Tópicos | Cais de Lingueta

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O Porto do Recife anunciou na tarde desta quinta-feira (22) a descoberta e identificação do Cais de Calheta, que serviu para embarque e desembarque de cargas e passageiros na cidade nos séculos 18, 19 e início do século 20. Além das ruínas do Cais, um canhão, uma âncora, louças, garrafas e correntes também foram encontrados.

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A descoberta aconteceu durante as obras para a construção do Cais do Sertão Luiz Gonzaga, em dezembro de 2011. Com autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi feito o resgate arqueológico e ele será o novo acervo da memória da cidade. “As ruínas do Cais da Lingueta serão incorporadas ao Cais do Sertão e ficarão expostas para visitação”, afirmou a presidente do Porto do Recife, Marta Kümmer.

Para o reconhecimento de que as ruínas encontradas fossem realmente o Cais da Lingueta, datado do século 18, foram feitos estudos históricos, iconográficos e arqueológicos. “A descoberta representa a evidência material construtiva do Cais. Ela está enterrada lá desde a construção do novo Cais do Porto no século 20”, disse o arqueólogo Nuno José.

As ruínas não foram as únicas descobertas, correntes que possivelmente atracavam navios em outras épocas, um canhão e uma âncora com cerca de quatro metros, pesando quase quatro toneladas. Além de utensílios como garrafas e tinteiros, louças inglesas e francesas também foram achados. Todos os objetos estão sendo tratados e serão expostos em um museu que será construído na área do Terminal Marítimo de Passageiros.

Segundo Marta Kümmer, a primeira parte do Cais do Sertão estará aberta para visitação no dia 13 de dezembro. As obras do Terminal Marítimo devem ficar prontas em janeiro de 2013.  Já as ruínas do Cais de Lingueta serão expostas a partir de agosto do próximo ano.

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