28º Baile da Saudade resgata o lirismo dos carnavais

Clube Náutico Capibaribe se veste com as cores azul e vermelha para saudar o carnaval

por Karolina Pacheco | sab, 11/02/2012 - 01:27 | Atualizada em: sab, 11/02/2012 - 21:39
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Foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens

Uma folia para todas as idades. Este é o Baile da Saudade, que acontece na madrugada deste sábado, no Clube Náutico Capibaribe, no bairro dos Aflitos. O Bloco da Saudade promove uma grande festa regada a muito frevo e lirismo para toda a família, que chega, este ano, a sua 28ª edição.

A presidente do bloco, Isabel Cristina Almeida, comenta sobre a felicidade de receber o público para celebrar a tradição do bloco, que é um dos mais antigos de Recife. “Quando começamos, em 1974, éramos poucas pessoas. Hoje temos uma história de luta e o sucesso veio disso. Vários blocos que existem atualmente são filhos do Bloco da Saudade, que hoje possui o título de Patrimônio Cultural da Humanidade”, declara a carnavalesca, que também é uma das principais vocalistas do coral.

O Bloco da Saudade desfila esse ano com o tema “Um mito à Carmem Miranda e o Vendedor de Balagandans”, que visa homenagear a baiana mais querida de toda a história dos carnavais. “Nos inspiramos na história do Brasil e da Bahia. O carnavalesco do bloco, Carlos Ivan de Melo, recriou Carmem Miranda de uma forma estilizada. "Nós, mulheres, sairemos como baianas e os homens de vendedores de balagandans”, completa a presidente.

A senhora Nívea Gusmão, de 92 anos, se emociona ao relembrar e reviver o carnaval de sua mocidade. “Brinco carnaval todo o ano. Há dois anos, estou com um problema nas pernas, mas sou louca por carnaval e por isso não falto a uma festa do bloco. Tô achando maravilhoso, já tive muita vontade de chorar, por me lembrar da minha juventude. Tem gente que não acredita que tenho 92 anos”, comenta.

A filha de Nívea, a médica Terezinha Gomes, declara que a mãe, mesmo cadeirante, exigiu que fosse trazida ao baile. “Todo ano tenho que trazer ela aqui, ela faz questão. Amanhã tenho plantão às 7h da manhã e estou aqui. Ela adora, quando toca Vassourinhas, em qualquer lugar ela chora”, declara a filha coruja.

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