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A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara vai discutir, nesta quarta-feira (24), o cumprimento da sentença que condenou o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), sobre o desaparecimento forçado de 70 guerrilheiros no caso conhecido por "Guerilha do Araguaia”, com destaque para os pernambucanos Miguel Pereira dos Santos (Cazuza) e Antonio Ferreira Pinto (Antonio Alfaiate).

A conversa vai acontecer no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, que recebe nesta semana a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento, em forma de debate, conta com a participação da diretora do Programa do Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) no Brasil, Beatriz Affonso, e Gilles Gomes, coordenador geral da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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De acordo com Manoel Moraes, à frente das duas relatorias, o momento é importante, pois trata-se da primeira sessão para coleta de informações sobre pernambucanos mortos ou desaparecidos na região amazônica brasileira do Araguaia. “As participações de Beatriz Affonso, como representante do CEJIL e Gilles Gomes são essenciais para preencher as lacunas históricas que ainda existem nesse período e, especialmente, no que diz respeito à guerrilha”, explica Moraes. “A militância de Cazuza e Alfaiate está inserida na relatoria do PCdoB. A história de resistência à ditadura civil-militar e as consequências deste envolvimento transformaram-se em uma das denúncias que levou o Brasil a responder perante à CIDH pelo desaparecimento dos corpos dos guerrilheiros do Araguaia”, atenta Moraes.

Guerrilha do Araguaia -  Movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 60 e a primeira metade da década de 70. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) tinha como o objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseado nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa. O palco das operações de combate entre a guerrilha e o Exército se deu onde os estados de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira.

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