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Policiais militares do Batalhão de Choque usaram a Igreja São José, ao lado da Assembleia Legislativa, para lançarem bombas de gás contra manifestantes que estavam reunidos em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Os PMs se posicionaram no segundo andar do prédio histórico, que teve origem numa ermida de 1608.

"Nunca presenciei agressão como a que vi. Eles chegaram a usar a Igreja como esconderijo para surpreender as pessoas que ali estavam para reivindicar seus direitos e dignidade", disse uma servidora, que não quis se identificar. Segundo ela, os manifestantes corriam sem direção, sem saber de que lado partiam os disparos.

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A Arquidiocese do Rio de Janeiro informou que vai apurar o fato. Em nota, defendeu que "soluções sejam buscadas através do diálogo e do esforço de todos, em vista da justiça e da paz."

Em nota, a Polícia Militar informou que "foi necessário que policiais do Batalhão de Choque entrassem na Igreja São José para coibir a ação de manifestantes violentos no interior e no entorno da Igreja". De acordo com a PM, do segundo andar do prédio, os policiais tiveram "a visualização da manifestação".

Segundo a PM, o confronto ocorreu depois de "discurso inflamado" de uma das lideranças. "Manifestantes investiram contra as grades de proteção da Alerj, com lançamento de bombas de fabricação caseira, rojões e morteiros. Essa ação feriu doze policiais militares em serviço", diz o texto.

Os confrontos perderem força na última hora, mas ainda há polícia na rua e vias como a Rio Branco, Primeiro de Março e Rua da Assembleia continuam interditadas.

Servidores do Estado do Rio fazem nesta terça-feira (6) nova manifestação contra o pacote de medidas anticrise do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que começa a ser votado nesta data na Assembleia Legislativa (Alerj). Eles se concentram em frente ao Palácio Tiradentes. Um pequeno grupo está nos fundos da casa, na Rua Dom Manuel, acompanhando a chegada dos deputados. Eles chegaram cedo e abordaram parlamentares.

A intenção dos atos, que começaram em novembro, tão logo o pacote foi enviado à Alerj, é pressionar os deputados a rejeitá-lo integralmente. Várias medidas penalizam os servidores. Na pauta desta terça, estão duas que eles não se opõem propriamente: a redução dos salários do governador, do vice e de secretários estaduais, e o fim da frota de veículos funcionais. Mas os manifestantes acreditam que o calendário da Alerj foi definido de modo a dar a impressão de que o governo está "cortando na própria carne" para depois sacrificar o funcionalismo com base nessa premissa.

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"Não estamos focados na pauta de hoje. Queremos a devolução integral do pacote do Pezão. A partir da prisão do (ex-governador Sérgio) Cabral, ficou provado que o governo não tem condições morais e éticas de penalizar o servidor", disse o presidente da Associação dos Bombeiros do Estado, Mesac Eflaim.

Os servidores cogitam acampar em frente à Alerj. Participam do ato desta terça as áreas da segurança, sistema penal e da educação, entre outras. A Rua Primeiro de Março já está fechada.

Eflaim afirmou que não há intenção de agir com violência - em atos anteriores, a Alerj foi ocupada e grades de proteção instaladas em seguida foram derrubadas, e a polícia reagiu com truculência -, mas ressalvou que não há como conter a massa. "Quando você tira das pessoas o sustento, a educação, a saúde, quando não há certeza do 13º salário, quando você compromete o presente e o futuro do trabalhador, não se sabe quais serão as reações, se os servidores serão racionais ou animais", justificou.

A paralisação geral prevista para quarta-feira (6) foi trocada para os dias 14 e 15, quando serão votadas as medidas mais controversas: o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% e o congelamento de salários até 2020. Os bombeiros não podem fazer greve e estudam a possibilidade de aquartelamento. O acampamento em frente à Alerj seria até o dia 15, caso seja aprovado pelas categorias.

