Vereador pelo PRB no Recife, Rinaldo Júnior disse que uma das prioridades do mandato em 2018 é focar na questão do transporte público. Em entrevista concedida ao LeiaJá, o parlamentar lembrou que, no ano passado, houve um aumento de mais de 14% na tarifa dos ônibus, mas que a qualidade e nem tampouco a segurança tiveram melhorias. 

“A gente tem que lembrar quel, no ano passado, o aumento de 14% ficou atrelado à renovação da frota. Os empresários não cumpriram seu papel e a população vem sofrendo. São latas de sardinha que estão aí hoje e a gente não pode aceitar. Hoje, andar de ônibus e não ser assaltado é o mesmo que ganhar na loteria, os assaltos vêm crescendo, além de que não possuem ar-condicionado e estão em péssimas condições. Em contrapartida, o governo insiste em aumentas as passagens”, lamentou. 

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Rinaldo definiu como “absurda” a nova tentativa de aumentar a tarifa. “Esse aumento é escandaloso e é criminoso. A Justiça já mostrou que não vai permitir nenhum abuso de aumento. Eu espero que o governador seja sensível a essa causa e nós, da bancada da oposição, estaremos atentos”. 

Ele também falou que está de acordo com a criação da CPI do Transporte Público. “Os gastos públicos com transporte devem ser mostrados claramente. Essas planilhas são uma grande caixa preta. Essa CPI tem que ser instaurada porque é um assunto que chama atenção de milhares de pessoas e é um assunto que mexe com a vida de milhares de trabalhadores todos os dias”. 

O vereador ainda criticou o comando do PSB no Recife e em Pernambuco. “No primeiro dia de trabalho na Câmara, o prefeito Geraldo Julio fez o discurso e saiu. Não aguardou o discurso nem da oposição e nem do líder do governo, é lamentável. Só mostra que o diálogo não está tendo, que não é um diálogo aberto, que não é um diálogo amplo. Eu espero que essa postura mude, mas não é de estranhar, como eu já falei, o PSB é um governo do marketing. O PSB é um governo que mostra, através de suas peças publicitárias um Recife que não existe e a bancada da oposição vai mostrar para que o eleitor saiba a diferença entre o discurso e a prática”.