Tópicos | discurso de ódio

A nova publicidade da marca Polenguinho acabou causando discórdia entre os internautas. Ao publicar, na página de seu Facebook, uma foto fazendo referência ao disco The Dark Side of the Moon, da banda Pink Floyd, em que um raio de luz é refratado, se dividindo em outro com as cores do arco-íris, alguns internautas dispararam nos comentários mensagens de ódio e com teor homofóbico.

Eles confundiram a imagem com uma referência às questões de gênero, já que o símbolo da luta por direitos LGBT tem o arco-íris como símbolo. Nos comentários, o que se viu, em reação à publicidade, foram mensagens como: "Que absurdo, na minha casa esse produto não entra mais!" e "Pena o Polenguinho estar fazendo apologia e ideologia de gênero e às drogas. O Sìmbolo arco-íris representa LGBT quando na verdade era para ser o pacto de Deus com o homem, mas uma banda  de drogados não iria fazer menção às coisas de Deus, né?".

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Em resposta aos usuários que não entenderam a campanha, a marca respondeu: "Prezamos pela paz, pelo respeito e pela igualdade em nossa comunidade aqui. Embora não tenhamos feito alusão ao movimento LGBT, temos o máximo respeito pela causa".

Já as pessoas que entenderam a proposta a elogiaram bastante e até foram feitos pedidos para outras campanhas inspiradas em outras bandas. No dia seguinte à publicação, foi compartilhada na página uma imagem na qual os queijos faziam alusão à capa do disco Abbey Road, da banda The Beatles.

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Na última terça-feira (27), o YouTube lançou um vídeo em homenagem ao Dia Mundial do Orgulho LGBT chamado “#ProudToBe” (#Orgulhosodeser). A campanha já virou tema de discussão na internet, com uma chuva de ataques, dislikes e mensagens de ódio na área de comentários. 

Às 14h15 dessa quarta-feira (28), o vídeo ultrapassava a marca de quatro milhões de visualizações. A disputa está sendo travada na área de “gostei” e “não gostei”. O vídeo recebeu mais de 177 mil dislikes contra mais de 105 mil likes. Em vários grupos, as pessoas pedem que o quadro seja revertido, convidando os internautas a curtirem o vídeo.

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Os comentários que aparecem em destaque no YouTube, ou seja, aqueles que receberam mais likes, são discursos de ódio escritos por pessoas que não se identificam. Um dos internautas diz que o YouTube é uma máquina de propaganda; outra pessoa usa as letras LGBT para formar em inglês a frase “Deixe Deus queimá-los”. “Derrubem o vídeo”, diz mais uma pessoa; “#orgulhoso de apertar o botão de dislike”, acrescenta outra. Um outro internauta comenta: “é muito assustador ver pessoas com doença mental e ao invés do país ajuda-los a ser orgulhos e confortáveis no gênero deles, está ajudando essa doença mental. Já aguardo a Parada do Incesto, a Parada da Bestialidade...”.

Curiosamente, a descrição do vídeo menciona justamente esse tipo de comportamento preconceituoso. “Em um mundo onde as pessoas ainda tentam silenciar as vozes LGBTQ+, o ato de ser você mesmo é um ato de bravura para todos verem. E no contexto de um clima global que destaca a vulnerabilidade dos direitos LGBTQ+, é mais importante do que nunca que as vozes e as histórias LGBT+ sejam compartilhadas e ouvidas”, diz.

As publicações referentes à campanha #ProudToBe na página do YouTube no Facebook também receberam chuvas de comentários homofóbicos, sempre em destaque devido a quantidade de likes recebidos. Por exemplo, quando o YouTube mudou sua foto na rede social para um símbolo com as cores do arco-íris, o usuário Calen Goings escreveu: “Ei, YouTube, você quer mostrar algum amor pelo orgulho hétero? Ou isso seria errado?”. Confira a campanha abaixo:

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Aqueles que sofrerem qualquer injúria racial, de gênero ou religião em umas das plataformas da Microsoft poderão reportar o incidente diretamente à companhia. A gigante da tecnologia criou um site dedicado a receber denúncias sobre discursos de ódio em diversos serviços, incluindo Xbox Live, Skype, Outlook, OneDrive e até na Xbox Live. O canal é semelhante ao portal que a Microsoft mantém para reportar mensagens de cunho terrorista.

A página receberá denúncias sobre conteúdos que defendem a violência ou promove o ódio com base na idade, deficiência, sexo, origem nacional ou étnica, raça, religião e orientação sexual ou identidade de gênero. A Microsoft diz que está empenhada em criar comunidades online seguras, onde seus usuários podem aprender e interagir sem se sentirem ameaçados.

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O site aceita denúncias de qualquer pessoa em todo o mundo. "Quando o discurso do ódio for relatado para nós, iremos avaliar cada reclamação, considerando o contexto e outros fatores, e determinar medidas adequadas no que diz respeito ao conteúdo e à conta do usuário", explicou a empresa.

"Como parte do nosso compromisso com os direitos humanos, procuramos respeitar a ampla gama de direitos fundamentais dos nossos usuários, incluindo os direitos à liberdade de expressão e acesso à informação", explicou a chefe de segurança online da Microsoft, Jacqueline Beauchere.

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