"Não vamos sair das ruas. Quando teve reação forte do Batalhão de Choque, muitos servidores ficaram com medo, deixaram de participar do protestos, especialmente idosos e mulheres. Queremos ocupar as galerias, mas nem isso está garantido", disse o diretor do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário, Odonclei Boechat. A votação deve acontecer entre 14 e 15 horas e a manifestação não tem hora para acabar.

Líderes de sindicatos e associações de servidores do Estado do Rio de Janeiro serão recebidos por deputados nesta terça-feira, 29, em reunião marcada para as 14 horas, informou a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Também nesta terça, o Legislativo fluminense seguirá as discussões sobre os projetos do pacote de austeridade anunciado pelo governo no início do mês.

Em meio a protestos de funcionários públicos - diretamente atingidos por propostas como a elevação da contribuição previdenciária - e a constrangimentos da base governista após a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, a aprovação integral do pacote parece mais difícil.

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As medidas da equipe do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que é do mesmo partido e foi vice-governador de Cabral, resultariam no saldo positivo de R$ 27,8 bilhões nas contas de 2017 e 2018. Nas primeiras sessões na Alerj, porém, o pacote ficou cerca de R$ 12 bilhões menor, passando de um total de 22 projetos para pelo menos 14.

Duas propostas estão em pauta. Uma limita crescimento da despesa de pessoal. A outra autoriza o Executivo a usar fundos estaduais vinculados a outros Poderes, como a Alerj e o Tribunal de Justiça. Servidores convocaram um protesto para as 10 horas, em frente à Alerj. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à profunda crise financeira do Estado, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) abriu concurso para a contratação de quatro procuradores, cada um com o salário inicial de R$ 33.762,00. Entre as atribuições do cargo, estão funções de consultoria jurídica da Mesa Diretora, da Presidência, da Primeira Secretaria, das comissões permanentes, especiais e de inquérito, do diretor-geral da Alerj e dos demais órgãos integrantes da estrutura administrativa da Casa.

Os novos procuradores também deverão responder a consultas dos deputados, solicitadas por intermédio do presidente ou do primeiro secretário. Além de examinar e elaborar minutas de contratos, convênios e outros atos em que a Alerj e representá-la em juízo.

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A Alerj exige dos candidatos à vaga de procurador certificado, "devidamente registrado", de curso de graduação de nível superior de bacharelado em Direto, fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo MEC. Além de apresentar inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB, estar com a situação regularizada no órgão e ter, no mínimo, três anos de atividade jurídica. As inscrições para as vagas, com jornada de trabalho de 40 horas semanais, começaram no dia 14 de setembro e terminam em 8 novembro.

Alerj

Por meio de nota, a assembleia explicou que tem apenas quatro procuradores em atividade e alegou que o último concurso foi em 1992. "Esses profissionais são responsáveis pela defesa judicial da Alerj, além de prestar consultoria jurídica em todos os processos administrativos da Casa, como licitações e concessão de aposentadorias, entre outras questões", explica o texto.

"Ressalte-se que a despesa está prevista em orçamento e que a Alerj está bem abaixo dos limites máximo e prudencial de gastos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. O limite máximo é de 1,684% da receita corrente líquida; o prudencial é de 1,6%; e a Alerj está em 1,394%", afirma.

"Acrescente-se, por fim, que a Alerj é, dos poderes do Estado, o com maior folga em relação à LRF. A ponto de abrir mão de receber os duodécimos de três meses (equivalente a 16 milhões/mês), para despesas de custeio para ajudar o Estado com suas despesas na área da Saúde. As provas serão em 12 de fevereiro e 19 de março de 2017.

Crise

Reportagem publicada em março pelo Estado mostrou que, entre 2004 e 2014, os gastos das assembleias e dos tribunais de contas estaduais cresceram 42% acima da inflação, para R$ 13,6 bilhões. A trajetória foi inversa à observada no Legislativo Federal, cujas despesas tiveram queda de 1,7% - menos da metade do valor dos Estados (R$ 5,9 bilhões).

