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O PT pretende brigar pelo controle da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados após um ano de turbulências provocadas pela passagem do pastor Marco Feliciano (PSC) na presidência do grupo. Deputados ligados à área temem que a comissão seja pleiteada pelo PP, que poderia colocar o deputado Jair Bolsonaro (RJ) na liderança dos trabalhos.

O PT tem direito a pleitear o controle de três comissões por ser o partido com o maior número de parlamentares na Casa (88). No último ano, o PT presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, a Comissão de Relações Exteriores e a de Seguridade Social e Família. A preocupação agora é priorizar a CCJ e os Direitos Humanos. "A comissão precisa ser libertada do fundamentalismo que a aprisionou", disse a deputada petista Érika Kokay (DF).

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Atualmente, a Câmara tem 21 comissões e há proposta para o desmembramento de algumas comissões, criando espaço para dois novos grupos de trabalho permanente. Assim, o PT poderia reivindicar o comando de uma quarta comissão. Hoje, líderes da bancada se reuniram para discutir os pleitos do partido e, além da CCJ e Direitos Humanos, os petistas têm interesse nas comissões de Agricultura, Educação e Seguridade Social e Família. A intenção do PT em retomar a Comissão de Direitos Humanos tem o apoio do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O PP, no entanto, está de olho na Comissão de Minas e Energia, mas ameaça colocar Bolsonaro em Direitos Humanos se não tiver seu pleito atendido. "Nossa intenção é ficar com a Comissão de Minas e Energia. Mas se não conseguirmos, o Bolsonaro está trabalhando na bancada e já tem maioria para que presida a Comissão de Direitos Humanos", disse o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE).

A bancada do PSOL na Camara dos Deputados protocolou na tarde desta terça-feira, 24, uma representação contra o deputado do PP Jair Bolsonaro (RJ) no Conselho de Ética. Bolsonaro é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter agredido membros das Comissões da Verdade da Camara e do Senado e ter provocado um tumulto na antiga sede do DOI-Codi no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 23.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) alega que levou um soco de Bolsonaro. O parlamentar apresentou como testemunhas as deputadas Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP). "O comportamento deste senhor é incompatível com a democracia", disse Randolfe. Se for punido, Bolsonaro estará sujeito a uma suspensão de até seis meses.

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Para o senador, o objetivo de Bolsonaro era obstruir a atuação das comissões. "Ele não queria que as comissões entrassem", concluiu.

A troca de empurrões entre o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) deve render uma ação do partido do senador contra o parlamentar do PP no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, 23, o PSOL anunciou que vai representar Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar após agressão física contra Randolfe.

O incidente aconteceu na manhã desta segunda, durante visita de uma comitiva de parlamentares da Comissão da Verdade à antiga sede do DOI-Codi, onde hoje funciona o 1º Batalhão de Polícia do Exército, na zona norte do Rio de Janeiro. O tumulto aconteceu no portão de entrada do prédio, com direito a gritos e empurrões entre Bolsonaro, Randolfe e o senador João Capiberibe (PSB-AP).

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Segundo a nota do PSOL, Bolsonaro teria dado um soco no estômago de Randolfe. Com a agressão, o líder do partido na Câmara, Ivan Valente (SP), anunciou que dará entrada a uma representação contra o deputado do PP. "Ele usou de violência contra um senador. O Bolsonaro, mais uma vez, extrapola todos os limites", afirmou Valente.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) soltou rojões na manhã desta segunda-feira em frente ao hotel onde está hospedada a seleção italiana, que chegou às 5h40 ao aeroporto internacional Tom Jobim, o Galeão, para a semana de treinos antes da Copa das Confederações. O parlamentar disse que disparou os fogos em protesto contra o barulho de um gerador do hotel Sheraton, na Barra da Tijuca, que estaria atrapalhando seu sono.

"Não é a primeira vez, não. Já fiz isso dezenas de vezes. Não adianta. Já pedi, não desligam, moro aqui do lado e não consigo dormir. Mas agora, se não desligarem esse gerador, virei todos os dias soltar fogos", disse o parlamentar. Os seguranças do hotel prometeram desligar o gerador e só voltar a ligar em caso de emergência, e Bolsonaro então foi embora antes da chegada dos italianos. Ele prometeu voltar se o acordo não for cumprido.

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Os italianos tiveram um ônibus à sua espera ainda na pista do Galeão e deixaram o aeroporto sem passar pelo saguão. Chegaram ao hotel na Barra da Tijuca por volta das 7h40. No domingo, a equipe europeia estreia na Copa das Confederações contra o México, às 16h, no Maracanã. Na terça-feira, a seleção italiana disputa amistoso contra o Haiti, às 15h45, em São Januário.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara pediu abertura de processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por comportamento incompatível com o mandato parlamentar. O presidente da comissão, Domingos Dutra (PT-MA), e um grupo de deputados do colegiado se reuniu com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pedindo providências contra o parlamentar.

