Tópicos | Coletivo Vacas Profanas Dandara Pagu

A representante do Coletivo Vacas Profanas Dandara Pagu, organização que luta pela “naturalização e libertação” do corpo feminino, não se incomodou com os olhares voltados para ela durante a Marcha das Mulheres, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (8), para reivindicar direitos da classe. Dandara estava com os seios desnudos durante o ato. A feminista foi direta ao ser questionada sobre o assunto. “Eu posso fazer o que eu quiser com o meu corpo”, disparou.

A feminista contou que, não importa o que faça ou roupa que vestir, a mulher merece respeito. “A naturalização do corpo faz parte de um processo de igualdade. Eu sou livre para escolher”. 

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Dandara contou que faz parte de uma raça que carrega duros pesos marcados pelo preconceito: os negros. Segurando uma faixa ressaltando que 56% das mulheres vítimas de estupro são negras, ela alertou que a realidade é “triste”, mas que não se pode ficar calada. “A gente tem que lutar. Seja você branco, preto ou o que for, a sociedade precisa mudar”.

Ela diz sofrer com o preconceito, diariamente, mas que não irá desistir. “Você, negro, sai na rua e já sofre com esse problema. Se for no ônibus, te olham. Se for em uma loja, o segurança te segue. Além disso, somos a maioria vítimas da violência. Em todos os dados, somos a maioria. É preciso mudança”, desabafou.

A tradicional Marcha das Mulheres teve concentração no Parque 13 de Maio, percorreu a Avenida Conde da Boa Vista, e finalizou na Praça do Derby. O evento aconteceu em referência ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta (8).

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