Os números foram baseados nos dados consolidados pelo Tesouro (até 2014) e fizeram parte de um relatório da PUC-RS e do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-RS). No montante do Legislativo Federal são considerados gastos da Câmara dos Deputados, do Senado e do Tribunal de Contas da União (TCU).

O Rio liderava a lista dos dez Legislativos mais caros do País, com um gasto de R$ 1,2 bilhão em 2014. Procurada pelo Estado na época, a Alerj separou os gastos relativos à Casa para evidenciar que o Tribunal de Contas do Estado é responsável por praticamente 50% do Orçamento do Legislativo.

Com forte queda nas receitas em 2015, o Rio passa por profunda crise financeira, com impactos na saúde e na segurança pública. As Unidades de Polícia Pacificadora estão sem dinheiro para se manter, e as delegacias de polícia apresentam estrutura precária e estão sem dinheiro para comprar papel higiênico e para a impressão de registros de ocorrência. Helicópteros da polícia também estão parados por falta de manutenção, assim como carros blindados.

Ontem, a dívida consolidada líquida do Rio era de R$ 98,5 bilhões. Hoje, a receita corrente líquida do Estado é de R$ 48,7 bilhões. Os dados são da Secretaria de Fazenda do Rio. Aqs informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Servidores públicos estaduais do Rio acamparam em frente à Assembleia Legislativa, na região central, na noite desta quinta-feira (14). Dez barracas nas cores verde e amarela foram instaladas em frente ao prédio.

Os servidores reclamam do atraso no pagamento dos salários (137 mil aposentados e pensionistas vão receber seus salários de março em 12 de maio). Um projeto de decreto legislativo, se aprovado pelos deputados estaduais, obrigaria o Estado a pagar o salário desses funcionários, mas a proposta assinada por 47 dos 70 deputados ainda não foi colocada na pauta pela Mesa Diretora da Casa. A intenção do acampamento em frente à Assembleia é pressionar os deputados para que incluam na pauta e aprovem esse projeto.

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Outros servidores - cerca de 50, na maioria professores aposentados - ocuparam a sede da Secretaria Estadual de Fazenda e planejavam permanecer no prédio durante a madrugada desta sexta-feira (15) e até que o secretário da pasta, Julio Bueno, receba o grupo para negociar. (Fábio Grellet)

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), teve o sítio assaltado na noite deste sábado (21) e precisou dar entrada no Hospital Copa d'Or na manhã deste domingo (22), porque a fratura exposta que sofreu no pé quando corria dos assaltantes está sob risco de infecção. A polícia ainda não sabe se a invasão da propriedade tinha como objetivo apenas o roubo ou se era um atentado contra o parlamentar.

O sítio fica em Rio Bonito, no interior do Estado, a 70 quilômetros da capital, e foi invadido por criminosos no fim da noite deste sábado. Os homens estavam armados e trocaram tiros com dois policiais militares (PMs) que faziam a segurança de Melo. O deputado correu para escapar dos tiros e torceu o pé. Os assaltantes fugiram e ele foi levado para o Hospital Darcy Vargas, no município, durante a madrugada. Neste domingo, Melo voltou para a capital. Os dois PMs foram feridos, mas não correm risco de vida.

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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) divulgou nota na tarde desta segunda-feira (16) para informar que o procurador-geral da Casa, Harriman Araújo, encontrou-se pela manhã com o delegado Gilson Perdigão, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, para registrar a invasão de hackers no site da Alerj.

De acordo com a nota, o procurador-geral "acertou com o delegado que enviará documentos sobre o caso ao longo da semana". "A partir daí, a Alerj aguardará o transcorrer das investigações para tomar as devidas providências". O site da Alerj foi invadido em 2 de setembro e novamente no domingo, 15.

