Tópicos | 1° de abril

No dia 1° de abril, as mentiras estão liberadas. A brincadeira ilude as pessoas com algo que parece verdade, mas não é. No Recife, a população cai todo ano nos mesmos contos. No centro da cidade, alguns contaram ao Portal LeiaJá falsas verdades que já caíram nos anos anteriores.

“Onde eu trabalho, disseram que eu tinha ganhado muito dinheiro em um sorteio. Fui ler os jornais pra ver meu nome, mas não vi. Depois que voltei para a sala, todos estavam rindo da minha cara”, conta Rosangela Maria da Silva, promotora de vendas.

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Para o comerciante Maurício José (foto esquerda), a brincadeira acarretou na perda de uma amiga. “Ela era do meu colégio. Falou que tinha ficado com o primo no dia anterior. Mas no outro dia disse que era apenas brincadeira por conta do 1º de abril. Ninguém quis saber e zonaram com ela o dia inteiro, confiando nessa 'verdade'. Depois disso, ela não falou mais comigo e eu nunca mais falei uma mentira nessa data”, lamenta.

A psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Susi Andrade, explica que existe a crença e que a base da mentira é a ficção. “Quando a mentira é contada mais de uma vez, existe uma perda de força, pois o contexto é contaminado por frações da verdade ou por outra mentira. Devido a isso a pessoa tem sua história desmoralizada dando espaço para a verdade aparecer”, relata.

“Esse ano, não sei que milagre ainda não fui pego. Costumo cair sempre na onda dos amigos. Geralmente eu estou em um lugar, e eles dizem que tem alguém me chamando, sempre vou e não tem ninguém, é só pra rirem de mim”, conta o vendedor Edilson dos Santos de Lima. 

Para o montador de móveis (foto direita), Jadson Manoel, a mentira não tem mais graça. "Isso era bom quando eu era adolescente, mas já tenho 40 anos e não tenho mais tempo para isso de mentirinha", afirma.

A mentira, mesmo por diversão, segundo Susi Andrade, deve ser feita com cautela até com as crianças. Os pais devem tomar cuidado também porque elas imitam o comportamento dos responsáveis. “Crianças não têm a personalidade formada ainda e é natural que elas imitem certos comportamentos. Em casos assim o ideal é que haja uma conversa tranquila sobre o assunto, de forma a apontar os males de quem mente muito. Histórias como Pedro e o Lobo, Pinóquio podem ilustrar os riscos de mentir”, completa a psicóloga.

História - Segundo pesquisas, a data comemorativa foi iniciada na França, quando o rei Carlos IX, mudou a data do revéillon, que era celebrada de 25 de março a 1º de abril mudou para o dia 1º de janeiro. Muitos franceses não aceitaram a nova data e resolveram ignorar a mudança, comemorando o novo ano em abril. A população começou a enviar uns aos outros convites de festas que não existiam para quem aceitou a decisão. Com isso, o dia de mentira se espalhou pelo mundo e ganhou força até hoje.


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