Bolsonaro tumultuou, nesta terça, a reunião da Comissão Parlamentar da Memória, ligada à Comissão de Direitos Humanos, xingando e ofendendo funcionários, deputados e convidados que prestavam depoimentos - ex-integrantes do Exército e camponeses, envolvidos na Guerrilha do Araguaia. A reunião era fechada a pedido dos convidados e para, segundo a comissão, preservar a integridade física dos depoentes, que sofrem ameaças. Apesar de reservada, a reunião foi registrada pela TV Câmara, apenas para uso interno dos deputados. De acordo com a comissão, a gravação servirá de prova contra o parlamentar.

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Os fatos narrados na representação e testemunhados pelos integrantes do colegiado apontam Bolsonaro ofendendo os parlamentares. Inicialmente, ele teria pedido o nome e o endereço dos depoentes ao secretário da comissão, Márcio Araújo. Como os dados eram reservados e negados ao deputado, Bolsonaro xingou o servidor de "cachorrinho". Em seguida, começou a fotografar os depoentes e, ao ser alertado da proibição, afirmou que "a conversa não chegou ao chiqueiro". Bolsonaro teria repetido a mesma expressão ao referir-se ao deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que tentava evitar o tumulto na reunião.

Aos berros, Bolsonaro chamou os depoentes de mentirosos, segundo narração dos integrantes da comissão. "Seus gritos constituíram visíveis ameaças aos depoentes a ponto de um deles não conter seu choro de medo e indignação", relata o documento. Marco Maia afirmou que encaminhará o documento ao corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).

"A bola está com a Mesa da Câmara. Nós não vamos permitir que a comissão seja constrangida e, se houver problemas, a responsabilidade será da Mesa", afirmou Domingos Dutra, após o encontro com Marco Maia. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) cobrou uma ação efetiva da corregedoria. "A postura de Bolsonaro é de incitação à violência. Se a Câmara permitir isso, porque as ruas não irão reproduzir o mesmo?", afirmou Chico, alertando para o perigo de a Casa tratar a atitude de Bolsonaro como uma normalidade.

Pela manhã, em discurso no plenário, Bolsonaro criticou a Comissão da Verdade, criada no âmbito do governo pela presidente Dilma Rousseff. "Comissão da patifaria! Comissão da patifaria! Eu quero saber quem são os sete venais ou os sete sem caráter que vão aceitar fazer parte (da comissão)", disse Bolsonaro.

Ele atacou também a comissão parlamentar da Câmara.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara criou uma comissão paralela a do governo e se reuniu ontem para ouvir os primeiros depoimentos. Os parlamentares da comissão criticam a demora da presidente Dilma em indicar os nomes e instalar a comissão.

Primeira vice-presidente do Senado, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) pediu hoje ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), que adote providências para punir o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por falta de decoro parlamentar. Marta disse que, em discurso no início da tarde, o deputado teria dito que a presidente Dilma Rousseff deveria "assumir logo se o seu negócio é amor com homossexual". Ele protestava contra a campanha do governo para combater a homofobia nas escolas.

A senadora disse que, "como mulher, como mãe, como senadora, como vice-presidente do Senado", não podia se calar diante das palavras de Bolsonaro. Ela acredita que as providências contra Bolsonaro são necessárias para evitar que ele continue ofendendo as pessoas. "Sinto muito a falta de decoro parlamentar desse deputado, que tem ofendido cidadãos comuns e agora até a presidente da República", justificou.

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Marta disse que a falta de decoro de Bolsonaro se deve não por ele dizer que a presidente Dilma possa ser homossexual, mas, sim, por fazer insinuações a respeito da sexualidade da presidente da República, "quando a opção sexual de qualquer ser humano é uma questão de foro íntimo". Ela disse ainda que resolveu se manifestar sobre o fato por causa da "indignidade do pronunciamento e pelo absurdo".

Segundo ela, o deputado teria dito: "Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau".

No seu entender, a presidente tem se posicionado na luta pela conquista de direito dos homossexuais, "está indo muito além da conta". "Uma coisa é você se posicionar, se colocar, outra coisa é ir além do que é o respeito a qualquer cidadão e, principalmente, a uma mulher que hoje ocupa a Presidência da República", defendeu.

Famoso por criticar o movimento gay, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) saiu sob vaias, escoltado pela Polícia Militar, de um evento na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (Região Metropolitana), hoje à tarde.

Ele foi à universidade para participar de um evento. Durante a solenidade, dois vereadores de Niterói (Renatinho, do PSOL, e Leonardo Giordano, do PT) entregaram a Bolsonaro moções de repúdio a ele, aprovadas pela Câmara Municipal de Niterói depois que o deputado deu declarações consideradas homofóbicas e racistas ao programa "CQC", da TV Bandeirantes.

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Bolsonaro recebeu os documentos e em seguida rasgou os papéis. Estudantes começaram então a protestar e o deputado decidiu ir embora. Ele pediu auxílio a PMs, que o levaram para fora do campus. Ao entrar no carro, um dos homens que acompanhavam o parlamentar exibia uma arma não mão. Não ficou claro se era um segurança ou um policial à paisana.

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