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A segunda Câmara do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) recomendou à Câmara dos vereadores, nesta quarta-feira (29), que rejeite as contas do ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT), referente ao ano de 2009. De acordo com o parecer emitido pelo Ministério Público, as principais irregularidades estão relacionadas à ausência e o preenchimento de documentos de forma incorreta, além de infrações relativas à Lei Orçametária do Município.

No relatório do processo foi argumentado que houve uma desconformidade do Sistema de Controle Interno com o não detalhamento dos restos a pagar e a não consolidação das contas da administração indireta e da Câmara de Vereadores. A gestão passada também é acusada de utilizar republicações do Relatório Resumido de Execução Orçamentária de Gestão Fiscal e aplicar menos de 21% da receita resultante de impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

O ex-prefeito também é acusado de relocar indevidamente recursos do Fundo Municipal de Saúde para a manutenção de vias, estradas e praças, aplicando apenas 14,33% da receita de impostos nas ações e serviços públicos de saúde. O relator do processo, Carlos Porto, destacou que apenas 10,83% dos recursos investidos em saúde foram realizados por meio do Fundo Municipal.

Ele também reforçou que o equilíbrio financeiro e atuarial do Regime Próprio de Previdência encontrar-se comprometido, com um déficit que supera os R$ 100 milhões, em 2015, e passa dos R$ 200 milhões, em 2035. “Por conta do déficit do RPPS, a alíquota efetiva que a PCR vem pagando é superior a 27,5% e com forte viés de alta, apesar de legalmente ser de 15,94%”, diz o voto do relator.

Ele considerou também como irregularidade a não cobrança de pelo menos R$ 5.306.956,91 da Câmara Municipal do Recife referente ao desconto feito no repasse do FPM, por conta de dívidas previdenciárias, e o não repasse ao INSS de pelo menos R$ 589.625,31 referentes à contribuição dos empregados.



A cópia desta decisão será enviada ao Ministério Público de Contas para fins de representação ao Ministério Público Estadual.

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Depois de passar por problemas políticos tendo sua releição preterida pela executiva nacional do PT e sofrer um transplante de rim, o ex prefeito João da Costa (PT) embarcou numa viagem de férias, onde visitará juntamente com seus famíliares, Portugal, Itália e França.

Nesse momento o ex-gestor busca renovar suas forças e voltar para o Recife pensando na Programa de Eleições Diretas do PT, na qual poderá disputar a presidência do diretório municipal ou estadual, a depender da sua articulação política. Ele também já afirmou que pretende disputar o cargo de deputado federal na eleições de 2014. 

Outra questão que tem consumido o pensamento de João da Costa (PT). O assunto diz respeito a lista de infiéis que circula no PT de Pernambuco e seu nome está sujeito a expulsão. Um dos motivos alegados pelos seus correligionários é que durante a campanha de 2012, João da Costa pediu voto para o novo prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

A crise do PT em Pernambuco teve seu momento culminante quando aconteceram prévias para escolher o candidato a prefeito entre o ex-prefeito João da Costa (PT) e o então secretário de Governo do Estado, Maurício Rands, que acabou se desfiliado do partido e se afastando da vida política.

Após os conflitos, a executiva nacional PT preteriu a releição de João da Costa e indicou o senador Humberto Costa (PT) como candidato a prefeito, mas Geraldo Julio acabou saindo vitorioso na disputa. Os petistas comandaram a cidade do Recife por 12 anos seguidos.

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