O varejo de material de construção apresentou queda de 4,4% em setembro na comparação com agosto, segundo pesquisa mensal divulgada nesta terça-feira (01), pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
"Os lojistas acreditavam que iriam recuperar parte da queda de vendas do mês passado já em setembro, mas isso não aconteceu. Ainda assim, o desempenho no mês de setembro foi melhor do que o do mesmo período do ano passado, quando a retração foi de 7%", afirmou o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
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No acumulado do ano, o desempenho do setor ainda está 2,2% superior ao ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão é de 2,7%.
De acordo com a pesquisa, os segmentos que apresentaram variação negativa no mês foram aço, revestimentos cerâmicos e telhas e caixas d'água de fibrocimento. Entre os segmentos que apresentaram resultados positivos estão portas e janelas de alumínio, tintas, cimentos, fechaduras/ferragens, iluminação e louças sanitárias. Já metais teve desempenho estável na comparação com agosto.
No desempenho por regiões, o Nordeste apresentou os melhores resultados em praticamente todos os segmentos avaliados. Já as regiões Sul e Sudeste apresentaram o maior otimismo com relação ao governo, o que refletiu no total Brasil. "Cerca de metade dos lojistas têm a intenção de fazer novos investimentos nos próximos 12 meses", afirma Conz. "Os planos para contratação de funcionários, no entanto, são menores do que agosto em todas as regiões brasileiras, com exceção do Centro-Oeste."
O presidente da Anamaco afirmou ainda que os lojistas estão otimistas para outubro. "Por outro lado, isto irá pressionar o mês de outubro, que já entra com ótimas perspectivas de vendas, uma vez que, até o momento, não existem sinalizações sobre a prorrogação do IPI. Os consumidores tendem a antecipar suas compras antes do final de dezembro, já que retorno do imposto acarretará um aumento médio de 8% nos preços", disse.
De acordo com a Anamaco, a expectativa para 2013 é de que o varejo de material de construção tenha um desempenho 4,5% superior ao do ano passado, quando teve faturamento de R$ 55 bilhões.