Tópicos | Ava DuVernay

A diretora negra Ava DuVernay somou-se nesta quarta-feira à junta de governadores da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, muito criticada nos últimos anos pela falta de diversidade entre seus membros e os indicados ao Oscar.

A Academia anunciou o resultado da eleição de seus integrantes e quatro mulheres irão estrear na junta, como Lynette Taylor, que produziu a cerimônia deste ano. A atriz Whoopi Goldberg está entre os membros reeleitos. "Após esta eleição, o número de governadores mulheres aumenta de 25 para 26 e o de pessoas não-brancas, de 11 para 12", incluindo três governadores eleitos pelo presidente da Academia.

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A escolha de Ava acontece após o lançamento do movimento #OscarsSoWhite, em janeiro de 2015, em resposta ao fato de todos os indicados ao prêmio terem sido brancos, no mesmo ano em que Selma estava na disputa. O longa sobre os direitos civis foi indicado a melhor filme e ganhou o prêmio de melhor canção original, mas considera-se que foi boicotado nas demais categorias.

O astro de Selma, David Oyelowo, que não foi indicado, revelou na semana passada que os membros da Academia ameaçaram boicotar o filme depois que seu elenco e equipe protestaram contra a morte de Eric Garner na pré-estreia do longa, em 2014.

Garner, um homem negro, morreu asfixiado por um policial, como ocorreu há um mês com George Floyd, o que gerou protestos em todos os Estados Unidos contra o racismo e a violência policial.

A Academia respondeu na última quinta-feira com um tuíte: "Ava e David, nós os ouvimos. Inaceitável. Estamos comprometidos com o progresso."

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