Tópicos | chuva de estrelas

Uma chuva de estrelas cadentes começa nesta sexta-feira (17) e deve se estender até 24 de agosto. Conhecidos como Perseidas, esses brilhos no céu são provocados por meteoroides menores que um grão de areia que entram na atmosfera com velocidade superior a 210 mil km por hora.

O fenômeno ocorre anualmente quando a Terra cruza com os restos da calda de um cometa chamado 109P/Swift-Tuttle, que completa uma órbita ao redor do Sol a cada 133 anos. Quando se aproxima do Sol, o cometa aquece, o que resulta na liberação de gases e pequenas partículas sólidas que terminam na atmosfera terrestre. "A uma velocidade dessas, o choque com a atmosfera é tão brusco que a temperatura dessas partículas aumenta em até 5 mil graus Celsius numa fração de segundo, por isso se desintegram emitindo um clarão. Isto ocorre entre os 100 e 80 km sobre o nível do solo", contou José Maria Madiedo, pesquisador do Instituto Astrofísico da Andaluzia (IAA-CSIC), em entrevista ao El País.

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No hemisfério sul, na noite de 12 para 13 de agosto, o fenômeno atinge seu ponto culminante. Para comtemplar e perceber as pequenas partículas, é indicado se afastar da poluição luminosa, preferindo a zona rural. Em comparação com o ano anterior, o evento poderá ser visto com maior clareza, visto que a Lua em quarto minguante não brilhará tanto.

 

A tradicional chuva de estrelas do mês de agosto atingirá seu auge na noite de domingo e madrugada de segunda-feira, um espetáculo celeste realçado este ano por um céu escuro de lua nova.

O auge do fenômeno "deverá ocorrer por volta das 02H00 GMT de segunda-feira (23H00 de domingo em Brasília) com uma ou duas estrelas cadentes por minuto", explicou à AFP Florent Deleflie, astrônomo do Observatório de Paris.

"Assim que cair a noite de domingo, os observadores poderão esperar ver dezenas de meteoros por hora", apontou a Royal Astronomical Society (RAS) em um comunicado.

As previsões auguram um 2018 "na média" para as Perseidas - melhor que o ano passado mas não tão bom como 2016, que foi excepcional.

A chuva de estrelas é causada pelas Perseidas, um campo de partículas deixadas pelo cometa Swift-Tuttle, que a Terra cruza a cada ano entre meados de julho e meados de agosto.

Ao entrar em nosso planeta, essas partículas chocam com as moléculas da atmosfera. A colisão violenta produz luz. Cada partícula se transforma então em uma "estrela cadente".

Embora o número esperado de estrelas cadentes não seja excepcional, as condições de observação serão "perfeitas", segundo a Royal Astronomical Society. Porque "lua nova é sinônimo de céu mais escuro".

Para admirar o fenômeno não é necessário nenhum instrumento, mas os especialistas recomendam se afastar das luzes da cidade, privilegiar o mar e a montanha e ter paciência, uma vez que a visão leva pelo menos 10 minutos para se acostumar à escuridão.

Florent Deleflie anima os observadores a "manter os olhos no céu porque alguns fenômenos muito furtivos ou algumas estrelas cadentes muito pequenas só são visíveis quando se olha permanentemente a abóbada celeste".

"Se as nuvens tornarem a observação impossível este fim de semana, saibam que a chuva de estrelas cadentes durará ainda alguns dias, embora com uma atividade reduzida", disse a Royal Astronomical Society.

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