O “culpado” Mazola

por Thiago Graf | qua, 17/08/2011 - 18:15
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Quando o time não vai bem, logo se multiplica pelas arquibancadas a seguinte frase: “Troca o treinador!”. Muitos creditam toda a responsabilidade a apenas um: o comandante. De certa forma, tem até sentido tudo isso. Ele é quem treina os atletas, sabe da condição de cada um, organiza o sistema defensivo, criativo e ofensivo. Enfim, ele tem culpa sim...  Mas não toda, vale lembrar.

No Sport, a situação merece ser estudada. Essa fórmula antes citada parece não fazer mais efeito. O Leão iniciou o ano dando continuidade a Geninho, que fez campanha razoável na série B de 2010. Após tropeços, erros e falta de rendimento da equipe, ele saiu para a chegada de Hélio dos Anjos, o salvador (sem trocadilho) da pátria rubro-negra.

A equipe melhorou aos poucos, é bem verdade, mas nada de encher os olhos, muito menos fez uma campanha que se compare à passagem anterior de Hélio pela Ilha, em 2003, quando conquistou o pernambucano, foi semifinalista da Copa do Brasil e terceiro lugar na Série B do mesmo ano.

Ele cumpriu uma parte da promessa. Chegou até a final. Não fez o principal: conquistar o hexa. A situação foi se complicando, se complicando... Até o elenco, dizem as más línguas, estava contra o treinador. Não deu outra:  Hélio foi demitido.

Se a culpa nunca é do time, então vamos procurar alguém que possa resolver, pensaram. Eis que surge a opção de Mazola, treinador dos juniores e que tinha acabado de conquistar um título com a equipe de base.

Assim foi feito.

Bons resultados de início. Só em casa. Fora, o torcedor já sabe de toda a história.

Ao todo, Mazola conquistou: quatro vitórias (ABC, Ponte Preta, Salgueiro e Náutico), dois empates (Criciúma, na sua estreia, e São Caetano fora de casa, melhor resultado longe da Ilha sob seu comando) e outras cinco derrotas. Tudo isso resulta em um pífio aproveitamento de pouco mais de 42%. Pífio para a maior folha salarial da competição e para um time que tem pretensões maiores do que o 12º lugar.

Se as coisas não vão bem, grita o outro: “Então, troca o treinador!”.

Assim foi feito (de novo).

Mazola não foi bem “demitido”, foi rebaixado à condição de interino novamente, ou seja, uma “quase dispensa”.

Tudo isso é um sinal de que a diretoria escuta o torcedor e a Imprensa. Pelo menos nesse sentido, que é o mais fácil, claro. Já quando todos pedem dois meias e dois atacantes, formação simples e bastante usada, mas que os treinadores que passam pela Ilha parecem temer, ninguém escuta. Afinal de contas, os torcedores não são os “professores”.

Mas, como se diz no Twitter, #FicaaDica: a melhor defesa é o ataque. E essa receita é antiga.

A culpa é de Mazola? A resposta é: também. No entanto, independente de quem seja o próximo culpado, digo técnico, do time, é preciso que a diretoria se volte mais para o elenco para conhecer as dificuldades e, principalmente, onde realmente é necessário mudar. Vale lembrar, o novo técnico (maior probabilidade para Gallo, Carpegianne e PC Gusmão) não vai conseguir resolver o problema sozinho.

Agora é aguardar, torcedor.

Entre tapas e beijos

Náutico tem uma relação conflituosa com uma pequena parte da torcida, mesmo fazendo boa campanha

| qua, 17/08/2011 - 17:22
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“Não tenho a mãe na zona.” Disse Waldemar Lemos ao final do jogo desta terça-feira contra o São Caetano. Kieza saiu de campo chamando parte da torcida alvirrubra de palhaços. Crise no Aflitos? Nada. O time está no G4 há algumas rodadas apresentando um bom futebol dentro e fora de casa. E o que justifica essas manifestações dos profissionais do Náutico?

