Tópicos | Furacão Isaías

O furacão Isaías causou fortes rajadas de vento nas Bahamas neste sábado (1º), enquanto segue rumo à Flórida (sudeste dos Estados Unidos), onde é aguardado com o medo de que agrave a já complicada situação de saúde deste estado, com números recorde de mortos por coronavírus.

A Flórida, o segundo estado mais afetado pela pandemia depois da Califórnia, alcançou nesta sexta-feira (31) um novo recorde ao registrar 257 mortos por coronavírus para um total de 6.843 óbitos e 470.386 infectados.

A isto se soma a expectativa pela chegada do Isaías, um furacão de categoria 1, que sopra com ventos sustentados de 130 km/h, e ganhou força na noite de quinta-feira ao passar pela República Dominicana.

Às 03h00 (horário de Brasília) deste sábado, Isaías era uma tempestade extensa que se movia para o noroeste a uma velocidade de cerca de 14 milhas por hora (22 km por hora), provocando grandes rajadas de vento nas Bahamas e também nas Ilhas Turcas e Caicos, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami.

"São esperadas condições perigosas de furacão e de tempestade em partes das Bahamas até sábado e os alertas de furacão estão em vigor", acrescentou o NHC.

O primeiro-ministro deste arquipélago do Caribe, Hubert Minnis, anunciou na noite de quinta-feira um relaxamento das medidas estritas de confinamento pela pandemia para permitir que os moradores se preparassem para o furacão.

No entanto, advertiu: "Não usem este período de preparação para socializar e visitar amigos ou familiares".

"Estamos em meio a uma pandemia e se não agirmos de maneira responsável, as consequências podem ser graves", disse em conferência de imprensa.

Isaías é o primeiro furacão a passar pelas Bahamas desde que o Dorian, de categoria 5, destruiu no ano passado duas de suas ilhas ao parar por três dias sobre o arquipélago.

Isaías deixou na quinta-feira muitas inundações e deslizamentos em sua passagem por Porto Rico, além de árvores e postes caídos, casas alagadas e milhares de pessoas sem eletricidade.

"Se estão vendo isto, por favor, necessitamos ajuda!", implorou um homem de Mayagüez, no oeste da ilha, em um vídeo onde mostrava a sua família sobre um automóvel, enquanto a água subia e tomava a casa.

- Un huracán en medio de la pandemia -

Enquanto isso, o estado americano da Flórida, já devastado pela pandemia e com os hospitais sobrecarregados, prepara-se para o golpe do furacão Isaías provavelmente como categoria 2, ou seja, com ventos de mais de 154 km/h.

Setores da costa oriental da Flórida estão em alerta de furacão, em particular em torno da região de Palm Beach, 115 Km ao norte da turística Miami. Espera-se que o resto da costa sudeste receba ventos de tempestade tropical no fim de semana.

O governador Ron DeSantis informou em coletiva de imprensa ter declarado emergência nos condados da costa leste do estado.

Mas a tormenta virou ligeiramente a oeste, entrando no mar, e agora não se espera um golpe direto na península da Flórida.

DeSantis também recomendou à população que "permaneça vigilante" pediu aos moradores para garantirem que "tenham um plano de comida, água e remédios para sete dias".

Já o prefeito de Miami-Dade, Carlos Giménez, disse que o condado possui 20 abrigos que ainda não foram ativados.

Giménez disse que, em caso de os abrigos serem necessários - instalados normalmente em ginásios escolares -, as pessoas que testarem positivo para o coronavírus serão albergadas nos salas de aula, uma área que geralmente não se habilita.

"Sim, temos que tomar precauções adicionais devido ao Covid-19", disse, informando que foram distribuídas máscaras e desinfetantes.

Os centros de testagem para a Covid-19 na Flórida estão fechados desde quinta-feira até que seja seguro reabri-los, já que as estruturas de campanha podem não resistir aos ventos de uma tempestade tropical.

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