Tópicos | Antúlio Madureira

A matriarca da família Madureira, Maria de Lourdes Madureira Ferreira, faleceu neste sábado (19), de causa natural. Maria de Lourdes veio à óbito na casa onde sempre morou, no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife.

Maria de Lourdes era a matriarca de uma família de artistas. Um de seus 10 filhos, envolvidos com arte, é o multi instrumentista Antúlio Madureira. Outros filhos dela mais conhecidos são Antônio Madureira, musicista, e André Madureira, diretor do Balé Popular do Recife.

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O velório ocorre nesta tarde no cemitério Parque das Flores, Região Metropolitana do Recife. O sepultamento será às 16h no mesmo local. As informações foram divulgadas pela assessoria da família.

Exibido pela 18ª edição, o projeto Gerações Musicais recebe dois musicistas de diferentes gerações e estilos musicais: o veterano Antúlio Madureira e o convidado Vinícius Barros. O encontro dos cantores propõe exibir trilhas da música popular do Nordeste, além de congregar debates sobre os ritmos pernambucanos.

Antúlio passeia por experimentações musicais e canções que remontam sua passagem pelo Balé Popular do Recife e por grupos como Quinteto Armorial e Trio Romançal Brasileiro, em encontro com Vinícius, que apresenta o cenário da contemporaneidade da música recifense e olindense. O encontro é gratuito para todos os públicos e ocorrerá amanhã (29), na Arte Plural Galeria, às 19h.

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Serviço

18º Gerações Musicais, com Antúlio Madureira e Vinícius Barros

Quarta-feira (29) | 19h

Local: Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife)

Entrada gratuita.

Mais informações: (81) 3424-4431

 

 

Final de semana chegando e opções não faltam para quem quer sair de casa e curtir a noite recifense. Nesta sexta (27) e neste sábado (28), o St. Paul Bar abre as portas para apresentar grupos que tocam blues e pop rock. Na sexta (27), a UpTown Band volta à casa para mostrar seu projeto Beatles in Blues. São releituras do quarteto de Liverpool com arranjos de jazz, blues e soul. Já no sábado (28), a animação fica a cargo do Hot Box, que traz no seu repertório o melhor dos anos 1980 até hoje, com tributos a Maroon 5, Alanis Morissette, Bruno Mars e Shakira. 

Também nesta sexta e neste sábado, Antúlio Madureira realiza o projeto Toque de Cultura na Caixa Cultural, no Recife Antigo. Os ‘concertos-aulas’ reúnem o popular e o erudito, o didático com o espetáculo, para realização das apresentações. Antúlio exibe ao público o resultado de uma pesquisa na cultura popular que adentra as raízes brasileiras. 

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Sexta (27)

UpTown Band

19h

St. Paul Bar (Rua Conselheiro Nabuco, 21 - Parnamirim)

R$ 20 (mulher) e R$ 30 (homem)

Loira Marrenta, Long Neck e Club Cabaret

22h

Ibiza Club (Anexo ao Clube Internacional do Recife)

R$ 30

(81) 3125 0250

Antúlio Madureira

Concerto-aula Toque de Cultura com Antúlio Madureira

Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)

17h e 20h

R$ 10 e R$ 5 (meia)

3425 1900

Arraiá do Botequim

Com Felipe & Gabriel, Só Na Manha e DJ Luciano

Botequim (Rua Ribeiro de Brito, 1197 - Boa Viagem)

21h

R$ 30

(81) 3040 8953 / (81) 8776 0076


Sábado (28)

Hot Box

19h

St. Paul Bar (Rua Conselheiro Nabuco, 21 - Parnamirim)

R$ 20 (mulher) e R$ 30 (homem)

E-Blues

Com Blusão Alado

22h

Estelita (Rua Saturnino de Brito, 385 - Cabanga)

R$ 20 (revertido em consumo)

(81) 3127 4143

Arraial do Pistolão

Com Forró do Pistolão, Forró Elitizado e Júnior Correia

22h

Ibiza Club (Anexo ao Clube Internacional do Recife)

R$ 30

(81) 3125 0250

Mestre Camarão

21h

Sala de Reboco (Rua Gregório Júnior, 264 - Cordeiro)

R$ 25

3228 7052

 

Domingo (29)

Arraiá Danado de Bom

Com Flor de Lótus, Raminho do Acordeon, Charles Matoso e Quarteto do Zé

Clube dos Oficias da PM (Av. João de Barros, n° 357, ao lado do Corpo de Bombeiros - Boa Vista)