O torcedor. Sempre ele. Capaz de motivar a equipe enchendo os estádios. De derrubar treinadores e tirar o sono de atletas agindo como verdadeiros vigias. Guiando passo a passo o que faz o clube e o jogadores. Mas sempre ele, o torcedor, nunca vai estar satisfeito com o time que ama. té mesmo seleções que marcaram a história do futebol são questionáveis pára os torcedores (a seleção de 70, por exemplo, não é considerada perfeita por alguns porque tinha Félix no gol).

Cada clube tem seu grupo de torcedores chatos de plantão. No Palmeiras, o técnico Luís Felipe Scollari sofreu e sofre até hoje com a Turma do Amendoim. Aqui em Pernambuco, a Turma da Tesoura está diariamente acompanhado os treinos do Santa Cruz e cornetando seja lá quem for o técnico do momento.

Nos Aflitos, os “elegantes” senhores das Sociais não perdoam qualquer treinador alvirrubro, que tem a desvantagem de ter o banco de reservas quase colado ao alambrado. E aí, tem que aguentar.

Um amigo torcedor do Náutico uma vez me disse que, mesmo sendo sócio do Clube Náutico Capibaribe, se nega a assistir os jogos do timbu nas cadeiras e nas sociais do Eládio de Barros Carvalho justamente por conta do comportamento desses torcedores que começam a xingar o time a partir do apito inicial de cada partida.

Se parte da torcida do Náutico não aguenta esses torcedores, quem dirá o time?

E ao chegar ao Náutico, houve quem dissesse que Waldemar Lemos era uma cara calmo. Que eu me lembre, antes dele soltar a pérola ao final do jogo de ontem, o treinador já havia sido expulso de campo duas vezes só neste campeonato.
Quem é mesmo o técnico pacato do futebol pernambucano? 

Quem não faz... leva

| seg, 15/08/2011 - 19:28
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O futebol foge de clichês e eles não saem da essência desse Sport, digo, EsportE. Com o perdão da brincadeira, o torcedor rubro-negro deve saber bem do que estamos falando: incompetência na finalização e descuido na defesa.  

Resultado: Primeira derrota na Ilha, no último sábado.

O time da Praça da Bandeira não pode reclamar da falta de oportunidades. Elas existiram. E muito! Só no primeiro tempo, o Leão teve, no mínimo, três oportunidades de abrir o placar. Não o fez. Talvez apostando que a história se repetiria como aconteceu na partida contra o Náutico. 

Só que, do outro lado, era a Portuguesa, líder isolada do campeonato, melhor visitante e um time cheio de veneno no contra ataque. Mas o Sport não “tomou conhecimento” e se deu mal. Tentou, tentou, tentou e não marcou. De repente, falta na intermediária rubro-negra. Na bola, Marco Antonio, ex-jogador do clube. Ele cobrou bem e Magrão – que desde a lesão não é o mesmo – colaborou com o meia. Sport 0x1 Portuguesa. 

Parecia que nada tinha acontecido e os mesmo erros se repetiram. Em outro bom contra-ataque, Edno – destaque da série B - soltou o popular “limão” e Magrão espalmou para o meia da área, de bandeira para o atacante Henrique empurrar para as redes. Sport 0x2 Portuguesa.

Sem muita organização, após um bate-rebate, o time conseguiu marcar com Willians. 

E os rubro-negros, que acharam que ali viria à reação, se enganaram profundamente. Em mais um contrata-ataque, pênalti de Hamilton.

Na cobrança, Edno mostrou como se faz e detonou qualquer chance de virada ou empate. Leão 1x3 Lusa.

Pra não dizer que o time “afrouxou”, o Sport seguiu tentando e ainda marcou o segundo, com Maylson, mas foi apenas para dar trabalho ao operador do placar eletrônico, pois já não havia tempo para mais nada. 

E aí, alguma dúvida de que "quem não faz, leva"?

Enfim, fica a lição para os próximos jogos.

Mano Menezes: Um técnico de segunda

Luiz Mendes, | qua, 10/08/2011 - 19:00
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Uma multidão fazendo campanha para que você fique desempregado. Ninguém gostaria de passar por esta situação, mas ao aceitar assumir a seleção brasileira, Mano Menezes deveria imaginar que não teria vida fácil.Assumo ser um dos mais ferrenhos críticos do técnico gaúcho. E tenho meus motivos.

Ele não é um estrategista - quis apostar em uma equipe com três atacantes na Copa América deste ano para fazer o papel de técnico que joga ofensivamente. Não. Mais atacantes não significa ter um time mais agressivo na frente. Muitas vezes o 4-3-3 configura-se apenas uma equipe mais vulnerável.

Ele não decide coerentemente – Na mesma Copa América colocou como titular o questionado Jádson. O jogador marcou no primeiro tempo, conseguiu jogar razoavelmente e não voltou para a segunda etapa. E não jogou mais durante a competição.

Barrou da escrete canarinho o volante Hernandes, por uma entrada criminosa do jogador no amistoso contra a França. Lucas Leiva, que foi expulso na última partida da competição continental, teria vaga garantida no jogo de hoje se não estivesse suspenso.

O meia Douglas nunca mais voltou a seleção depois que perdeu uma bola no meio de campo no amistoso contra a Argentina e a jogada culminou no gol do atacante Messi, dando a vitória à equipe portenha. Hoje, André Santos fez uma jogada bisonha que resultou em um dos gols da Alemanha. Alguém dúvida que a camisa 6, que um dia já foi de Nilton Santos, permanecerá com o lateral-esquerdo preferido de Mano Menezes?

Lobby nas convocações – O treinador já foi acusado de dar preferência a jogadores agenciados pelo empresário Carlos Leite, quando ainda treinava o Corinthians. E parece que na seleção as coisas não mudaram. Jucilei e Carlos Eduardo já apareceram na primeira convocação de Mano, Além deles, André Santos (o “craque” da camisa 6) e Lucas Leiva foram mais dois jogadores do empresário levados à seleção. Fora isso, fica clara a preferência do treinador por atletas que já trabalharam com ele no Grêmio e no alvinegro do Parque São Jorge. Todos com futebol questionável. Tirando os já citados anteriormente, Elias, Ralph e Douglas fazem parte deste grupo.

Ele é de segunda – Foi a segunda opção da CBF. Com o não recebido de Muricy Ramalho, restou a Ricardo Teixeira recorrer ao gaúcho. Há quem diga que ele foi a terceira opção, já que Luís Felipe Scollari teria recusado antes de ser chamado. Os principais títulos de Mano, fora os estudais, são os da Copa do Brasil (vencido por vários times da série B) e dois títulos da segunda divisão nacional. Muito, mas muito pouco, na minha opinião, para ser treinador da seleção brasileira.

Um dia da caça e outro do caçador

Thiago Graf, | qua, 10/08/2011 - 16:14
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Sempre antes de qualquer partida entre dois rivais regionais, tem aquela máxima: “clássico é Clássico e não existe favorito”. Por mais tempo que passe, toda vez que esse “Provérbio futebolístico” é reproduzido chegamos à conclusão de que ele continua correto.

Uma prova disso foi a vitória do Sport ontem, sobre o Náutico, pela série B. O time alvirrubro vinha embalado, com sete jogos sem perder, entre o grupo dos quatros melhores e sem nenhuma ausência. Era “favorito”. Já o Leão... Não precisamos nem comentar a tensão vivida até momentos antes do jogo... Pois é! E parafraseando o saudoso Carlos Drummont de Andrade, quando disse que “no meio do caminho tinha uma pedra”, existia - na verdade - um meia no caminho do Timbu. Um jogador desacreditado por muitos, tanto que o time de Waldemar Lemos realmente pensou que ele era um detalhe. Mas, outro clichê foi esquecido: “Clássico se decide no detalhe”. 

E assim aconteceu...

Ainda tímido no primeiro tempo, Marcelinho Paraíba foi mero coadjuvante em um filme sem nenhum protagonista, talvez apenas com um vilão alvirrubro: O goleiro Gideão. Ele fez, no mínimo, duas grandes defesas que garantiram a igualdade no placar.

Passado o primeiro tempo, redobrada a tensão e a possibilidade do treinador Mazola Júnior perder o emprego caso o Sport não vencesse. Então, Senhoras e Senhores, eis que surge, de onde ninguém mais imaginava, Marcelinho Paraíba. 

Ele não foi fantástico, mas conseguiu ter a eficiência que um bom meia precisa ter, auxiliado – é bem verdade – pela frouxa marcação de Everton e pela deficiência técnica de Jeff Silva. Livre pelo lado direito, Marcelinho “pintou e bordou”. Era presença constante na área alvirrubra.

Não deu outra... Ele abriu o placar com um chute “maroto”, meio “sem querer”.

O lance parece não ter abalado o psicológico do Timbu. Tanto que eles continuaram cometendo os mesmos erros e o principal: dando espaço para os meias do Leão.

Não demorou muito e Marcelinho arrancou pela direita, tabelou com Bruno Mineiro (que prosseguiu a jogada com um belo passe de calcanhar) para depois invadir a área. Nesse momento, mais de 16 mil torcedores esperaram apreensivos pelo chute a gol do meia, mas como mostra de humildade e espírito de grupo – tão contestado por muitos – ele atuou como garçom e deixou Maylson, que tinha acabado de entrar, completamente livre para fazer o segundo. 

Enfim, aos 35 minutos do segundo tempo, já não tinha muito a se fazer mesmo. Então, foi só esperar o termino da partida.

Resumo da ópera: “Nem tudo que parece é”, afinal de contas, se o “prego ainda não está batido e a ponta virada” ainda “existe uma luz no fim do túnel”. Mazola, Marcelinho e todos os rubro negros acreditaram. Esqueceram apenas de avisar ao Náutico que “cada jogo é uma história” e que quem vive de jogo “passado é museu”. É certo que a equipe alvirrubra nem pode reclamar do final feliz do Sport, já que o Leão, além de tudo, ainda jogou desfalcado de um dente de Marcelinho Paraíba.

Um jogo para derrubar ou consagrar

Em momentos diferentes, Waldemar Lemos e Mazola são os protagonistas do jogo de hoje

Luiz Mendes, | ter, 09/08/2011 - 16:48
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Um quando foi anunciado chegou a ser chamado de mercenário. O outro foi efetivado no cargo após ter seu nome gritado das arquibancadas.

Hoje os momentos são diferentes. Waldemar Lemos levou o Náutico ao G4, arrumou o sistema defensivo do time, que hoje tem a defesa menos vazada do campeonato, e há sete jogos não sabe o que uma derrota no campeonato brasileiro.

Mazzola Júnior tirou o Sport da retranca implantada pelo técnico anterior, Hélio dos Anjos. Mas ainda não conseguiu fazer com que o time rubro-negro vencesse fora de casa na competição.

 

QUESTIONAMENTOS

Alguns torcedores alvirrubros ainda questionam a passividade do comandante do time nos jogos. Realmente, Waldemar Lemos não gesticula e não grita com os jogadores, porém pacífico é um adjetivo que não pode ser atribuído a ele. Nas 14 rodadas da série B, o técnico já foi expulso de campo duas vezes por reclamar da arbitragem.

Nos lados da Ilha do Retiro, o ex-treinador da equipe de juniores nunca foi uma unanimidade entre os torcedores e a diretoria. Alguns rubro-negros gostariam de ver um técnico com mais experiência e com algum status dentro do futebol nacional. Há quem diga que dentro do elenco do Sport, Mazzola Júnior também não agrada a todos os jogadores.

 

CONSEQUÊNCIAS

Caso perca o jogo desta noite, Waldemar Lemos continuará a frente do Náutico. Provavelmente com o mesmo prestígio conquistado ao longo da campanha timbu.

Se a derrota for leonina, muitos já dão como certa a queda de Mazzola. Mesmo tendo comandado o time em apenas três jogos, a mudança de treinador pode custar a permanência do Sport na segunda divisão do campeonato nacional.

Ganhado ou perdendo, o time alvirrubro permanece no grupo de acesso à série A. Já o Sport, está a três pontos da zona de rebaixamento, mas se vencer fica a um do G4.

O Sport e o medo de avião

Thiago Graf, | seg, 08/08/2011 - 16:34
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Vários foram os avanços obtidos na medicina ao longo dos anos. Diria quase incontáveis. Isso também ocorreu na área psiquiátrica com Freud e tantos outros. Uma delas foi a denominação de diversos problemas ou males que acometem o ser humano. A fobia é um bom exemplo.

No caso do Sport, o medo parece ter nome bem claro: AEROFOBIA.  Vamos então à etimologia da palavra: Aero - do grego aer, que significa “Ar”; e Fobia, que representa temor.

Sendo assim, já foi constatado o grande problema da falta de vitórias fora de casa: Trauma de avião, medo de voar. Toda vez que a equipe prepara as malas, ainda no Recife, o discurso é uníssono: “Vamos agora fazer a nossa parte: vencer” ou então: “já está na hora de ganhar longe da ilha, estamos preparados”. Frases que já não convencem tanto o torcedor rubro-negro. 

Uma explicação para essa desconfiança é encontrada nos resultados obtidos pelo Leão fora do Recife. Assim como a saga de Harry Potter, o Sport já teve sete capítulos para tentar vencer Voldemort, digo, algum adversário fora de casa. Não o fez. Foi assim com o Guarani e Asa (empates em 1x1); vitória-BA (derrota por 2x0), São Caetano (empate em 3x3), Goiás e Boa esporte (derrotas por 2x1 e 3x0, respectivamente).

Resultado: Em sete jogos, três empates e quatro derrotas. Dos 21 pontos disputados, apenas quatro conquistados e um pífio aproveitamento de: 14,28%.

Detectado o problema da equipe, agora é hora de o departamento médico, ou mais especificamente psiquiátrico, entrar em ação. Mas, agora, o próximo desafio é nesta terça-feira, no estádio Adelmar Costa Carvalho, reduto Rubro Negro, onde - diga-se de passagem – o Leão segue invicto e tem um dos melhores aproveitamentos da competição, contra o Náutico, rival em franca ascensão e concorrente direto a uma das vagas de acesso à série A. 

A nova oportunidade de vencer fora do Recife será no dia 16 de agosto, contra o Americana, em São Paulo. O técnico Mazolla Júnior (se ainda não tiver “voado” do comando rubro-negro) e seus comandados vão precisar fazer muito mais do que já fizeram. Até porque, com o perdão do trocadilho, se o Sport quiser alçar voos maiores na série B, precisará vencer longe da Ilha.

Keila Costa é campeã no salto triplo

Thiago Graf, | sex, 05/08/2011 - 16:22
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A atleta pernambucana Keila Costa sagrou-se campeã no salto triplo, hoje à tarde, na 30ª edição do Troféu Brasil de Atletismo. A atleta disputa a competição pela equipe ORCAMPI/UNIMED e optou por fazer apenas dois dos seis saltos que tinha direito. Mesmo assim, ela venceu a final da prova com a marca de 13m88cm, somando 13 pontos. A segunda colocada foi Gisele Lima de Oliveira, com 13m75cm e, finalizando o pódio, Laurice Cristina Félix, com 12m91cm. Parabéns, Keila!

