo". Ela foi ao supermercado onde fez a compra e recebeu a informação de que o produto já tinha sido retirado da prateleira por problemas anteriores. A dona de casa registrou o caso na polícia, a exemplo de outros dois consumidores que também encontraram objetos estranhos nos sachês de alimento.

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Na quarta-feira, dia 07, um vigilante de 32 anos, encontrou metade de uma perereca (filhote de rã) dentro de um sachê. Antes dele, no dia 27 de julho, a dona de casa Amanda Flausino já tinha encontrado um "corpo estranho" no sachê da mesma marca.

Os casos estão sendo apurados pela Polícia Civil de Araçatuba, que enviou os materiais para o Instituto de Criminalística (IC) e este deve acionar a Vigilância Sanitária. Em maio, o Procon do Rio interditou um lote e obrigou a Predilecta a retirar do mercado o mesmo produto depois que uma consumidora encontrou um "corpo estranho" num dos sachês, no Rio. No mesmo mês, a Secretaria de Saúde do Rio determinou a suspensão de venda e uso de um lote de polpa de tomate da mesma marca, após encontrar pelo de animal numa das embalagens.

A empresa encaminhou nota à reportagem informando que soube dos problemas pela imprensa e os classificou como "pontuais, nenhum deles relacionado à qualidade de nossos produtos e nem tampouco decorrentes do processo industrial." Disse que se restringiram a "embalagens específicas" e negou enfaticamente que seus produtos estejam fora dos padrões de qualidade, certificados por institutos nacionais e internacionais. "O ideal nesse caso é termos o produto juntamente com a embalagem original para uma avaliação mais especifica", diz a nota.

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