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Cerca de 30 policiais militares já estão posicionados em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no centro do Rio de Janeiro, por causa da presença de manifestantes que protestam contra o projeto de lei 2.405/13, que será votado nesta terça-feira, 3. De autoria dos deputados Paulo Melo e Domingos Brazão, ambos do PMDB, a proposta proíbe o uso de máscaras em manifestações em todo o Estado do Rio, e tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB).

Segundo a Polícia Militar, 200 homens farão a segurança na frente da Casa. Cerca de dez manifestantes, alguns com máscaras de carnaval, tentam entrar na Alerj desde as 14h para acompanhar a votação no plenário, mas estão sendo impedidos por seguranças da Casa. A votação está marcada para ter início às 16h30.

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Segundo a assessoria da Alerj, o presidente da Casa, Paulo Melo, ainda avalia se haverá segurança suficiente para que a votação seja aberta ao público.

Justiça

Decisão judicial determinou que a partir desta terça-feira, 3, pessoas que usarem máscaras em manifestações serão conduzidas por policiais a uma delegacia para serem identificadas civil e criminalmente, mesmo que não sejam flagradas cometendo crimes. Quem se recusar, poderá ser levado à força. A medida foi autorizada pela Justiça do Rio na noite dessa segunda, 2, a pedido da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV). O objetivo é facilitar a identificação e responsabilização criminal de vândalos que agem em protestos.

A CEIV foi criada no fim de julho por um decreto do governador Sérgio Cabral (PMDB) e ormada por representantes do Ministério Público do Rio (MP-RJ), da Secretaria Estadual de Segurança e das polícias Civil e Militar.

A Justiça do Rio também obrigou que todos os policiais militares que atuam em manifestações utilizem coletes com identificação alfanumérica visível. A lista com os códigos e nomes correspondentes dos PMs deverá ser fornecida aos promotores com antecedência mínima de 24 horas.

A Justiça do Rio de Janeiro decretou na manhã desta quinta-feira a prisão temporária de Arthur dos Anjos Nunes, pelo prazo de cinco dias. Ele foi detido por policiais com coquetel molotov e, de acordo com as investigações, teria participado da depredação do prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na noite da última segunda-feira, 17. Na mesma decisão, a juíza deferiu a busca e apreensão nas residências de Arthur e de Angelo Mendonça Castilho, que teria espancado um policial. O Ministério Público estadual deu parecer favorável.

Segundo a decisão, a prisão temporária é imprescindível para as investigações: "A medida extrema mostrando-se imprescindível para as investigações do inquérito policial, sobretudo diante da necessidade de identificação dos demais integrantes do grupo criminoso, sendo de se observar, ainda, que o indiciado Arthur é apontado como um dos principais `baderneiros' que atuam durante as passeatas, exercendo, inclusive, certa liderança sobre o grupo a ponto de outros elementos intervirem quando de sua detenção anterior. Assim, o indiciado Arthur, em liberdade, certamente irá prejudicar a colheita da prova. Além disso, diante da notícia de outras manifestações a serem realizadas nas próximas horas, a prisão é necessária para evitar novos ilícitos".

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Ainda de acordo com os autos, as provas apresentadas no inquérito policial não deixam dúvidas de que houve crime. "A existência dos crimes atribuídos ao indiciado Arthur, antes duvidosa, restou esclarecida e comprovada pelos fartos elementos probatórios trazidos aos autos às fls. 57/61 e 63/71, sendo de se observar que as novas imagens obtidas, extraídas do vídeo gravado, apontam Arthur caminhando na passeata de posse de um objeto semelhante a um chicote, objeto este que, posteriormente, foi por ele utilizado para depredação do prédio da Alerj", destaca a decisão.