Pelé falou mais alto que Edson Arantes

O rei do futebol não aceitou participar da final do mundial de interclubes. E fez bem

Luiz Mendes, | qui, 04/08/2011 - 20:20
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Desde que o Santos foi campeão da Taça Libertadores deste ano, o possível confronto contra o Barcelona, na final do mundial interclubes, é o jogo mais esperado do ano por torcedores de todo o mundo.O confronto Messi x Neymar e Muricy x Guardiola tinha tudo para ser ofuscado se o maior jogador de todos os tempos, aposentado há mais de três décadas, aceitasse entrar em campo novamente para o torneio da FIFA.

O presidente do Santos propôs e Pelé recusou. Segundo Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro, o clube gostaria de homenagear o rei para que ele se tornasse tri-campeão assim como o junto com o alvinegro praiano. Mesmo com a recusa de Pelé, a ação de marketing foi genial, ao ponto de fazer com que poucas pessoas lembrem que o time de Neymar só conquistou 11 pontos nos últimos 11 jogos do Campeonato Brasileiro.

E o maior jogador do século fez certo em não aceitar a proposta. Pelé é uma marca maior que o jogador (o que nesse caso não é pouca coisa) e é um referencial para o esporte e para o Brasil. Para se ter idéia, na década de 1960, uma pesquisa mostrou que Pelé era mais conhecido do que o Papa em todo continente africano.

É bom lembrar que desde que a FIFA começou a organizar o Mundial Interclubes, o campeão da Champions League não enfrenta diretamente o campeão da Libertadores da América. E pode acontecer com o Santos o que ocorreu com o Internacional-RS na competição do ano passado.

No plano perfeito, depois de estar goleando qualquer time desconhecido, da Oceania ou da África, Pelé entraria nos três últimos minutos da partida e colocaria em sua biografia mais um feito histórico.

O contrário acontecendo, o Rei poderia manchar uma bela história e o clube seria questionado por ter levado um senhor de 71 anos para uma competição oficial ao invés colocar um jovem profissional na delegação.

Dessa vez Pelé agiu como Pelé e não deixou que o Edson tomasse uma decisão precipitada. Viva o rei.

 

 

Para os atletas, sobra apenas o calote

Governo gasta milhões com consultorias, mas esquece dos nossos esportistas

Luiz Mendes, | qua, 03/08/2011 - 19:30
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O valor gasto com o primeiro evento da Copa do Mundo, o sorteio dos grupos das eliminatórias, 2014 foi de R$ 30 milhões. Pagos em partes iguais pela prefeitura carioca e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Achou caro? Esse valor é apenas um terço do que foi gasto pelo Ministério dos Esportes para a candidatura da capital fluminense a sede das olimpíadas 2016.

O dinheiro foi usado entre os anos de 2008 e 2009 com a contratação de consultorias. As informações sobre os gastos oficiais são da Controladoria Geral da União.

Os R$ 90 milhões foram liberados pelo Ministério dos Esportes para os projetos elaborados pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Só com consultorias internacionais foram gastos R$ 18 milhões. A Fundação Instituto de Administração, de São Paulo recebeu R$ 12,9 milhões para realizar um estudo sobre o legado dos Jogos Pan-Americanos e apoio na implantação do plano estratégico de ações governamentais na elaboração do dossiê com vistas à candidatura dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Para a Fundação Getúlio Vargas foram pagos R$ 11,9 milhões com o objetivo de fazer uma “consultoria técnica especializada na elaboração de sistema de orçamentação e de estudos em instalações esportivas e acomodações".

É bom lembrar que o Tribunal de Contas da União analisou 36 processos sobre o que Pan 2007 deixaria para o Brasil e não cobrou nada de ninguém.  Só este ano o Ministério capitaneado por Orlando Silva irá destinar R$ 307 milhões para dar apoio à implantação de infraesturutra para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Paralelamente, cerca de 100 atletas, que estão classificados para o Pan-Americano de Guadalajara, que será realizado daqui a dois meses, não recebem a Bolsa Atleta desde o ano passado. Porém, a agência de publicidade que produziu os anúncios do Bolsa Atleta, já recebeu R$ 3 milhões.  

Ainda faltam cinco anos para os jogos do Rio. E até lá... haja calculadoras.

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