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O doleiro Alberto Youssef ganhou do juiz Sérgio Moro, do Tribunal Regional Federal do Paraná, o direito de passar o Natal em casa. O acordo foi firmado entre Youssef e a Procuradoria-Geral da República (PGR) como contrapartida pela delação premiada do doleiro no âmbito da Operação Lava Jato.

O acordo foi homologado na quarta-feira (16) ministro do STF Teori Zavascki, relator dos processos envolvendo o esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Polícia Federal, e inclui a permissão para o delator passar o fim de ano em casa.

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A homologação, feita pelo ministro do Supremo, dá validade jurídica ao acordo, que será executado pelo juiz Moro, da primeira instância, que decretou a prisão do doleiro.

Um dos principais delatores da investigação, Youssef já citou ao menos 195 nomes de forma direta ou indireta em depoimentos à Polícia Federal. Entre os citados estão os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor, além da presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves.

Algumas menções aos políticos citados pelo doleiro não foram consideradas fortes o suficiente para dar origem a investigações por parte da Procuradoria-Geral da República. Em outros casos, o doleiro até negou o envolvimento de parlamentares apontados por outros investigados, como o senador Antonio Anastasia (PSDB).

Ainda assim, o doleiro continua colaborando com as investigações e vem prestando mais depoimentos aos investigadores, mantidos em sigilo.

No caso de Dilma, o procurador-geral da República Rodrigo Janot avaliou que não caberia apurar as citações por elas envolverem episódios antes de ela assumir o mandato presidencial.

Holly Sterling - casada com o ex-agente da CIA Jeffrey Sterling, condenado por vazar informação sigilosa para a imprensa - pediu ao presidente Barack Obama a concessão de um indulto a seu marido.

Ela fez o pedido em uma entrevista coletiva, nesta quinta-feira (15), em Washington, rodeada por ativistas de grupos em defesa da liberdade de imprensa e de denúncia dos abusos de poder político.

Em maio, Jeffrey foi condenado a três anos e meio de prisão, depois que um júri considerou o réu culpado pelo vazamento de informações sigilosas para um jornalista do "New York Times". A mulher de Sterling disse que "a verdadeira história não foi essa". Segundo ela, seu marido "amava o trabalho dele na CIA e amava o país".

Em uma carta aberta a Obama lida em público, Holly afirmou que o governo estava tentando "punir um homem que tinha a audácia de defender (...) seus direitos constitucionais".

O caso remonta a uma tentativa frustrada dos Estados Unidos, durante o governo Bill Clinton, de sabotar o programa nuclear do Irã, de acordo com o jornalista do NYT James Risen, que detalhou a operação clandestina em seu livro "State of War: The Secret History of the C.I.A. and the Bush Administration" (em tradução livre: "Estado de guerra: a história secreta da CIA e do governo Bush"), de 2006.

O tribunal recebeu provas de que Jeffrey Sterling esteve em contato com Risen, que cobria um processo por discriminação apresentado por Sterling contra a CIA. Holly alega que dezenas de pessoas na agência poderiam ter vazado a informação sobre a chamada "Operação Merlin".

O processo de Sterling significou uma vitória para o governo dos Estados Unidos em seu combate aos vazamentos de informação.

Para Jesselyn Radack, ex-assessora de Ética do Departamento de Justiça dos EUA e advogada do grupo Expose Facts, este caso representou uma derrota da justiça. Ela acusou o governo Barack Obama de intimidar todos aqueles que vazarem informações que possam ser constrangedoras para sua administração - ainda que sejam de interesse público.

O governo cubano anunciou o indulto para 3.522 presos, diante da visita próxima do papa Francisco ao país. "Como aconteceu quando nos visitaram os sumos pontífices João Paulo II e Bento XVI, o conselho de Estado decidiu indultar 3.522 sancionados", afirmou nesta sexta-feira o jornal estatal Granma.

Entre os que receberam indultos há pessoas com mais de 60 anos, jovens menores de 20 anos sem antecedentes criminais, doentes crônicos e mulheres, além de vários que tinham previsão para liberdade condicional em 2016, explicou o diário. Também receberam indultos estrangeiros, "sempre que o país de origem garantisse sua repatriação", de acordo com o órgão oficial do Partido Comunista de Cuba.

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Em 17 de dezembro, quando os presidentes de Cuba e Estados Unidos anunciaram a decisão de restabelecer relações diplomáticas, o governo cubano anunciou o indulto para 53 presos considerados "presos políticos" por Washington. Fonte: Associated Press.

