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Indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista Luiz Edson Fachin minimizou nesta quarta-feira, 15, o fato de aparecer em um vídeo declarando apoio à presidente Dilma Rousseff na campanha de 2010.

"A vida implica, em diversos momentos, no exercício da cidadania, a tomada de algumas direções. Eu sei bem distinguir as direções nos diversos momentos. E tenho certeza que o meu comportamento e a minha trajetória indicam também essa direção", disse Fachin.

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Devido à simpatia ao PT e a outros movimentos ligados ao partido, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), senadores têm questionado a isenção de Fachin caso ele tenha que julgar políticos ligados ao partido se assumir efetivamente a vaga no STF.

O jurista se reuniu nesta tarde com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para conversar sobre a sabatina que terá de submeter na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que deverá ocorrer no próximo dia 29. Segundo ele, esse será o momento para prestar todos os "esclarecimentos que forem necessários" sobre o assunto.

"Em homenagem e respeito ao Senado, vamos desenvolver todos esses temas e outros que forem de interesse dos senadores. Eu prestarei todos os esclarecimentos que forem necessários, coerentes com a minha trajetória e com o cargo que se coloca no horizonte", afirmou.

Indicado para a vaga no Supremo Tribubal Federal (STF), o jurista Luiz Edson Fachin deverá ser sabatinado pelo Senado no próximo dia 29. A informação foi dada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois se encontraram nesta quarta-feira, 15, um dia depois de Fachin ter sido indicado pela presidente Dilma Rousseff para o cargo.

Questionado se o nome de Fachin seria aprovado pelos senadores, Renan deu uma resposta evasiva. "Certamente a presidente tem garantias do perfil do indicado, senão não teria mandado para a sabatina do Senado", disse.

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Renan trabalhou até o último momento para que Dilma indicasse outro nome. Ele teria avisado a presidente que o nome do jurista encontraria resistência na Casa.

Mesmo tendo dito que teve a "melhor impressão" do jurista Luiz Edson Fachin, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira, 15, que não cabe a ele "vetar" ou "apoiar" uma indicação da presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF). Irritado com o Palácio do Planalto nos últimos dias, por apoiar outro candidato ao Supremo e ter tido um aliado preterido do Ministério do Turismo, o peemedebista fez questão de destacar que a sabatina é um "processo complexo" que se aprimora a cada dia.

"O Senado já teve um momento em que derrubou um indicado para o Supremo Tribunal da República (sic), mas fez isso no início da República, quando Floriano Peixoto mandou o nome de um médico para o Supremo Tribunal Federal, Barata Ribeiro. Aí o Senado derrubou. Mas esse não é um precedente que nessas horas possa ser lembrado", disse Renan, na chegada ao Congresso.

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O peemedebista afirmou que, quando se trata de uma indicação para o Supremo, o presidente do Senado é "apenas igual a um senador". Ele destacou que vai votar como senador e, por isso, não pode se manifestar como presidente do Senado. "Não cabe ao presidente do Senado vetar, apoiar ou indicar. Essa é uma indicação da presidente da República", frisou.

Renan Calheiros reconheceu ter tido a "melhor impressão" de Fachin, com quem conversou na semana passada pessoalmente. Ele disse que Dilma, ao mandar a indicação do jurista ao Senado, deve ter todas as informações em relação a seu perfil.

Questionado por uma repórter sobre o vídeo em que Fachin aparece durante a campanha de 2010 pedindo votos para Dilma, Renan afirmou que, ao enviar o nome para o Legislativo, a presidente tem "todas as informações, inclusive essa que você está falando". Ele disse que o Senado vai sabatinar e votar com maturidade. Perguntado se o jurista teria isenção para julgar no Supremo, Renan disse que não sabe se ele tem. "Essa será uma pergunta inevitável que será feita por ocasião da sabatina. Ele vai ter definitivamente uma oportunidade para responder", afirmou.

O peemedebista repetiu o discurso de ontem, 14, de que não quer se comprometer com a indicação do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo, operação que vai desalojar seu apadrinhado Vinícius Lages do cargo. Ele disse que Dilma não "sinalizou e não sinalizaria" outro posto para Lages. "Se o ministro Lages não servir mais ao governo, ele vai para outro lugar, não do governo. Seria aceitar barganha. E nós não vamos aceitar barganha de forma nenhuma", afirmou.

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