Tópicos | Assassinato na escola

JOÃO PESSOA (PB) - “Ela estava rebelde, como é da idade, mas não queria namorar com ele”. Esta foi a declaração dada pela mãe da adolescente assassinada dentro da escola em João Pessoa pelo ex-namorado, na última sexta-feira (21). Geane de Sousa afirmou ainda, em sua primeira entrevista à imprensa, que não sabia do relacionamento amoroso da filha com o suspeito.

Segundo Geane, o menor procurou Maria Beatriz de Sousa Santana, de 14 anos, mas ela se distanciou e não aceitou qualquer investida do garoto. “Ela dizia que estava esperando porque Deus iria enviar o certo”, completou.

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Apesar da negação da mãe, a Polícia Civil continua com a investigação neste sentido, já que a mãe do menor e os colegas de classe contaram que eles já tinham namorado. Em depoimento ao Centro de Educação do Adolescente (CEA), em João Pessoa, ele também confirmou o relacionamento e que atirou na menina após o término do namoro.

Ele ficará no CEA por 45 dias, enquanto a investigação e o julgamento acontecem. Se condenado, o jovem, de 15 anos, poderá ser sentenciado de seis meses a três anos de internação no Centro, já que é menor de idade.

Segundo o superintendente de Polícia Civil na Região Metropolitana, Wagner Dorta, esta não é a primeira vez que o garoto é apreendido. A PC encontrou uma passagem do garoto pelo CEA por tráfico de drogas, mas não informou se houve condenação ou se ele cumpriu internação.

Após o assassinato, os pais dos alunos da Escola Municipal Violeta Formiga, no bairro de Mandacaru, zona norte da capital paraibana, estão temerosos e a instituição permanece fechada. A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) realizou reuniões nesta segunda-feira (24) para discutir o que será feito para garantir a segurança nas escolas.

O Secretário de Segurança Urbana e Cidadania Municipal (Semusb), Geraldo Amorim, informou que o efetivo da Guarda do Município será acrescido e haverá ainda um apoio da Polícia Militar, que fará rondas pelo bairro. Agora, a PMJP está avaliando a eficácia e a legalidade da instalação de detectores de metais nas escolas municipais da Capital.

De acordo com Geraldo, as escolas não são completamente fechadas, o que possibilitaria a entrada de objetos pelas grades e tornaria ineficiente o uso dos detectores, mas está sendo estudada uma forma de resolver o problema. A reunião aconteceu entre a Semusb, a Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), funcionários da Escola Violeta Formiga e o Conselho Tutelar.

Nesta quarta-feira (26), será realizado um culto ecumênico ás 16h na Escola. As aulas devem ser retomadas na próxima quinta-feira (27).

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