17h

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

3269 3774

Ressaca do São João

Com Swing do Amor, Sem Razão, Samba Chic, Lado B, Sambar & Love, Balanço Black e DJ Jadson

19h (até às 19h, mulher não paga)

Espaço Aberto (Rua Itacaré, 108 - Imbiribeira)

R$ 15

(81) 3471 7799

Antúlio Madureira realiza o projeto Toque de Cultura na Caixa Cultural, no Recife Antigo, nos dias 26 e 27 deste mês. Os ‘concertos-aulas’ reúnem o popular com o erudito, o didático com o espetáculo, para realização das apresentações. Antúlio exibe ao público o resultado de uma pesquisa na cultura popular, que adentra as raízes brasileiras. Nesta quinta (26), o concerto didático acontece às 20h, enquanto, o segundo dia (27) conta com duas sessões, às 17h e às 20h. Os ingressos podem ser adquiridos a partir do meio-dia desta quarta-feira (25), por R$ 10, com direito à meia-entrada. Também paga meia quem entregar 1kg de alimento não perecível. Serão disponibilizadas, no total, 240 entradas.

Toque de Cultura traz uma aula-espetáculo que aborda os ritmos e instrumentos populares do Estado, além das influências de outros países na música nordestina e os primeiros sons e instrumentos descobertos no Brasil. Antúlio, considerado um dos maiores instrumentistas do país, apresenta ainda seus instrumentos de criação e outros populares, com características distintas. Os estilos ganham vida nas explicações de Madureira, que fala sobre as particularidades e influências de cada um. O público também pode fazer parte do debate didático. Antúlio Madureira também toca um repertório de canções diversificadas, como Cavaleiro do Sol, Trenzinho do Caipira e Rabecão

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Serviço

Toque de Cultura

Quinta (26) l 20h; Sexta (27) l 17h e 20h 

Caixa Cultural (Avenida Alfredo Lisboa, nº 505 - Recife Antigo)

R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia ou mediante entrega de 1kg de alimento não perecível)

O multi-instrumentista Antúlio Madureira apresenta neste domingo (22), na Praça do Arsenal, um espetáculo com referências à cultura pernambucana e que faz parte da programação do Ciclo Natalino da Prefeitura do Recife. Além de Madureira, quem também sobe ao palco é Lia de Itamaracá, Isaar e o grupo Encanto e Poesia. A entrada é gratuita e os shows começam às 18h.

Já a apresentação de Madureira, marcada para ser realizada às 21h50 e com uma hora de duração, será uma homenagem aos Guerreiros e Reisados, manifestações culturais típicas do ciclo natalino. Além disso, o artista celebra outros elementos do Natal, como o pastoril, cavalo-marinho, bumba-meu-boi e cavalhada, entre outros.

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O artista é conhecido por recriar e aperfeiçoar instrumentos musicais a partir de artefatos comuns, e promete levar ao palco a cabala, marimbau, serrote e marimbaça, elementos feitos com pedaços de bambu, cobre, madeira, latas, e vidros de remédios.

Serviço

Shows de Antúlio Madureira, Lia de Itamaracá, Isaar e o grupo Encanto e Poesia

Domingo (22) | 21h50

Praça do Arsenal (Bairro do Recife)

Gratuito

A Prefeitura do Recife divulgou nesta segunda-feira (25) a programação do Ciclo Natalino 2013, período que começa oficialmente a partir do dia 7 de dezembro, às 19h, no Cais da Alfândega, quando a decoração de natal será inaugurada. Neste ano serão 30 polos, entre oficiais e comunitários, espalhados em vários bairros da cidade e que recebem mais de 200 apresentações até o dia 6 de janeiro do ano que vem.

Na programação divulgada pela Prefeitura, que contempla também os shows do Réveillon do Recife, estão artistas como Reginaldo Rossi, Elba Ramalho, Titãs, Maciel Salú, Lia de Itamaracá, Caju e Castanha, Antúlio Madureira, Josildo Sá, Isaar, Karynna Spinelli, Ska Maria Pastora e Café Preto. 

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Durante a abertura do Ciclo Natalino, no dia 7 de dezembro, será inaugurada a decoração de natal que leva o tema A Natureza ilumina o Recife e está em 21 regiões da cidade. Neste dia a Banda Sinfônica da Cidade do Recife, o Coral Edgard Moraes e o Grupo SaGrama fazem as apresentações culturais da noite, em frente à árvore de natal de 22,5 metros de altura instalada no Cais do Alfândega. Já no Parque da Jaqueira, a partir das 20h, pastoris, corais e orquestras dão o tom musical da noite.

