Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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O grito da torcida

Luiz Mendes, | qua, 18/06/2014 - 10:20
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Copa do Mundo é uma competição diferente das que estamos acostumados a acompanhar. Para alguns jornalistas a forma de trabalhar é diferente, pois não estão habituados com competições desse nível, como para torcida também é diferente, pelo mesmo motivo. A partida entre Brasil e México terminou em 0x0, mas nas arquibancadas fomos vencidos pelos astecas.

Se estivéssemos na apuração de um desfile de escola de samba, os mexicanos teriam nos vencido nos quesitos fantasia, alegoria, e samba-enredo. Talvez ganhássemos em harmonia pelo canto coral à capela durante o hino nacional.

Quem esteve no Castelão viu e ouviu o quanto eram barulhentos as partes vermelhas e verdes do estádio. Enquanto a parte amarela se resumia a repetição da palavra Brasil e o monótono “eu sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor”, os torcedores do México tinham cânticos para tudo em seu repertório. Músicas para xingar, para apoiar e até para bater  tiro de meta.

 A maioria dos torcedores brasileiros que estão indo aos jogos da seleção durante o mundial não é freqüentadora de estádios. São aqueles que acompanham futebol a cada quatro anos ou que, no máximo, vão ver os jogos pelo telão de um bar agarrado a uma caneca de chopp. 

Enquanto isso, os nossos vizinhos argentinos fazem algo irresponsável. A AFA, o que corresponde a CBF deles, financia a viagens das principais lideranças da Barras, como são chamadas as torcidas organizadas na Argentina, para contagiarem o restante da torcida durante a Copa. O resultado, além dos belos cantos, é o vandalismo praticado por eles, como foi visto no Rio de Janeiro.  

Voltando aos brasileiros, nos últimos anos o time da CBF jogou tantas vezes fora do país que criou no seu torcedor um perfil cada vez mais europeu. É necessário retornar mais vezes para Fortaleza, Recife, São Luís, Manaus, para ver se ainda há sangue latino nas veias da torcida brasileira.

3 dentro

- Miguel Herrera. O técnico da seleção do México encontrou uma maneira eficaz de encarar o Brasil. Diferente da maioria dos adversários que prioriza a marcação em jogos contra os brasileiros, o mexicanos souberam neutralizar o meio-campo verde amarelo e foi ao ataque com perigo.

- Santa Cruz. Vem acertando nas dispensas que vem fazendo para reduzir a folha salarial do elenco. Nomes como Raul e Luciano Sorriso, que foram importantes nas conquistas recentes do tricolor, mas não estavam rendendo o esperado atualmente, mostra a mudança de postura da diretoria.

- Ochoa. O goleiro mexicano frustrou o ataque brasileiro em três oportunidades na partida em Fortaleza. O arqueiro, atualmente sem clube, já fez grandes partidas jogando no Brasil, como o da Libertadores de 2008, quando o América-MEX eliminou o Flamengo no Maracanã.

3 fora

- Felipão. Errou em colocar Ramires no lugar de Hulck e percebeu isso logo após o final do primeiro tempo. Durante a partida não ousou, substituindo os jogadores da mesma posição. Seis por meia dúzia.

- Fred. É verdade que a bola não está chegando até ele, mas muitas vezes parece que o atacante está em outro lugar que não é o campo de jogo. Precisa melhorar muito nesta Copa.

- Paulinho. Já não é mais aquele volante moderno da Copa das Confederações que marcar muito e sabe sair jogando. O banco de reservas na Inglaterra e uma recente lesão podem estar influindo no futebol do jogador.

 

 

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