Edição extra do Diário Oficial da União publicada nesta quarta-feira (24) traz um decreto assinado pela presidente da República, Dilma Rousseff, que concede indulto natalino a presos que obedecem critérios relativos a tempo de pena e comportamento. A defesa do ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino deve estudar o decreto nos próximos dias para pedir que o benefício seja aplicado ao condenado no julgamento do mensalão.

O indulto é um perdão que faz com que o restante da pena não seja cumprido. As regras para concessão do benefício são definidas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

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Podem ser beneficiados, por exemplo, presos em regime aberto ou domiciliar, desde que faltem oito anos ou menos para terminar a pena e eles tenham cumprido, no mínimo, um terço da punição. Presos com doenças graves comprovadas por atestado médico também são potenciais beneficiários.

A concessão do indulto não é automática. A defesa do condenado deve fazer um pedido à Justiça, mostrando que cumpre os critérios fixados pelo decreto. A partir daí, cabe ao Judiciário decidir se concede ou não o benefício.

Histórico

Genoino foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão por corrupção. Sua pena foi fixada em 4 anos e 8 meses. Atualmente, o ex-deputado está em regime aberto e já cumpriu um quarto do tempo total.

O advogado Cláudio Alencar, que defende Genoino, disse que ainda não viu o decreto e que deve examinar o texto e calcular precisamente quantos dias ele já cumpriu antes de pedir o indulto.

Nesta semana, outro condenado pelo mensalão, o também petista João Paulo Cunha, recebeu autorização do STF para passar o fim de ano com a família.

Dois condenados por envolvimento no mensalão - o ex-deputado João Paulo Cunha e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares - deixaram nesta quinta-feira (17) a cadeia e passarão o feriado prolongado em casa. Os dois voltarão na terça-feira (22) ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Brasília, onde cumprem pena. Nesta quinta-feira, os dois deixaram a prisão cedo para trabalhar. Delúbio Soares trabalhou durante todo o dia na Central Única dos Trabalhadores (CUT).

João Paulo Cunha cumpriu expediente até às 13h em um escritório de advocacia. Os dois terão de voltar à cadeia na terça-feira, depois de cumprirem expediente em seus empregos. Outros detentos, que não trabalham fora da cadeia, deixaram a carceragem às 10h para o "saidão de Páscoa".

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Durante o período do benefício, João Paulo e Delúbio Soares não podem ficar fora de casa depois das 18h, viajar para fora do Distrito Federal, ingerir bebidas alcoólicas e entorpecentes nem frequentar bares e prostíbulos, em cumprimento às determinações da portaria da Vara de Execuções Penais (VEP). Pelas regras definidas pela Justiça, João Paulo e Delúbio também não podem se encontrar. A portaria proíbe que internos andem em companhia de outros presos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Advogados dos ex-presidentes do PT José Genoino e do PTB Roberto Jefferson estudam pedir à Justiça um indulto a seus clientes. Pela Constituição, o benefício que poderia anular as penas dos condenados é dado por decreto presidencial. Como na maioria dos anos o benefício é divulgado às vésperas das festas de fim de ano, o decreto é popularmente chamado de "indulto natalino".

Funciona da seguinte maneira: a Presidência da República faz a publicação estabelecendo os parâmetros de quem pode e quem não pode solicitá-los. Os condenados, então, entram na Justiça a fim de que tenham seus casos avaliados. Dilma Rousseff ainda não editou o decreto de 2013, o que deve ocorrer nas próximas semanas. O benefício costuma ser dado, por exemplo, a quem tem doença grave. Genoino tem problemas cardíacos e Jefferson se recupera de câncer no pâncreas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O rei Mohammed VI do Marrocos assegurou, neste domingo (4), que jamais teria indultado um cidadão espanhol preso no país por estupro se estivesse ciente dos crimes por ele cometidos. O indulto em favor do espanhol desencadeou protestos que acabaram reprimidos pela polícia. As manifestações terminaram com 63 pessoas feridas.

Condenado por abusar sexualmente de 11 meninos, o espanhol Daniel Galván Viña foi um dos 48 prisioneiros beneficiados pelo indulto real de 30 de julho. O perdão à pena cumprida por Galván Viña no Marrocos foi pedido a Mohammed VI pelo rei Juan Carlos da Espanha.

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De acordo com o gabinete do rei marroquino, Mohammed VI "em nenhum momento foi informado sobre a gravidade dos crimes" cometidos pelo espanhol. O rei "jamais teria concedido" o indulto se estivesse ciente da situação, prossegue a nota.

