Um problema chamado Arena Pernambuco

Luiz Mendes, | qua, 04/03/2015 - 07:37
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Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Comentar agora parece fácil, mas sempre achei que o projeto Cidade da Copa nunca sairia do papel. Uma cidade ou bairro não é criado por conta de um estádio. Um campo de futebol é que é inserido em um lugar com constante movimentação e acesso de pessoas.

 

Passaria a acreditar no projeto se a pedra fundamental de uma casa popular fosse colocada antes do início das obras da Arena Pernambuco. Chamar de Elefante Branco o estádio de São Lourenço da Mata, eu acho um pouco demais. Ele é utilizado, porém com bem menos frequência do que queriam seus idealizadores.

 

Longe de mim querer ser o profeta do apocalipse, mas é quase impossível que um dia os quase 45 mil lugares da arena sejam ocupados. Pelos menos não nos próximos anos.

 

É impensável que um lugar de difícil acesso, que, literalmente, fica no meio do nada, consiga atrair algum público. O jogo entre Náutico e Piauí, que será realizado nesta quinta-feira (5), se anuncia como o pior público da recente história do local. Tendo em vista a fase que passa o time alvirrubro, a pouca qualidade da equipe visitante e o horário da partida, 22 horas.

 

O governo do estado tem um bilionário problema nas mãos. A Arena Pernambuco é um empreendimento que só traz prejuízos ao erário e aos contribuintes, sendo o consórcio e a construtora da obra as únicas beneficiadas, graças a um contrato que pode ser chamado no mínimo de pífio.

 

Apenas do ano passado, o estado de Pernambuco deve mais R$ 93 milhões aos construtores e administradores do estádio. Vale ressaltar que pelo período do ano de 2013, o governo já repassou R$ 87 milhões.

 

Legado da Copa em Pernambuco? Estamos pagando.

 

3 DENTRO

 

- Fair Play Financeiro. Acerta a CBF em punir, a partir da edição deste ano do Campeonato Brasileiro, os clubes que não cumprirem as suas obrigações salariais com os atletas. Em caso de atraso no pagamento, o time será punido com a perda de três pontos na competição.

 

- Jonh Terry. O experiente e violento zagueiro do Chelsea está com moral com o chefe. O técnico José Mourinho solicitou à direção do clube inglês a permanência do jogador para a próxima temporada.

 

- Guilherme Biteco. O Santa Cruz não vem apresentando um bom futebol desde o início da temporada. O time parece fraco. A exceção é meio Guilherme Biteco, autor de um dos poucos gols tricolores em 2015 e atleta que mais demonstra ter habilidade com a bola nos pés no elenco coral.

 

3 FORA

 

- Náutico. Em apenas três meses e nove partidas a diretoria Timbu pode ter jogado fora todo o planejamento para a temporada 2015. Moacir Júnior foi demitido por ter uma campanha irregular com um time bem abaixo das suas necessidades. O treinador que chegar vai precisar arrumar a equipe dentro de campo e saber conviver com as trapalhadas da diretoria do clube fora dele.

 

- Rio 2016. Uma das principais reivindicações dos atletas da vela, modalidade que mais deu medalhas para o Brasil em Olimpíadas, era a limpeza da Baía de Guanabara para o Jogos de 2016. Durante todo esse tempo o que a organização do evento e p governo do Rio de Janeiro fizeram foi mentir. O serviço de limpeza do local foi suspenso e corre o risco da poluição carioca fazer parte do cenário das imagens que vão para o mundo todo no ano que vem.

 

- Cruzeiro. O atual bicampeão brasileiro ainda não comemorou nenhum gol na Taça Libertadores da América deste ano. Já são dois jogos que o time mineiro fica no 0 a 0, em um grupo considerado um dos mais fáceis da competição.

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