Magno Martins

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Política Diária

Perfil:Graduado em Jornalismo pela Unicap e com pós-graduação em Ciências Políticas, possui 30 anos de carreira e já atuou em veículos como O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Foi secretário de Imprensa de Pernambuco e presidiu o comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados. É fundador e diretor-presidente do Blog do Magno e do Programa Frente a Frente.

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Petrolina, a top do Nordeste

Magno Martins, | seg, 13/03/2017 - 09:47
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Com pouco mais de 400 mil habitantes, a cidade de Maringá, no Paraná, foi eleita a primeira na lista das melhores grandes cidades do Brasil, segundo estudo da consultoria Macroplan divulgado na revista Exame. Para chegar a esta conclusão, a consultoria analisou os municípios com mais de 266 mil habitantes em 16 indicadores divididos em quatro áreas distintas: saúde, educação e cultura, segurança e saneamento e sustentabilidade. No Nordeste, de acordo com o levantamento, Petrolina disparou no ranking das melhores cidades para se viver, subindo 46 pontos, a única que cresceu na Região.

Os pesos dos indicadores e das áreas que compõem o índice foram divididos da seguinte forma: 35,3% para educação e cultura; 35,3% para saúde; 20,6% para infraestrutura e sustentabilidade e 8,8% para segurança. O ranking foi formado por um índice que vai de 0 a 1 – quanto mais próximo de 1, melhor é a condição de vida no local.

Na área de saúde, por exemplo, Maringá ficou na 5ª posição entre as 100, com um índice de 0,686. O que, segundo a análise da Macroplan, significa que a cidade tem elevada cobertura de atendimento básico, baixa taxa de mortalidade infantil e elevada proporção de bebês nascidos vivos. De acordo com Gláucio Neves, diretor da consultoria, Maringá sempre se destacou em gestão pública.

“A primeira posição no ranking não foi uma surpresa. Afinal, a cidade tem indicadores muito equilibrados em quase todos os setores”, diz. Quando o assunto é segurança, no entanto, a cidade deixa a desejar: nessa área, Maringá aparece em 39º lugar entre os 100 maiores municípios do país. Por lá, segundo o levantamento da Macroplan, a proporção de assassinatos a cada grupo de 100 mil pessoas, por exemplo, é maior do que na cidade de São Paulo, que concentra mais de 12 milhões de habitantes.

Juntas, de acordo com o levantamento da Macroplan, as cem cidades mais populosas do Brasil representam 39% da população brasileira, produzem 50% do PIB (Produto Interno Bruto) e respondem por 54% dos empregos formais do país. A região Sudeste é a que concentra a maior parte delas: 49 municípios, sendo oito deles entre os dez melhores ranqueados.

Ananindeua (PA), Belford Roxo (RJ) e Macapá (AP), por outro lado, estampam os piores resultados entre as 100 maiores. Ananindeua, que aparece na 100ª posição no ranking da consultoria, ficou nas últimas posições em todas as quatro áreas analisadas: 96ª em educação, 64ª em saúde, 99ª em infraestrutura e sustentabilidade e 100ª em segurança.

Nos últimos dez anos (2005-2010), três cidades sofreram queda abrupta no ranking desenvolvido pela Macroplan. Feira de Santana, na Bahia, por exemplo, caiu 50 posições ao longo da década. Gravataí, no Rio Grande do Sul, perdeu 32, e São Luís, no Maranhão, 27. Em contrapartida, no mesmo período, Petrolina, em Pernambuco, ganhou 46 posições. Hoje aparece no 45º lugar, com índice de 0,615. Já Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, cresceu 30 posições, e Campina Grande, na Paraíba, 24.

SEM PROVAS– Após a acareação entre Marcelo Odebrecht e Cláudio Mello Filho, ex-diretor de Relações Institucionais do grupo no TSE, assessores de Temer criaram convicção de que não há elemento de prova contra o presidente e esperam que a dúvida suscitada pela contradição entre os dois delatores pese em favor dele. Na acareação, Odebrecht e Mello mantiveram versões conflitantes a respeito de um jantar no qual estiveram com Temer no Palácio do Jaburu, em 2014, no qual foi acertada doação de R$ 10 milhões para o PMDB. Se não aparecerem novos fatos, os assessores acreditam que o caso é o de que, na dúvida, a decisão tem que ser tomada em favor do réu, princípio conhecido no direito como "in dúbio pro reo".

As provocações de Lóssio– De Londres, onde faz um intensivo na Escola de Economia e Política, a LSE, o ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), comemora pesquisa apontada em reportagem da revista Exame revelando que a capital do São Francisco é a melhor para viver no Nordeste, tendo crescido 46 pontos na sua graduação nos últimos dez anos. “Parece que passou um bom prefeito por lá”, brinca Lóssio, provocando o prefeito Miguel Coelho (PSB), que o acusou de ter deixado uma verdadeira herança maldita. “Não dá para reclamar de herança. Deixei para ele a melhor cidade do Nordeste”, disse ao blogueiro numa mensagem da Inglaterra, primeira etapa de uma incursão de seis meses ao Exterior, culminando em Boston, nos Estados Unidos, com um curso sobre educação infantil e desigualdade.

Caixa-preta– Os recursos públicos repassados aos partidos brasileiros pelo Fundo Partidário representam uma "caixa-preta" de R$ 3,57 bilhões e financiam gastos obscuros e, em muitos casos, questionados pela Justiça Eleitoral. Entre as despesas estão viagens de jatinho, bebidas alcoólicas, jantares em churrascaria e até contas pessoais de dirigentes. O valor se refere ao total recebido pelos partidos entre 2011 e 2016, corrigido pela inflação, e está nas prestações de contas à espera de julgamento do TSE. As legendas costumam apresentar notas fiscais sem especificar como, quando, onde e para qual finalidade foi gasto o recurso público.

O clamor da realidade– O senador Armando Monteiro, pré-candidato a governador nas eleições e 2018, vai fazer encontros regionais no mesmo período da nova modalidade do Governo nos Municípios, que será instalado pelo governador Paulo Câmara (PSB) no próximo dia 20. “Não se trata de governo paralelo. A nossa pauta é bem diferenciada e diz respeito, basicamente, ao clamor da população interiorana frente a um Governo inoperante”, explica o líder trabalhista.

Prefeito suspeita do TCE– Em Araripina, uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado, suspendendo a convocação de professores aprovados em concurso público, provocou a ira do prefeito Raimundo Pimentel (PSL). “Causa estranheza que, em 2016, igual processo seletivo simplificado fora realizado com a comprovação de diversas irregularidades e o Tribunal de Contas de Pernambuco em nenhum momento solicitou a sua suspensão”, disparou. Com a palavra o relator da matéria no TCE, conselheiro Marcos Antônio Rios da Nóbrega.

CURTAS

PREVIDÊNCIA– A Câmara de São Lourenço da Mata fechou posição contrária à reforma da Previdência e está encaminhando a decisão à bancada pernambucana na Câmara dos Deputados. “Estamos fazendo nossa parte para impedir que essa proposta passe, mas é preciso que todos lutem pelos seus direitos”, diz o líder da oposição na Casa, Antônio Manga (PSB), autor da proposição.

SEM TAXA– O administrador de Fernando de Noronha, Luis Eduardo Antunes, comemora a decisão da companhia aérea Azul de não cobrar taxa extra de bagagem despachada para a ilha. “A não cobrança da franquia mínima foi uma grande vitória para quem vive ou trabalha no arquipélago”, diz ele, que esteve com a direção da Azul para pleitear a exclusão da taxa a pedido da comunidade.

Perguntar não ofende: Nordestino hostiliza quem leva água para quem tem sede no Sertão ou os protestos contra Temer são dirigidos?

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