Tópicos | Maria Jose De Biase

O Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) participou da reunião do Projeto Novo Recife junto com a Prefeitura do Recife,  no começo da tarde desta sexta-feira (21),  para discutir sobre a construção das torres no Cais José Estelita que ainda permanecem no local. Uma liminar foi expedida pela 7° Vara Fazenda Pública suspendendo a assembleia, que segundo o grupo Direitos Urbanos, não tinha a participação popular necessária no encontro, havia um desfalque de pessoas da parte da CDU.

Houve um tumulto no andar onde estava sendo discutido o projeto, entre o CDU e Direitos Urbanos devido a liminar concedida pela justiça. Segundo a advogada Liana Cirne Lins, que firmou a suspensão da reunião, o encontro tinha que acabar como um todo, mas outra pauta estava sendo discutida, um templo religioso na Rua Mário Melo, em Santo Amaro também estava em votação.

##RECOMENDA##

“Houve um desconforto da parte da oficial de justiça que se precipitou”, contou a secretária de Assuntos Jurídicos, Virgínia Pimentel. Ela afirma que a liminar foi avaliada por todos os presentes, ficando entendido que apenas o primeiro processo referente ao Novo Recife estava suspendendo, dando continuidade ao segundo, o do templo religioso. “O segundo processo também foi suspenso por cautela”, conclui.

O Projeto Novo Recife está em sub-júdice, sem previsão para ser entrado em discussão novamente. “Não descartamos a possibilidade de ele ser julgado ainda nesta gestão”, enfatiza a secretária. Ainda não se sabe uma nova data para sessão.

Nota - A Prefeitura do Recife emitiu uma nota lamentando o tumulto causado na manhã desta sexta-feira (21), durante a reunião Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), que discutia o Projeto Novo Recife. Um dos motivos da suspensão da atividades foi o embate entre representantes e simpatizantes do movimento Direitos Urbanos. 

 

 

 

 

O combate à propaganda irregular em locais públicos do Recife será tratado com mais rigor pela prefeitura da cidade. A partir de 1º de novembro, nomes relacionados em cartazes do tipo lambe-lambe serão notificados e denunciados ao Ministério Público, e, posteriormente, às autoridades policiais. Desta maneira, produtores, artistas, donos de casas noturnas e até patrocinadores dos eventos divulgados poderão responder por crime de dano contra o patrimônio público, previsto no Código Penal. Estas medidas já foram comunicadas aos representantes da cadeia artística do Recife através de reuniões realizadas este mês.

“A prática do lambe-lambe é um tipo de mídia proibida e que deixa o Recife com aspecto sujo. Temos procurado dialogar com todos no sentido de conscientizar, mas em muitos casos isso não surtiu efeito, então vamos começar a tomar medidas mais duras e espero que todos entendam que a cidade não pode ser tratada desta forma”, afirma a secretaria de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obras do Recife, Maria Jose De Biase. Segundo ela, o órgão vai realizar uma parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã para capacitar grafiteiros que devem atuar na produção de publicidade no Recife.

Representando a Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), Israel Mendes avaliou como positiva a medida de combate ao lambe-lambe. “Nossos contratos de eventos sempre apresentam cláusulas que determinam que os contratantes não busquem esta forma de publicidade, mas a proibição tem que ser mesmo via Prefeitura. Concordo com a medida”, apontou. Já Hermano Menezes, que participou da reunião em nome da administração do bloco Galo da Madrugada, lembrou que é preciso criar um espaço público próprio para a propaganda de eventos. “Nós reivindicamos uma mídia alternativa porque publicidade em Outdoor, propaganda regulamentada é muito mais cara e inviável para a maioria dos produtores”, destacou.

A Secretaria já se reuniu também com representantes de casa de shows que apresentaram esse tipo de publicação nas ruas. Entre elas estavam o Clube Bela Vista, 13 do Vasco, Haras Boa Viagem, Spirit, Audrey, Clube das Pás, Sala de Reboco e Clube Português, além de representantes das gráficas.

“Entendemos que o lambe-lambe é uma forma de propaganda barata e de fácil veiculação, mas não podemos fazer isso de qualquer jeito. O Recife é uma cidade de grande beleza e precisa ser preservada. O objetivo é buscar alternativas para esse tipo de propaganda”, diz Maria De Biase.

A Lei Municipal 17.521/2008, que regulamenta a publicidade no Recife, instituiu os Espaços Públicos Promocionais Criados (EPPC). Por esta medida, o município licita locais como parques e outros equipamentos da cidade, para a utilização de propaganda de utilidade pública pela iniciativa privada.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando