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O irmão do ativista cego Chen Guangcheng fugiu da vila rural de Dongshigu para buscar aconselhamento legal em Pequim sobre como proteger seu filho da retaliação das autoridades locais.

Chen Guangcheng buscou a proteção de diplomatas norte-americanos no mês passado, após ter fugido da prisão domiciliar em sua cidade natal, o que provocou um impasse entre Pequim e Washington, além de destacar medidas extrajudiciais tomadas por autoridades locais para conter o dissidente.

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O problema foi resolvido pelos dois países, que concordaram em permitir que Chen, sua mulher e filhos viajassem para os Estados Unidos, onde Chen vai estudar numa universidade. Mas partidários do ativista dizem que os demais integrantes de sua família, que vivem na província de Shandong, continuam a ser alvo de repressão.

Seu sobrinho, Chen Kegui, foi detido sob acusação de tentativa de assassinato durante um confronto, no mês passado, com autoridades locais que invadiram sua casa em busca de seu tio, após terem se dado conta de sua fuga.

Chen Guangfu, irmão mais velhos do ativista e pai de Chen Kegui, reuniu-se nesta quinta-feira em Pequim com a advogada Ding Xikui para discutir o caso de seu filho.

Ding disse que ela e outros advogados receberam autorização da mulher de Chen Kegui para defendê-lo. Mas policiais do centro de detenção Yianan, onde Chen Kegui é mantido, disseram que advogados indicados pelo governo serão os representantes do acusado.

Ding disse que Chen Guangfu quer se reunir com o filho para reafirmar que ele também quer que Ding o represente.

"Ainda estamos negociando com as autoridades locais" a respeito do caso de Chen Kegui, disse Ding, acrescentando que Chen Guangfu também quer se encontrar com sua nora, que está em Pequim.

Os outros dois advogados disseram que Chen Guangfu entrou em contato com eles assim que saiu da vila. Um deles, Jiang Tianyong, disse que Chen Guangfu descreveu o endurecimento da segurança em sua cidade após a fuga de Chen Guangcheng, um mês atrás.

"Há muita gente, muita gente. Eles estão na entrada da vila e nos principais cruzamentos. Eles estão espalhados em locais mais distantes", disse Jiang. As informações são da Associated Press.

O Departamento de Estado norte-americano disse que os vistos norte-americanos para o dissidente chinês Chen Guangcheng e sua família estão prontos e que eles podem viajar para os Estados Unidos assim que Pequim der sinal verde.

A porta-voz Victoria Nuland disse nesta terça-feira que os procedimentos para a concessão do visto para Chen, sua mulher e seus dois filhos

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foram concluídos mais de uma semana atrás e que ele pode estudar numa universidade de Nova York.

O ativista cego Chen está num hospital de Pequim após ter fugido de sua casa, onde estava sob prisão domiciliar indevida, e se abrigado na embaixada dos Estados Unidos no final de abril, dando início a uma crise diplomática.

A China disse que vai aceitar o pedido de Chen para a obtenção de documentos para sair do país.

O deputado republicano Chris Smith disse que o status Chen é de "prisão domiciliar de facto", já que ele e sua família não podem receber visitas ou sair do hospital. As informações são da Associated Press.

A China pediu que os Estados Unidos adotem novas medidas para evitar que seus cidadãos busquem refúgio em missões diplomáticas norte-americanas, após o caso envolvendo o ativista cego Chen Guangcheng. Há temores de que as autoridades chinesas possam retaliar familiares e partidários do ativista.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei, criticou nesta segunda-feira a forma como os Estados Unidos cuidaram do caso, dizendo que foi uma interferência nos assuntos internos do país. Os Estados Unidos devem "tomar as medidas necessárias para evitar incidentes similares e tomar ações concretas" para manter as relações entre China e Estados Unidos, afirmou o porta-voz.

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O jornal China Daily também criticou o governo norte-americano, dizendo que Washington "cometeu um erro". " Ele (o governo dos Estados Unidos) violou leis internacionais e chinesas e interferiu nos assuntos internos da China", disse o jornal, em sua página de opinião. "Por isso, os Estados Unidos devem um pedido de desculpas à China."

Apesar disso, Chen disse nesta segunda-feira que está confiante de que Pequim vai conceder a ele visto para estudar no exterior. Chen é um ativista cego e advogado autodidata que escapou da prisão domiciliar e buscou abrigo na embaixada dos Estados Unidos em Pequim, dando início a um impasse diplomático. De acordo com as negociações, ainda em andamento, anunciadas sexta-feira por Washington e Pequim, Chen deve sair do país para estudar nos Estados Unidos.

"Já que o governo chinês prometeu assegurar meus direitos constitucionais e minha liberdade e segurança, eu sinto que eles cumprirão seus compromissos porque, acima de tudo, trata-se de um acordo entre dois países", afirmou Chen.

O ativista, que permanece num hospital de Pequim, para onde foi com o objetivo de receber tratamento médico, disse que pediu aos funcionários do hospital que o ajudassem com a papelada para que ele e sua família possam obter os documentos para a viagem.

"Eu confiei ao hospital a tarefa da falar com as pessoas ou departamentos relevantes que eu pedi a eles que cuidassem disso em meu nome, porque eu estou em cima de uma cama e não posso me mover e meus amigos não podem vir me ver. Então o que eu podia fazer? Tive de pedir a eles", disse Chen.

O ativista teve três ossos do pé quebrados durante a fuga de sua vila rural, jornada que incluiu a escalada de paredes e a passagem por campos e uma floresta, enquanto era perseguido por agentes de segurança. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O ativista chinês Chen Guangcheng declarou que uma autoridade norte-americana disse a ele que as autoridades chinesas ameaçaram espancar sua mulher até a morte caso ele não deixasse a embaixada dos Estados Unidos.

Falando pelo telefone de um hospital em Pequim na noite desta quarta-feira (horário local), o ativista cego disse à Associated Press que autoridades norte-americanas transmitiram a ameaça, vinda do lado chinês.

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Chen, que fugira para a embaixada seis dias atrás, deixou o local após um acordo pelo qual ele receberia tratamento médico, se encontraria com sua família e teria permissão para frequentar uma universidade num local seguro. Ele disse que agora teme por sua segurança e quer sair do país.

Autoridades norte-americanas negaram ter conhecimento da ameaça, mas disseram que Chen recebeu a informações de que sua família seria enviada de volta para casa, caso ele permanecesse na embaixada.

Também nesta quarta-feira, o governo chinês pediu aos Estados Unidos que "parem de enganar a opinião pública" no caso de Chen Guangcheng, depois de a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton ter dito que Washington permanece comprometido com o ativista.

"O que os Estados Unidos precisam fazer é parar de enganar a opinião pública, parar de esconder sua própria responsabilidade e de empurrá-la para outros no que diz respeito a esse assunto", declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Liu Weimin. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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