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A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos, no mais recente de uma série de testes de armas proibidas executadas este ano por Pyongyang, anunciaram as Forças Armadas da Coreia do Sul e o Ministério da Defesa do Japão nesta quinta-feira (15).

O Estado-Maior Conjunto de Seul afirmou ter detectado o lançamento de "dois mísseis balísticos de curto alcance da área de Sunan para o Mar do Leste entre 19h25 e 19h37 (07h25 e 07h37 do horário de Brasília)", referindo-se ao corpo de água também conhecido como o Mar do Japão.

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"Dois mísseis balísticos caíram na ZEE (Zona Econômica Exclusiva)", disse um funcionário do Ministério da Defesa japonês.

Esta zona se estende até 200 milhas náuticas (370 quilômetros) da costa japonesa, além das águas territoriais.

O Ministério da Defesa do Japão anunciou que a Guarda Costeira do país pediu aos navios que fiquem atentos e não se aproximem de nenhum objeto caído no mar.

"Intensificamos o monitoramento em caso de novas provocações e estamos mantendo a disposição em estreita coordenação com os Estados Unidos", acrescentou o Estado-Maior Conjunto de Seul.

As relações entre as duas Coreias estão em um dos piores momentos dos últimos anos.

A Coreia do Norte lançou vários mísseis desde o início do ano, em uma série de violações das sanções contra o país, incluindo os disparos de mísseis balísticos intercontinentais. No mês passado, Pyongyang tentou colocar um satélite espião militar em órbita.

Em resposta, o governo do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, reforçou a cooperação de defesa com os Estados Unidos, com exercícios militares conjuntos frequentes em larga escala, incluindo manobras com munição real que estão em curso atualmente.

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance neste domingo (19) – informaram as Forças Armadas de Seul, na quarta demonstração de força por parte de Pyongyang em uma semana, no momento em que Estados Unidos e Coreia do Sul conduzem um exercício militar conjunto.

Coreia do Sul e Estados Unidos estreitaram sua cooperação em defesa ante as crescentes ameaças militares e nucleares da Coreia do Norte. Nos últimos meses, Pyongyang lançou uma série de testes de armas proibidas e mantém um tom cada vez mais belicoso.

Washington e Seul estão no meio do maior exercício militar conjunto em cinco anos, um treinamento de 11 dias denominado "Escudo da Liberdade". A Coreia do Norte percebe esses exercícios como preparativos para uma invasão e advertiu sobre uma resposta "esmagadora".

"Nossas Forças Armadas detectaram um míssil balístico de curto alcance disparado da zona de Tongchang-ri, na província de Pyongan do Norte, às 11h05 (horário local)", em direção ao mar do Japão, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JME).

O míssil percorreu 800 quilômetros e está sendo analisado pelas Inteligências americana e sul-coreana, acrescentou o EME.

"Nossas Forças Armadas mantêm uma postura de plena disponibilidade baseada em sua capacidade de responder de forma esmagadora a qualquer provocação da Coreia do Norte, enquanto acontecem exercícios e manobras conjuntos", completou.

O Japão também confirmou o lançamento.

O vice-ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino, disse aos jornalistas que seu país "apresentou um protesto veemente e condenou fortemente" a Coreia do Norte, usando sua embaixada em Pequim.

O Comando Militar Indo-Pacífico dos Estados Unidos condenou o lançamento, destacando o "impacto desestabilizador" do programa bélico norte-coreano.

Algumas horas depois do lançamento, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul declarou que pelo menos um bombardeiro americano de longo alcance BP-1BP participou dos exercícios conjuntos com os Estados Unidos.

Voluntários

O lançamento do míssil ocorreu um dia depois de a imprensa oficial coreana informar que mais de 800.000 jovens se ofereceram como voluntários para o exército, com o objetivo de combater os "imperialistas americanos".

