Tópicos | companhia aérea Gol

O diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Gol, Edmar Prado Lopes, afirmou nesta terça-feira que a companhia não espera uma recuperação da economia no ano que vem, por isso, seu orçamento para 2014, que a empresa começa a preparar, deve ter uma abordagem conservadora em relação ao que se observa atualmente. "É cedo para dizer, mas por ora podemos antecipar que teremos uma abordagem conservadora do que vemos agora. Mesmo se houver eleições no ano que vem, não prevemos uma grande recuperação na economia", comentou, em teleconferência com analistas estrangeiros.

O diretor-presidente da companhia aérea, Paulo Sérgio Kakinoff, indicou, porém, que espera que no ano de 2014 a empresa terá uma estrutura mais robusta de custos "que permita melhorar os resultados, levando a companhia de volta para os níveis de rentabilidade desejados, o que permanece entre os nossos principais objetivos".

##RECOMENDA##

Ele lembrou que 2012 foi o ano da faxina, com o registro de provisões e processos de reestruturação, para preparar a companhia para os dois anos sucessivos e destacou que o planejamento da empresa previa que 2013 seria o ano em que alcançaria margens operacionais positivas de um dígito, o que já obteve no primeiro semestre, quando registrou margem operacional (Ebit) de 1,7%. "Agora estamos confirmando isso como projeção (guidance) para o fim do ano, apesar da deterioração muito forte no cenário macroeconômico. Conseguimos adaptar a companhia e ser ágil o suficiente para enfrentar a volatilidade nas variações macroeconômicas, então acredito que estamos de volta nos trilhos", reforçou.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) afirmou, nesta sexta-feira, 05, o rating B da Gol e o retirou da observação para um possível rebaixamento. A perspectiva do rating, no entanto, é negativa. Segundo a S&P, os fluxos de caixa da empresa vão melhorar gradualmente no decorrer do ano, impulsionando a lucratividade, em meio a uma redução de custos.

O rating reflete a avaliação de que a demanda doméstica continuará positiva no longo prazo, com a melhora da renda e do nível de emprego dos brasileiros. "Porém, a desaceleração econômica do País manteve as tarifas aéreas baixas, enquanto os preços do combustível prejudicaram a lucratividade da Gol e sua geração de caixa", disse a agência.

##RECOMENDA##

A S&P destacou ainda que a Gol perdeu parte de sua participação no mercado e que cortou sua capacidade de forma mais agressiva que as concorrentes.

A agência afirmou que a perspectiva negativa reflete as fracas métricas de crédito da Gol e o ambiente potencialmente volátil no Brasil durante os próximos meses, devido à desvalorização do real, o que afeta os custos do combustível.

"Os custos continuam a pressionar as margens devido à desvalorização do real de cerca de 10% até agora em 2013. A fraqueza da moeda local acentua as despesas denominadas em dólar como manutenção e combustível - cerca de 50% dos custos totais da companhia -, enquanto 90% da receita da Gol é em moeda local", disse a analista de crédito da S&P Rafaela Vitória. Fonte: Dow Jones Newswires.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando