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A estreita calçada da Rua Floriano Peixoto, nas imediações da Praça Joaquim Nabuco, bairro de São José, Centro do Recife, exibe uma infinidade de pequenos peixes coloridos que chamam a atenção até mesmo de quem não se interessa por aquários. Ponto clássico de comercialização de peixes ornamentais, o local movimenta esse tipo de atividade há quase cinco décadas, de acordo com alguns vendedores mais antigos.

São quase 20 boxes e stands que vendem várias espécies, além de aquários e acessórios como bombas, filtros, enfeites, pedras, plantas aquáticas e ração. Manoel Nascimento conta que tem 30 anos de ponto. “Antigamente eram só três vendendo aqui, mas com o passar do tempo foi aumentando muito. Tudo por conta do desemprego”, opina. Segundo ele, o negócio tem seus altos e baixos. “Tem época que vende bem, tem vezes que não. É como qualquer comércio”, conta.

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Custo benefício

Na vasta variedade de espécies, as bettas, guppys e paulistinhas estão entre os mais vendidos e também entre os mais baratos, custam, em média, de R$ 2 a R$ 5. Os mais caros, dependendo do tamanho do exemplar, são o japonês, o papagaio e o acará disco, que podem ir de R$ 80 a R$ 300. Nesse mesmo patamar, ficam espécies mais exóticas como as carpas.

Para os leigos, o valor pode parecer alto, mas Rose Mari Domingues, há 10 anos no ponto, diz que o sustento dos vendedores do local é justamente o preço mais em conta do que os estabelecimentos mais novos. “Aqui é mais barato. No shopping é mais caro. A gente cobra o preço justo, lá botam pra lascar”, acusa. 

O técnico em telefonia Fernando Antônio virou criador há cerca de um ano e meio, a pedido da filha pequena, e confirma as vantagens financeiras de se frequentar a Floriano Peixoto. “Eu só compro aqui, porque é muito mais barato que em uma pet shop. Na rua da minha casa mesmo tem uma, com os mesmos peixes, mas custando o dobro”, afirma.

Passatempo popular

Segundo o vendedor Ananias Cassimiro, as pessoas que mais procuram seu stand de peixes e aquários, são aquelas em busca de um simples hobby e que se sentem atraídas pela beleza do colorido. “A maioria é gente atrás de um passatempo, de uma distração, ou até mesmo de uma terapia, como no caso dos idosos. Mas vêm muitas crianças também que pedem para os pais comprarem”, diz. 

Como parte dessa estratégia de marketing para o público infantil, os peixes são exibidos em pequenos sacos plásticos pendurados nas barracas. Porém, para quem acha que isso configura maus tratos, Rose Mari tranquiliza. “Eles ficam aí no mostruário, mas quando fechamos as barradas, colocamos de volta nos aquários”, garante. “É um um bicho de estimação como qualquer outro. Tem gente que gosta de cachorro, de gato e tem gente que gosta de peixe”, declara.

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