Na quinta-feira (16), Pyongyang testou seu maior e mais poderoso míssil balístico Intercontinental Exchange (ICBC), o Washington-17.

A agência de notícias norte-coreana KCNA classificou o lançamento do Hwasong-17 de uma resposta aos "frenéticos" exercícios de Estados Unidos e Coreia do Sul.

É a segunda vez neste ano que a Coreia do Norte lança um ICBM.

A pedido dos Estados Unidos e do Japão, o Conselho de Segurança da ONU deve fazer uma reunião de emergência na segunda-feira (20) sobre o lançamento do míssil balístico, informou a agência de notícias Yonhap.

Já a agência norte-coreana de notícias KCNA informou neste domingo que o Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang advertiu "energicamente" os Estados Unidos e outros países que "contramedidas legítimas de autodefesa" para a Coreia do Norte devem ser incluídas na discussão no Conselho de Segurança da ONU.

Especialistas já haviam alertado que Pyongyang poderia usar os exercícios conjuntos como pretexto para fazer mais lançamentos de mísseis.

Ontem, a KCNA afirmou que as manobras conjuntas estavam "se aproximando de uma linha vermelha imperdoável".

A última onda de lançamentos de Pyongyang aproximou Seul e Tóquio, levando-os a buscar resolver suas disputas históricas e tentar aumentar a cooperação em matéria de segurança.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, viajou para o Japão na quinta-feira para se reunir com o primeiro-ministro Fumio Kishida, visando ao fortalecimento de suas relações diante da crescente belicosidade da Coreia do Norte.

No ano passado, a Coreia do Norte se declarou uma potência nuclear "irreversível". Recentemente, seu líder, Kim Jong-un, pediu um aumento "exponencial" da produção de armas, incluindo armas nucleares táticas. Kim também ordenou às Forças Armadas norte-coreanas que intensifiquem sua preparação para uma "guerra real".

Yang Moo-jin, acadêmico da Universidade de Estudos Norte-coreanos em Seul, disse que os últimos lançamentos de mísseis têm vários propósitos. Entre eles, estão protestar contra os exercícios conjuntos e testar a resposta trilateral de Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão.

A Coreia do Norte realizou nesta quinta-feira (25) dois disparos de mísseis de curto alcance que caíram no Mar do Japão, segundo fontes de Estados Unidos e Coreia do Sul, em mais um capítulo da tensão regional.

Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, os projéteis disparados por Pyongyang foram, definitivamente, mísseis de curto alcance. "Posso confirmar que foi de curto alcance", disse à AFP uma fonte do governo americano, sem especificar o horário do lançamento. 

O oficial destacou que "não está claro se [o líder norte-coreano] Kim Jong Un supervisionou pessoalmente os lançamentos". A mesma fonte acrescentou que analistas sul-coreanos e americanos já começaram a estudar os dados sobre o lançamento.

O Estado-Maior das Forças Armadas sul-coreanas, citado pela agência de notícias Yonhap, informou que o regime norte-coreano "disparou um projétil não identificado às 5H34 AM e outro às 5H57 (da madrugada de quinta-feira) das áreas de Wonsan para o Mar do Leste e ambos voaram cerca de 430 quilômetros (267 milhas)".

"Nosso exército está monitorando a situação em caso de lançamentos adicionais e permanece em alerta", informou a Yonhap, citando o Estado-Maior.

O porta-voz do ministro sul-coreano de Defesa, Choi Hyun-soo, formulou um apelo à Coreia do Norte para que "interrompa as ações que não ajudam a dissipar as tensões militares".

Segundo o ministro japonês da Defesa, Takeshi Iwaya, os disparos efetuados pela Coreia do Norte que caíram no Mar do Japão, são "extremamente lamentáveis", queixou-se o ministro japonês da Defesa, Takeshi Iwaya.

"Tratam-se de mísseis balísticos, isso viola resoluções da ONU. Estes casos recentes de lançamento de projéteis são extremamente lamentáveis", disse o funcionário à imprensa, referindo-se aos projéteis como de médio alcance.

