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Após ter chamado atenção recentemente ao oferecer apoio e oportunidade a um estagiário demitido após ter publicado comentários machistas em seu Facebook, a empresa Alezzia teve seu site hackeado nesta segunda-feira, 13.

O grupo Anonymous assumiu a autoria da invasão, alegando que a empresa apresenta um posicionamento machista, e confiscando dados de pessoas ligadas à Alezzia: "Estamos em posse de todas as bases de dados, seus backups, e-mails, senhas e todos os dados de todos os seus 10 mil clientes, que estão sendo devidamente notificados nesse exato momento por e-mail, convidando-os a processar a Alezzia pela falha de segurança".

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Além de retirar o site original do ar, o grupo ainda alterou os produtos à venda para um DVD da escritora francesa - e feminista - Simone de Beauvoir, por apenas 'um real'.

"A Alezzia não é a primeira, e nem vai ser a última marca a capitalizar em cima de machismo descarado. Esperamos que um dia a qualidade de seus [produtos] baste para que a marca venda sem precisar apelar pra essa estratégia de marketing patética", dizia mensagem dos hackers, que ficou disponível no site da empresa por algum tempo.

Nesta tarde, a página da empresa está fora do ar, mas a íntegra da mensagem segue em seu Facebook.

E 2016 ainda tem margem para mais polêmicas neste final de ano. Desta vez, o alvo é a marca de móveis em aço inox, Alezzia, isto porque a empresa resolveu investir em uma campanha publicitária com teor machista, segundo os internautas. 

A divulgação dos produtos vinha acompanhada de mulheres de biquíni e maiô brancos. Um dos anúncios – presentes nas redes sociais e página da marca – apresenta uma mulher com pouca roupa, em uma das cadeiras Alezzia, acompanhada da legenda “Beleza interior são os nossos móveis na sua casa”.

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Diante das peças publicitárias anunciadas, clientes e seguidores da marca nas redes sociais criticaram a postura da empresa e a campanha feita por ela, sob a justificativa de que se tratava de uma objetivação da mulher. 

Mesmo em meio às acusações, a empresa não pareceu levar a sério as críticas e passou a responder os seus seguidores com ironia. Em resposta a uma internauta que escreveu “Direção péssima. As peças gráficas são horríveis. Século 21 nem cerveja se vende mais objetificando mulheres”, a Alezza respondeu: “Já que as cervejas mudaram cabe a nós manter a tradição”.

E a postura da empresa começou a ficar ainda pior depois que outra usuária postou sua reclamação e a marca rebateu com um desafio. Se a seguidora conseguisse baixar a nota da Alezza no Facebook para 1.1 até o próximo mês, ela ganharia um cupom de R$ 10 mil para gastar na loja virtual da empresa. Caso contrário, seria doado um cupom de R$ 5 mil para Associação de Apoio a Criança com Deficiência (AACD). Ainda foi dada outra possibilidade. Se a nota chegasse a quatro, a doação dobraria. Atualmente, a conta tem uma nota de 2.3. 

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