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Donos dos restaurantes do polo gastronômico, funcionários da Caldeirada e ambulantes que atuavam no Mercado do Artesanato de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife, receberão um auxílio semanal até que o espaço seja reformado.

Após o mercado pegar fogo na última quarta-feira (13), o prefeito da cidade, Zé de Irmã Teca, se reuniu com os seus secretários, representantes do poder Legislativo, artesãos e permissionários do polo gastronômico nesta quinta-feira (14).

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Um plano de ação para minimizar os impactos econômicos que serão gerados pelo incêndio foi divulgado pela prefeitura. O objetivo é dar todo o suporte necessário para os trabalhadores que tiveram prejuízos, a fim de apresentar soluções efetivas, mitigando os danos - já que o espaço é um ponto turístico da cidade e fonte de renda para muitas famílias do município.

De acordo com o Prefeito de Itapissuma, Zé de Irmã Teca, o Polo Gastronômico da Caldeirada permanecerá interditado até sair o laudo técnico com as ações de segurança necessárias, porém ações foram tomadas para os artesãos que perderam seus espaços de venda e peças possam divulgar e vender os artesanatos no Shopping de Igarassu, gratuitamente. Além disso, a Secretaria de Municipal de Turismo realizará feiras itinerantes no município, à medida que os artesãos forem produzindo novas peças.

Já o auxílio financeiro será disponibilizado para os trabalhadores da Caldeirada com  o crédito diretamente em conta bancária a partir da próxima quarta-feira (20). 

Veja quem terá direito e qual o valor

Os donos dos restaurantes do polo gastronômico: R$ 2.500,00 semanal

Funcionários da Caldeirada: R$ 200,00 semanal

Ambulantes: R$ 200,00 semanal

Artesãos que faziam exposição de suas peças no mercado e estavam frequentemente dentro do mercado, como única fonte de renda:  salário mínimo + ressarcimento do valor das peças perdidas e/ou avariadas.

Artesãos que apenas deixavam suas peças no Mercado: ressarcimento do valor das peças perdidas e/ou avariadas.

O auxílio será pago aos artesãos até que a reforma do mercado seja concluída, já os funcionários e donos de restaurantes na Caldeirada devem receber até sair o laudo técnico com as ações de segurança necessárias. 

A Secretaria Municipal de Turismo e o Conselho Municipal de Turismo vão realizar o cadastro das pessoas que trabalham na área da caldeirada. Para se cadastrar, os beneficiários precisam apresentar CPF, RG e um comprovante de residência 

Antes de passar pela ponte que liga o município de Itapissuma ao de Itamaracá, ambos na Região Metropolitana do Recife (RMR), uma parada à esquerda é quase obrigatória. Com a vista privilegiada em frente ao Canal de Santa Cruz, mais conhecido como “maré” pelo moradores locais, cerca de dez comércios, divididos em boxes no Centro Comercial Jaime Ferreira do Rego, são algumas das melhores opções gastronômicas do Litoral Norte de Pernambuco.

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Foi lá, que na década de 1980, a cozinheira Maria Irene, hoje com 89 anos, diz ter inventado o famoso carro-chefe da cidade há quase 40 anos, a caldeirada. O prato é uma verdadeira mistura de tudo que ela vendia em seu pequeno comércio, na época. A “rainha da caldeirada”, como é conhecido no Estado, diz que criou um prato no final de um dia com um movimento muito forte. Ela relata que praticamente todos os quitutes estavam se acabando e chegou um grupo de 20 clientes para fazer uma confraternização em seu bar.

Dona Irene relembra que jogou as comidas em uma grande panela. Misturou ostra, siri mole, arraia, marisco, sururu, camarão, polvo e lagosta. Colocou um pouco de manteiga para dar gosto, uns temperos e depois separou o caldo para acrescentar farinha e servir um pirão. Os clientes ficaram encantados com a culinária servida pela cozinheira e a caldeirada ganhou fama no Brasil e no mundo.

Atualmente, Irene não trabalha mais em seu comércio por conta da idade e de problemas de saúde, mas deixou seu herdeiro à frente cozinha da “Caldeirada da Irene” para dar segmento ao negócio. “Vem gente de todos os cantos do mundo. Já atendi gente da China, Estados Unidos, Amazonas e do Rio de Janeiro. São pessoas que passam por aqui só para provar o prato que criei. É muita felicidade”, diz ela.

Alberto Luís, 49, toma conta do negócio e hoje é o responsável pela caldeirada. Ele diz que aprendeu toda a receita e o gosto é o mesmo; continua saboroso. “Minha mãe dava a receita para quem pedisse, no começo do sucesso. Ela nunca foi mesquinha e apesar de muita gente ter criticado a comida no início, depois viram que dava certo. Agradava tanto que começaram a fazer também. Hoje, todos bares aqui servem caldeirada”, conta o herdeiro do comércio.

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Serviço

Praça Agagenon Magalhães - 8 - Espinheiro, Itapissuma

Das 9h às 18h 

Preço varia entre R$ 15 e R$ 90

(81) 3548-1347

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