Quem quiser poderá participar também do projeto Ciclofaixa Noturna do Bem, que vai ligar o Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, ao Cais da Alfândega, no Bairro do Recife, num percurso de 6,3 quilômetros de ciclofaixa e funcionamento das 20h do dia 7 de dezembro à 1h do dia 8.

Haverá também, entre os dias 22 e 25 de dezembro, o tradicional espetáculo “O Baile do Menino Deus, no Marco Zero. A obra de Ronaldo Correia de Brito, Assis Lima e Antônio Madureira celebra 30 anos de existência em 2013.

A homenagem do ciclo ficou reservada para uma das mais antigas manifestações populares do Ciclo Natalino do Recife, o Presépio dos Irmãos Valença, espetáculo encenado pela primeira vez no ano de 1865, na Madalena. A encenação do Presépio conta com a participação de 18 personagens, entre Pastoras, Anjo, Nossa Senhora, São José, Cigana e Monge.

Conheça os polos do Ciclo Natalino

Polos Oficiais (14): Brasília Teimosa, Cais da Alfândega, Chão de Estrelas, Coque/Joana Bezerra, Ibura, Lagoa do Araçá, Morro da Conceição, Mustardinha, Parque Dona Lindu, Pátio de São Pedro, Praça do Arsenal, Praça de Boa Viagem, Praça da Várzea e Sítio Trindade. (Confira as datas e as atrações na grade de programação)

Polos Comunitários (16): Água Fria, Barro, Bola na Rede, Bomba do Hemetério, Bongi, Campo Grande, Engenho do Meio, Estância, Ipsep, Iputinga, Jardim São Paulo, Jordão, Mangabeira, Peixinhos, Santa Terezinha e UR7. 

 

O músico, instrumentista e experimentalista Antúlio Madureira encantou o público que foi prestigiá-lo no último sábado (16), no Santander Cultural, no Recife Antigo. O artista, que chega aos 35 anos de carreira, se apresentou sozinho com alguns instrumentos, muitos inventados por ele mesmo, e um computador. Na apresemtação ele brincou entre sucessos e novidades, para vidrar os olhos de quem estava presente.

Bambus, cabaças, latas, canos e até um serrote ganham novo sentido nas mãos do artista. No repertório da apresentação, para um público de aproximadamente 50 pessoas, sucessos antigos, uma homenagem a Luiz Gonzaga, frevo e uma interpretação de Ave Maria fizeram o pequeno público dançar e cantar. Antúlio conseguiu preencher de todas as maneiras a pequena sala do centro cultural, respondendo à perguntas do público, atendendo à pedidos e promovendo um clima descontraído e intimista. “Ninguém nunca vai dizer ‘pare de tocar!”, disse uma fã no intervalo de uma música, “Aleluia irmã”, brincou Antúlio.

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Dentre o público, Sônia Vilela, Edeilda Correia e Antônia Lucena. As três senhoras assistem aos shows de Antúlio sempre que podem e ao final de cada apresentação, a mesma sensação. "Lindo, lindo!", disse Antônia, entusiasmada. "Ele é bom muito bom instrumentista", opinou Edeilda, "Tem um som privilegiado por essa conexão com a cultura e com o povo. É de uma simplicidade encantadora", completou Sônia.

Ao final da apresentação, o músico, que está com viagem marcada para Porto Alegre, onde se apresenta no São João, conversou com o Portal LeiaJá sobre música, inspirações  e modernidade.

De onde vem seu envolvimento com a arte popular?

Minha família tem vários artistas. Meu bisavô era compositor, mas isso eu só fui descobrir depois, nem tinha muito acesso a isso. Meu pai também sempre foi muito ligado ao teatro, apesar de ter sido militar. Ele deixou o quartel e foi trabalhar no rádio, depois em televisão e teatro. Vendo que seus filhos, meus irmãos, tinham essa ligação com música, ele incentivou. No auge no Movimento Armorial, Ariano Suassuna nos convidou para fazer teatro infantil, para pesquisar a cultura popular, criar um grupo de dança popular. Já exista a Orquestra Armorial, o Quinteto Armorial e o Balé Armorial, mas ele achava que a dança  ainda não tinha atingido o que ele queria. Eram os bailarinos de formação acadêmica e ficava longe do jeito dos dançarinos, da dança nordestina. Foi quando começamos a estudar, a pesquisar os grupos. Meu irmão André cuidava da parte de coreografia, dos enredos. E eu fazia a parte da música, prestava atenção nos instrumentos e como as pessoas tocavam, na formação ao mesmo tempo eu já estudava violão erudito na Escola de Belas Artes, antes de ser o que hoje é o curso de música da Universidade Federal de Pernambuco. E, por estar nesse meio, eu comecei também a participar do Balé Popular do Recife e fui estudando marimbau, rabeca e ao mesmo tempo era músico, dançarino, ator e não tinha nenhuma escola. A gente foi se formando com os músicos autênticos, vendo como se faziam as brincadeiras, os trejeitos da música nordestina.