Mohammed VI ordenou uma investigação para que sejam apontados os responsáveis por essa "lamentável libertação". Acredita-se que Galván Viña, que ainda tinha 28 anos de pena a cumprir, tenha voltado para a Espanha depois do indulto.

Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff decidiu nesta segunda-feira (24), véspera de Natal, conceder indulto para presidiárias que tenham sido condenadas por crimes não hediondos, que tenham cumprido 1/4 da pena, apresentado bom comportamento e possuam filhos com menos de 18 anos ou com deficiência. O decreto deverá ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União, segundo informou a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas.

Dilma também concederá indulto para presidiários (homens ou mulheres) que tenham sido condenados a até quatro anos de prisão por crimes contra o patrimônio, sem cometer violência ou grave ofensa, e que já tenham cumprido três meses da pena.

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A Assembleia Nacional da Bolívia aprovou no fim da noite de ontem uma lei de indulto por meio da qual poderão ser soltos cerca de 1.600 detentos, ou 12% da população carcerária do país. A informação foi confirmada neste domingo por Ramiro Llanos, máxima autoridade do sistema penitenciário boliviano.

Na última quinta-feira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, assinou um decreto de indulto. O decreto de Morales permite que busquem o benefício prisioneiros com deficiências, homens com mais de 58 anos e mulheres com mais de 55. É preciso que o réu tenha cumprido pelo menos um terço da pena.

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Ontem à noite, porém, a Assembleia Nacional, de maioria governista, alçou o decreto à categoria de lei. Segundo Llanos, centenas de prisioneiros deverão ser libertados no decorrer dos próximos 30 dias. A libertação vai depender da análise de uma comissão encarregada da revisão das sentenças.

O objetivo da lei aprovada ontem na Assembleia Nacional é a redução da superlotação nas prisões bolivianas. A população carcerária da Bolívia é de quase 13 mil detentos, mas suas penitenciárias têm capacidade para apenas 7 mil prisioneiros. As informações são da Associated Press.

O ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola recebeu indulto por seus crimes contra o sistema financeiro. O perdão judicial foi assinado na segunda-feira pela juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Condenado a 13 anos de reclusão, Cacciola estava sob liberdade condicional desde 2011.

Segundo a juíza, "o apenado preencheu todos os requisitos dispostos no artigo 1º, inciso III do Decreto 7648/2011, expedido pelo Presidente da República, em 21/12/2011, cabendo tão-somente ao magistrado analisar se estão preenchidos tais requisitos no caso em análise".

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Na decisão, Roberta Barrouim salientou que o apenado tem mais de 60 anos, cumpriu um terço da pena e não cometeu falta grave nos últimos doze meses anteriores à concessão do benefício, "atendendo, assim, a todos os requisitos elencados no referido decreto". Como, pelo Código Penal, o indulto é causa de extinção da punibilidade, Cacciola zerou suas obrigações com a Justiça.

Escândalo financeiro

Ex-dono do Banco Marka, Cacciola foi o único preso naquele que foi considerado um dos maiores escândalos financeiros do País, que começou com a maxidesvalorização do real, em 13 de janeiro em 1999. Na contramão de praticamente todo o sistema financeiro, o Marka e o banco FonteCindam apostavam no mercado futuro de câmbio na estabilidade do real.

Na época, o Brasil adotava um regime de câmbio semifixo. O governo desvalorizava, pouco a pouco, o real ante o dólar. No entanto, em meio às crises da Ásia e da Rússia, o mercado passou a desconfiar da capacidade de o Brasil manter a taxa de câmbio controlada. No início do segundo mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o governo liberou o mercado cambial, o que fez o dólar disparar.

No primeiro dia de negociação livre, a moeda americana saiu de R$ 1,21 para R$ 1,32.

O salto pôs em risco os dois bancos que apostavam na manutenção do valor do dólar. Alegando "risco sistêmico" - perigo de uma quebra generalizada no sistema bancário -, o Banco Central, então sob o comando de Francisco Lopes, ajudou os dois bancos a cobrir o rombo, vendendo dólares por cotação inferior à do mercado.

Em março deste ano, a Justiça Federal condenou a BM&FBovespa, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, o BB Banco de Investimento e ex-diretores do BC, entre outros réus, a ressarcir o Estado em dois processos que questionam o salvamento do Banco Marka na época da desvalorização do real, em janeiro de 1999. Em valores atualizados, a causa pode chegar a R$ 24 bilhões.

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