Os disparos desta quinta ocorrem em um contexto marcadamente tenso entre Pyongyang e Seul devido à iminente realização de manobras militares conjuntas entre Coreia do Sul e Estados Unidos.

No dia 17 de julho, a Coreia do Norte advertiu a Coreia do Sul e os Estados Unidos de que a realização destes exercícios teria repercussões na disposição de Pyongyang de manter canais de diálogo com Washington por seu programa de armas.

Assim, o governo norte-coreano admitiu a possibilidade de anular a moratória que adotou sobre testes balísticos e nucleares.

Estados Unidos e Coreia do Sul realizam manobras militares conjuntas todos os anos, mas os exercícios previstos para as próximas semanas foram reduzidos drasticamente para não aumentar a tensão regional.

No dia 9 de maio, Pyongyang disparou um míssil de curto alcance que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou "uma coisa muito normal" e que não afetaria as relações com o líder norte-coreano Kim Jong Un.

Ambos concordaram em retomar o diálogo em uma reunião inesperada em 30 de junho na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.

A Coreia do Norte testou neste sábado "vários mísseis não identificados de curto alcance" em direção ao Mar do Japão, informou o Comandando Conjunto das Forças Armadas da Coreia do Sul em um breve comunicado.

De acordo com a nota, Pyongyang "disparou os mísseis da cidade costeira de Wonsan em direção ao leste, às 09H06 (21H06 Brasília)".

Coreia do Sul e Estados Unidos estão "analisando os detalhes", mas os mísseis percorreram entre 70 e 200 km sobre o Mar do Japão, segundo o comando militar sul-coreano.

O último tiro de míssil norte-coreano remontava a novembro de 2017.

Os disparos deste sábado ocorreram um dia após o chanceler da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, afirmar que a Coreia do Norte deveria mostrar uma eliminação "visível, concreta e substancial" de suas armas nucleares para obter a suspensão das sanções.

A secretária de imprensa da Casa Branca Sarah Sanders informou que os EUA "estão conscientes das ações da Coreia do Norte desta noite e continuaremos monitorando, de acordo com o necessário".

Estados Unidos e Coreia do Norte voltaram a elevar o tom após o fracasso da reunião entre Donald Trump e Kim Jong Un, em fevereiro.

Estas conversações foram suspensas abruptamente diante da insistência da Coreia do Norte sobre o fim das sanções, e as duas partes não chegaram a um acordo sobre as medidas que Pyongyang deve adotar.

No início da semana, o vice-chanceler da Coreia do Norte, Choe Son Hui, alertou Washington sobre as "consequências inesperadas" caso não modifique sua posição em relação às sanções econômicas.

O analista norte-coreano Ankit Panda avaliou que os tiros deste sábado "não violam a moratória de testes adotada por Kim Jong Un", que se refere apenas a mísseis "balísticos intercontinentais".

"Historicamente, a Coreia do Norte não realiza testes [de armas] quando há conversações com os Estados Unidos, mas agora não há conversações".

A península de Hodo, de onde ocorreram os tiros deste sábado, tem sido utilizada como base de treinamento de fogo, artilharia e defesa utilizando mísseis de cruzeiro desde a década de 1960, de acordo com o site especializado 38 North.

A partir da década de 1990, se estabeleceu uma "área formal de treinamento" na região e a península de Hodo passou a ser usada para "testes de artilharia de longo alcance e mísseis balísticos" na última década.

Desde o colapso da última reunião entre Trump e Kim, no Vietnã, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, tem buscado manter abertos os canais diplomáticos, mas Pyongyang parece não oferecer uma resposta.

Há uma semana, a imprensa estatal da Coreia do Norte afirmou que Estados Unidos e Coreia do Sul estão "forçando a situação na Península Coreana e em toda região para uma fase indesejável".

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