Arthur dos Santos e Angelo Mendonça foram indiciados por dano ao patrimônio público, formação de quadrilha e por uso de artefato explosivo. Angelo, entretanto, teve o pedido de prisão temporária indeferido por falta provas.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) retirou nesta terça-feira à tarde da pauta de votações a apreciação de vetos do governador Sérgio Cabral (PMDB) a uma lei que cria taxas de controle e fiscalização sobre as empresas do setor de petróleo e gás. A retomada da criação das taxas seria uma retaliação à perda de receita causada pela derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que redistribui os ganhos de royalties e participação especial (PE) oriundos da exploração de petróleo.

Desde segunda-feira, o governo do Estado trabalhava para adiar a votação do veto, pelo menos até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicione sobre a disputa. A assessoria de comunicação da Alerj confirmou o adiamento da votação sobre o veto, mas não informou se há nova data para o tema voltar à pauta.

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A Corregedoria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o Ministério Público do Estado (MPRJ) e a Polícia Civil investigam saques indevidos das contas bancárias de seis funcionários públicos do Parlamento estadual que já morreram. Um dos mortos é Roberto Firmino, assessor parlamentar comissionado do gabinete do deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PMDB).

Presidente da Estação Primeira de Mangueira de 1992 a 1995, Firmino morreu em fevereiro deste ano, mas o salário de R$ 6.400,00 continuou a ser sacado até setembro. Os outros cinco eram funcionários estatutários que estavam aposentados quando morreram, mas as aposentadorias continuaram sendo retiradas. Pelas estimativas da Alerj, a fraude resultou num prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos.

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As irregularidades foram detectadas pela Casa num levantamento preliminar feito em 50 das 833 aposentadorias ativas. O recadastramento completo será feito a partir desta quinta-feira (25) pelo Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Rioprevidência). O corregedor da Alerj, Comte Bittencourt (PPS), ouviu nesta terça-feira o depoimento de Chiquinho da Mangueira e da ex-secretária do gabinete dele, Jaciara de Souza Parente. Jaciara era cunhada de Firmino. A irmã dela, Jussara de Souza Parente, era companheira dele há mais de 18 anos e também trabalhava no gabinete de Chiquinho da Mangueira. Elas foram exoneradas após Jaciara admitir ao jornal "Extra" ter tirado o salário de Firmino por causa de dificuldades econômicas.

De acordo com Comte Bittencourt, Jaciara assumiu toda a culpa pelo episódio. "Ela contou que, após a morte de Firmino, continuou sacando o salário dele para pagar contas. Jaciara disse ainda que ninguém no gabinete sabia disso, e que ela não repartia o dinheiro com nenhum outro funcionário", afirmou. Já o deputado estadual do PMDB do Rio negou qualquer envolvimento no episódio.

Nesta quinta-feira, o corregedor da Alerj tomará os testemunhos de Jussara, de Jaciara e também do diretor de Recursos Humanos (RH) da Alerj. Em nota, Chiquinho da Mangueira disse que é "de seu total interesse que todos os fatos sejam apurados" e que ressarcirá o erário pelo "prejuízo causado pelo erro administrativo de sua ex-secretária".

A promotora Gláucia Santana, da Promotoria de Defesa da Cidadania, instaurou inquérito civil para apurar indícios de improbidade administrativa e desvio de dinheiro público. "Vamos ouvir os parentes de todos os mortos que tiveram seus vencimentos sacados. Também já intimei o deputado, mas ele tem prerrogativa de indicar dia, horário e local para prestar depoimento", disse. Na esfera criminal, o caso será investigado pela Delegacia Fazendária da Polícia Civil. "Inicialmente, o caso foi registrado como estelionato, mas outros crimes, como falsidade ideológica, podem ser comprovados durante o inquérito", afirmou o delegado Ângelo Ribeiro.

Um outro escândalo envolvendo sumiço de verbas públicas atingiu a Assembleia em 2008. Uma apuração da Polícia Civil descobriu um esquema de desvio do salário-educação pago a servidores terceirizados do Legislativo. Em maio de 2008, quatro deputados e outros oito acusados foram denunciados à Justiça, mas até agora sequer há data para julgamento do processo, que tramita no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

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