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O presidente sírio Bashar al-Assad demitiu, nesta quinta-feira (11), o primeiro-ministro Imad Khamis, num momento em que o país, em guerra há anos, atravessa uma crise econômica particularmente grave, informou a presidência.

O presidente publicou um decreto em que "retira do cargo o primeiro-ministro Imad Mohamed Dib Khamis", de acordo com um comunicado oficial.

Khamis, 58 anos, ocupa o cargo desde 2016.

Ele será substituído pelo atual ministro de Recursos Hidráulicos, Husein Arnous, provisoriamente, até as eleições legislativas programadas para 19 de julho.

"Assad designou Hussein Arnous para o cargo de primeiro-ministro, bem como para o restante de suas tarefas", explicou a presidência.

"O governo continua seu trabalho até a eleição de um novo parlamento", acrescentou.

A demissão de Khamis ocorre após duras críticas ao desempenho de seu governo diante da crise econômica.

O valor da libra síria despencou nos mercados nas últimas semanas.

Segundo especialistas, a depreciação é explicada pelas sanções americanas que entrarão em vigor em meados de junho.

A crise foi ampliada pelas medidas de confinamento tomadas durante a pandemia de coronavírus, bem como pelo naufrágio econômico do Líbano.

Embora a cotação oficial da libra síria seja atualmente de 700 libras por dólar, no mercado paralelo a moeda nacional excedeu 3.000 libras por dólar.

Antes do início da guerra, que causou mais de 380.000 mortes e o êxodo de milhões de sírios, o dólar valia 48 libras sírias, segundo a taxa estabelecida pelo banco central.

Na quinta-feira, dezenas de pessoas com retratos de Asad e bandeiras da Síria se manifestaram em Damasco para denunciar as sanções dos EUA e apoiar o presidente, segundo um fotógrafo da AFP.

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