Tópicos | artistas indígenas

Em um país com o histórico de violência e discriminação a seus povos originários, como o Brasil, celebrar uma data como a desta segunda (19), batizada de Dia do Índio, parece impossível. Após pouco mais de 500 anos de colonização das terras nacionais, os indígenas brasileiros seguem sendo invisibilizados, estereotipados e, mais: perseguidos e violentados. 

Com o advento da tecnologia e das redes sociais, no entanto, cada vez mais indígenas abrem espaço para mostrarem suas realidades, contarem suas histórias e provarem que são muito mais do que mostram os antigos livros didáticos de história. As plataformas de streaming também estão repletas de artistas que, através da música, compartilham seu talento, suas vivências e sua habilidade de resistir.

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O LeiaJá preparou uma playlist com alguns nomes que trazem em seu trabalho o orgulho em ser indígena. Confira. 

Ademilson Umutina

Cantor e compositor, Umutina é da aldeia Bacalana (MT), localizada no município de Barra do Bugres (MT). Ele é um dos principais representantes da música sertaneja indígena e, em sua música, fala sobre os valores ancestrais e a cultura tradicional do povo Umutina.

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Djuena Tikuna

Djuena Tikuna é cantora, compositora e jornalista da etnia Tikuna, do Amazonas. Ela lançou seu primeiro disco em 2017 e seu trabalho versa sobre a resistência dos povos indígenas. 

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Kunumí MC

Considerado um dos primeiros artistas de rap indígena solo no país, Kunumi é morador da aldeia Krukutu, localizada na Zona Sul de São Paulo. O rapper lançou seu primeiro disco, My Blood Is Red, cantando em português e em guarani, em 2017 e já dividiu composições com Criolo. 

Katú Mirim

Da etnia Boe Bororo, Katú Mirim é cantora, compositora, atriz e ativista das causas indígena e LGBTQ+. Com o trabalho voltado para o rap e o trap, ela traz, em suas composições, as lutas indígenas e o empoderamento feminino e LGBTQ+.

Nori Kayapó

Vindo do Pará, Nori Kaiapó é da etnia Kayapó e faz o que ele chama de “funk consciente”. Ele é considerado pioneiro do funk indígena no Brasil com músicas cantadas em sua língua nativa. O funkeiro já tem um disco lançado, o Hina Hina. 

Sonissini Mavutsini

Formada pelo músico  Lappa, indígena da etnia Yawalapiti, a banda Sonissini Mavutsini mistura elementos indígenas ao som do reggae. As músicas são escritas em Karibe e Tupi, duas línguas faladas no Xingu. 

Revelação da Tribo

Nascida no Maranhão, a banda é formada por músicos indígenas da etnia Guajajara. O grupo investe no forró aliado a elementos tradicionais da música indígena. 

Souto MC

A rapper paulista de ascendência Kariri, por parte de pai, Souto MC, usa suas rimas para falar sobre identidade, resistência e valorização da ancestralidade. Ela já tem um disco na praça, intitulado Ritual. 

Som da Aldeia

Criada em 2012, na região de Dourados (MS), a banda de rock Som da Aldeia reúne indígenas de duas etnias, os terena e os guarani-kaiowá. O vocalista do grupo, Tato é sobrinho de um dos maiores símbolos da resistência indígena no Mato Grosso do Sul, Marçal de Souza, líder guarani morto após uma história de luta contra violações de direitos de seu povo. Com canções em português, as letras falam de discriminação, preconceito e homenagem a líderes indígenas. 

Suraras do Tapajós

Surgido em 2018, no Pará, o grupo de carimbó é formado por mulheres indígenas. Uma de suas integrantes, a cantora Thaline Karajá, encantou o país ao participar do programa The Voice, em 2020. A música do Suraras do Tapajós busca o empoderamento feminino e o combate à violência e preconceito contra os povos indígenas. 

O Leilão em Chamas se uniu às integrantes pernambucanas do Trovoa -  movimento e articulação nacional de artistas, curadoras e arte educadoras -, e ao Centro Cultural A Casa de DonArlinda, localizado em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, para realizar o primeiro leilão virtual de obras feitas por artistas negras e indígenas de Pernambuco. O evento online acontece neste sábado (28), com transmissão a partir das 15h, ao vivo, no Youtube do Leilão em Chamas Oficial.

A iniciativa surgiu como uma forma de minimizar os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus entre as artistas, que tiveram suas produções e arrecadação prejudicadas durante o período pandêmico. Serão contempladas 22 artistas, entre mulheres cis e trans, negras e indígenas do estado de Pernambuco. A curadoria do leilão tem assinaturas de Ariana Nuala e Tayná Maísa, que visaram abarcar a diversidade territorial, de classe e de corpos na produção pernambucana das artes visuais. 

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Os lances começarão a partir do valor estipulado pela autora da obra, porém, caso o trabalho não receba novos lances, a peça será ‘colocada no fogo’, uma maneira descontraída que os organizadores acharam para  provocar o público a reagir e não deixar as artes se perderem. Estarão disponíveis obras de artistas participantes na última ação do Trovoa, realizada em 2019 no Museu da Abolição, mas também novos nomes no cenário das artes plásticas pernambucanas. As obras podem ser vistas no instagram do Leilão em Chamas. 

Serviço

Leilão Trovoa em Chamas

Sábado (28) - 15h

Ao vivo no youtube do Leilão em Chamas Oficial

 

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