Uma das suas marcas é criar instrumentos. Nessa época você já tinha feito algum?

Eu tinha muita vontade de estudar violoncelo, mas era muito caro e o que eu consegui comprar não prestava, eu passava o dia afinando e ele não afinava.  Aí a partir do marimbau eu fiz a marimbaça, que tinha o timbre que lembrava o som do violoncelo, e fui experimentando.

Você já fez quantos?

Depois eu fiz a cabala e outros, mas nunca cataloguei. Alguns foram se modificando, não sei dizer exatamente. Como eu sempre fui voltado para a pesquisa de artistas populares, fui percebendo, experimentando.

E essa vertente da pesquisa nunca te abandonou.

Não, sempre que surge uma novidade... Agora eu estou fazendo uma coisa juntando o material acústico, mais rude, com a pesquisa de programa, sons virtuais. Eu não tenho nenhum preconceito, nem sou radical. Uma vez conversando com Ariano Suassuna, ele disse: “Desde que os instrumentos elaborados sirvam para o seu serviço, é certo”.

Você se apresentou aqui usando o computador. É super bem resolvido quanto a isso então?

É, não tenho isso. Quando era o teclado e os sintetizadores, já usava. Eu procuro preservar os instrumentos que faço e uso dos tocadores populares também. Afinação para mim é primordial. O recurso soma.

Tua vertente de pesquisa deve te fazer muito antenado com as coisas que acontecem ao teu redor. Na cena musical pernambucana, algo te atrai ou tudo deu uma empobrecida?
Eu não posso avaliar isso, porque o que me chama atenção é uma outra música. Eu gosto da música que mexa com o interior da pessoa, com a alma. Sem nenhum preconceito, até o brega, às vezes, é tão bem feito que pega o povo sem precisar do apelo da repetição da mídia. Isso é louvável. As vezes uma música executada por uma sinfônica com mil formas tem valor mais pela dificuldade mesmo, mas como música se perde. Às vezes um instrumento simples tem um efeito na pessoa que é muito mais rico do que tudo isso. Isso também acontece não só com a música pernambucana, mas a brasileira e todas elas. Mas a música para mim não tem época, não tem estilo. Também o público tem um ouvido preparado para aquele tipo de música. O frevo pernambucano, por exemplo, o frevo de rua, tem cada um que é a coisa mais bela do mundo, cheio de conversas entre os instrumentos, mas as pessoas só querem ouvir Vassourinhas. É assim com o jazz, o blues...]

E sua música?

Eu fico muito encantado com as formas que ela pode transcender, de poder te levar a uma recordação, a uma alegria. Alguma coisa está chamando atenção. A música nordestina é muito aceita em qualquer lugar do mundo, ela tem muitas coisas africanas, árabes, pode ser triste, melancólica, mas ela leva você aquele lugar. É como o tango, o flamenco. Eu uso meus instrumentos dependendo de cada apresentação. Gosto de usar alguns quando faço uso de personagens, sou ligado ao teatro. Acho que o artista nordestino tem muito disso, faz de tudo: toca, dança, canta.

E na sua trajetória, sempre novidades, mas a Ema ficou, é um grande sucesso.

É porque é do povo, é muito simples, vem no Bumba-meu-boi, que é muito rico. Aliás, a música pernambucana é muito rica, tem muita coisa para sair ainda. O problema é que as pessoas tendem a querer fazer tudo igual. Vai tocar rabeca, quer fazer igual a um rabequeiro. Tem que ter uma liberdade maior, para surgir coisas novas.

O São João é a festa nordestina mais popular, mas ao mesmo o tradicional vem perdendo espaço para o que é mais comercial. O que você acha disso?

É dinâmico mesmo, a música passou a ser um elemento comercial. Venda de imagem, de produto, a TV faz com que as pessoas consumam a música também pela imagem. A mídia precisa desse movimento, do visual. Você vê essas bandas mais comerciais, as músicas são frágeis, mas é tudo muito alta produção, cheio de efeitos, impressiona. Você vê as vozes, não tanto trabalho nos timbres, mas o ouvido do povo acostumou. Mas é uma sequência, o povo já absorveu.

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