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O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República, afirmou nesta quinta-feira, 10, que o perfil do empresário Benjamin Steinbruch, dono do grupo Vicunha Têxtil e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), além de vice-presidente da Fiesp, "responde perfeitamente" ao que ele procura para ser vice em sua chapa.

"Doutor Benjamin Steinbruch é um velho amigo. Estou há tanto tempo na estrada, que era amigo do pai dele. Ele tem todas as qualidades para qualquer tarefa, mas nunca me deu qualquer sinal de pretensão de entrar na política", disse Ciro, que negou que tenha tratado do assunto com Steinbruch.

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Em entrevista recente ao jornal O Estado de S. Paulo, o pedetista disse que procura um vice da produção e da região Sudeste. Steinbruch, que foi chefe de Ciro na CSN até 2015, filiou-se ao PP em abril, dentro prazo para ser elegível nessas eleições. A informação foi revelada anteontem pelo Estadão/Broadcast.

"Esse momento está pontilhado de fofoca, intriga e especulação. Só quem vai falar na minha dimensão é o presidente do PDT, Carlos Lupi. Ele está autorizado a abrir qualquer conversa, porque pretendo unir o Brasil que produz com o Brasil que trabalha", disse Ciro, após participar de um debate com presidenciáveis promovido pela União Nacional dos Legisladores Estaduais, em Gramado (RS).

O pré-candidato do PDT disse, ainda, que pretende contar com o PSB em sua chapa. "O PSB sempre estará na minha cogitação. Quero unir partidos que têm mais afinidade com o mundo dos pobres. O PSB está em um esforço notável de voltar a sua melhor tradição", afirmou o ex-ministro.

Temer

Questionado sobre a possibilidade de o presidente Michel Temer desistir de disputar a reeleição, Ciro chamou o emedebista de "salafrário". "Ele saiu? Eu gostaria que ele fosse candidato para ver o tamanho da repulsa que o povo brasileiro tem a um golpista salafrário. Na prática, é isso que ele é."

O presidenciável também ironizou as articulações do governo para tentar unificar o centro nas eleições. "O centro é um ponto imaginário da geometria. Só existe como ficção intelectual. O que estão tentando organizar é a direita brasileira. Eles têm que assumir que são da direita", declarou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu as críticas recebidas do empresário Benjamin Steinbruch durante o 11º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) alegando que o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, (Fiesp) lembra dos problemas atuais e não dos problemas do passado. Em relação ao câmbio, Mantega admitiu que "tivemos dificuldades para impedir a valorização do câmbio".

De acordo com ele, a primeira medida foi tentar evitar a desvalorização do câmbio. "Aí aumentamos as reservas, como forma de aumentar a desvalorização cambial", disse o ministro. Mas isso, disse ele, só foi possível quando "colocamos empecilhos, colocamos IOF sobre a entrada de dólares no País e o câmbio passou a se desvalorizar para a felicidade da indústria até 2013".

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"Procuramos neste período anticíclico olhar para a produção. A indústria depende muito do mercado externo, que secou e não tínhamos mais para onde exportar", disse o ministro. Para Mantega, o câmbio não é o ideal, mas é o que se pode fazer. Até porque, explicou, quando se induz a desvalorização do câmbio se cai numa pressão inflacionária. "Tivemos também problemas de seca, que pressionaram a inflação".

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, disse nesta segunda-feira, 15, que "talvez eu seja o mais angustiado" entre os presentes no Fórum de Economia realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), com acadêmicos, empresários e representantes dos trabalhadores. "O que angustia é a perspectiva de recessão, desemprego e falta de investimento", comentou, referindo-se ao Brasil.

"Existe uma divergência entre o que percebemos que é realidade com os números apresentados pelo governo e economistas, que não refletem a realidade da produção e do emprego", destacou o presidente da Fiesp. "Causa tremenda agonia e torna talvez pessimista com os dias que estamos vivendo. Não falo só da indústria, mas de todos os outros setores. Esse desconforto está presente em todos eles. A verdade é que o desconforto e o descontentamento está presente em tudo."

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Ele destacou que o seu objetivo é contribuir com o governo com ideias sobre a política econômica, não para gerar críticas, para colaborar de forma construtiva.

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