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A ativista ambiental sueca Greta Thunberg participou nesta sexta-feira (10) de um debate no Senado Federal sobre mudanças climáticas e disse que os líderes do Brasil estão fazendo um papel "vergonhoso" em relação à natureza e aos povos indígenas.

Thunberg foi convidada para participar de uma sessão sobre o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que apontou que o mundo tem hoje a maior concentração de CO2 na atmosfera em 2 milhões de anos e que o aumento do nível dos mares é um fenômeno "irreversível".

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Em uma breve apresentação virtual, a ativista disse que não está em posição de dizer como o Brasil deve agir sobre as mudanças climáticas e reconheceu a responsabilidade dos países europeus na crise ambiental que atinge o planeta.

Ainda assim, ressaltou que "o que os líderes do Brasil estão fazendo hoje com os povos indígenas e com a natureza é extremamente vergonhoso". "Claro que o Brasil não começou essa crise, mas acrescentou muito combustível a esse incêndio. O que os líderes do mundo falharam não é desculpa para o Brasil não assumir sua responsabilidade", declarou.

De acordo com Thunberg, a Amazônia está "no limite" e já "emite mais carbono do que consome por conta do desmatamento e das queimadas". "E isso está acontecendo enquanto assistimos, isso está sendo diretamente alimentado pelo seu governo, e o mundo não pode arcar com o custo de perder a Amazônia", acrescentou.

A sueca ainda pediu união em torno da ciência para proteger a floresta e os povos indígenas. "As pessoas de todo o mundo estão olhando para vocês neste momento e estão dispostas a fazer o que for preciso para proteger a população indígena. Eu sou apenas uma pessoa, mas os olhos de todo o mundo estão voltados para vocês", concluiu.

Líder de um movimento global de jovens contra a crise climática, Thunberg já fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro pela devastação da Amazônia e foi até chamada de "pirralha" pelo presidente da República. Na ocasião, a ativista incluiu a ofensa em sua biografia no Twitter.

Da Ansa

Nesta semana chegou ao Disney+ o documentário "Greta – O Futuro É Hoje", produção da National Geographic que conta a história da sueca Greta Thunberg. Aos 15 anos, a adolescente iniciou um movimento estudantil contra as ações humanas destrutivas com a natureza. O projeto ganhou força e hoje, aos 18 anos, ela tornou-se um marco do ativismo ambiental.

O documentário foi acrescentado à plataforma de streaming com a finalidade de homenagear o Dia da Terra, comemorado na próxima quinta-feira (22). A produção tem 45 minutos e mostra detalhes da trajetória da ativista, os principais discursos feitos por ela, e imagens dos ecossistemas afetados pelo homem. O trabalho é dirigido por Jordan Hill, conhecido por "Michael Jackson – Em Busca da Verdade" (2019), que abordou temas polêmicos vivenciados pelo cantor.

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Greta chamou atenção ao participar de assembleias e encontros com chefes de Estado nas Nações Unidas, a fim de promover a luta contra as mudanças climáticas. Há alguns anos foi diagnosticada com síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista. A ambientalista se manifestou nas redes sociais sobre o assunto: "Ser diferente é um superpoder". A ativista foi nomeada "Personalidade do Ano" pela revista Time e indicada duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz.

Por Thaiza Mikaella

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg discursou nesta terça-feira (21) no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, e voltou a afirmar que o mundo "não fez nada" para conter o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Esse foi o primeiro pronunciamento da jovem de 17 anos em um evento de líderes mundiais desde setembro passado, quando ela participou de uma reunião climática da ONU em Nova York.

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"Ninguém esperava, mas há uma maior consciência e a mudança climática virou um tema 'quente'. Mas, sob outro ponto de vista, nada foi feito, as emissões de CO2 não diminuíram, e esse é nosso objetivo", disse Thunberg durante um painel sobre mudanças climáticas em Davos.

Acompanhada de outros jovens ativistas, a sueca cobrou que a ciência seja colocada no "centro dos debates" e também lançou críticas contra a imprensa. As pessoas morrem por causa das mudanças climáticas, e uma mínima fração de grau centígrado de aquecimento já é importante. Mas não acho que tenha visto um único veículo de imprensa falar sobre isso", afirmou.

Segundo Thunberg, os países devem alcançar a neutralidade nas emissões de poluentes "o quanto antes". "Os países ricos devem chegar ao objetivo de zero emissão muito mais rapidamente e ajudar os países pobres", cobrou.

A sueca ganhou notoriedade por liderar greves estudantis às sextas-feiras para protestar em frente ao Parlamento de seu país em defesa do meio ambiente. Seu movimento, o "Fridays for Future" ("Sextas-feiras pelo futuro", em tradução livre), se espalhou pelo mundo e fez a ativista virar alvo de governantes céticos sobre as provas científicas do aquecimento global, como Donald Trump e Jair Bolsonaro. 

Da Ansa

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