Um longo período de treinos em que os aprendizados táticos não foram colocados em campo diante do Criciúma. Resumindo, esse foi o sentimento do técnico Alexandre Gallo após a derrota em casa por 1 a 0 no início do segundo turno da Série B. Segundo o comandante alvirrubro, faltou uma marcação mais efetiva do setor ofensivo na primeira parte da partida e na etapa final, e o time foi para o abafa saindo do que havia sido treinado durante a semana. E essa soma de fatores fez que o resultado fosse negativo para o Alvirrubro.

A principal crítica de Gallo foi contra o recuo da primeira linha nos momentos em que precisava marcar. Com isso, o Criciúma passou a ganhar maior espaço no meio, o que resultou no gol que deu a vitória aos catarinenses. “O primeiro tempo foi uma grande decepção. Trabalhamos muito com essa equipe, só que houve uma frieza que não é natural no time. Se a linha ofensiva não marca, sofremos, porque estamos com um volante só e um segundo volante, o Renan. Afrouxamos a marcação na frente e foi onde o Criciúma conseguiu encurralar a gente no campo defensivo. Essa linha treinamos para marcar mais uns 10 metros na frente do meio. Essa encolhida fez que a gente levasse o gol, o jogador saiu no pé do volante e entrou na área fazendo um, dois. Essa situação me deixou insatisfeito. Achamos que podiamos ganhar o jogo quando quisessémos”, analisou Gallo.

Na segunda etapa, mesmo com a pressão maior em cima do Criciúma, o técnico revela um desajuste na equipe que saiu do esquema trabalhado durante a semana. Ele, porém, descarta que isso tenha sido efeito da saída do meia Hugo do time. “No segundo tempo saímos do nosso plano de jogo, o que não é bom. Treinamos nessa semana dessa maneira, até quarta com o Hugo, mas dessa maneira também depois. O problema não foi a falta do Hugo, mas a não marcação da linha ofensiva que expôs demais nossa equipe. Depois fomos para o jogo de abafa que não é bom", acrescentou.

Outro problema identificado foi a grande quantidade de passes errados e a soma desses fatores irá fazer com que o técnico reveja a partida para identificar pontos de correção e até fazer alterações na formação. “Nós não podemos errar como erramos, espaçar nossa equipe do modo que a primeira linha fez, recuando até o meio campo. Ficamos muito atrás e quando aconteceu isso fizeram um gol por dentro. Vamos rever o jogo para identificar o que aconteceu. Não aconteceu nada do que treinamos”, concluiu.