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Na manhã desta sexta-feira (27), aconteceu a reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), na sede da Prefeitura do Recife. A reunião teve a intenção de discutir, com a possibilidade de aprovação, o projeto Novo Recife, localizado no Cais José Estelita. 

Segundo um dos representantes do movimento Direitos Urbanos, na fã page do Facebook, quando foi tentado o ingresso na reunião por parte da população civil vinculada ao movimento, o acesso foi bloqueado e ainda houve reação do policial com gesto obsceno (mostrando o dedo do meio da mão). 

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Confira a publicação da rede social: 

“Esse foi o recado que Geraldo Julio mandou para a população, para a participação popular, para a democracia, para a Constituição. O Estatuto da Cidade, no seu art. 2º, II, garante como diretriz da política urbana a gestão democrática das cidades, com a participação da população nos processos decisórios. E o REGIMENTO INTERNO do Conselho de Desenvolvimento Urbano determina que as reuniões serão aberta, com a participação da população! No entanto, o senhor aí da foto, dando a dedada para quem cobrava respeito ao regimento, se recusou a mostrar a lista dos "convidados", a mostrar a ordem de fechamento do prédio e a dizer como poderíamos negociar com quem deu a ordem. Disse somente que não precisava de lista para barrar a gente, porque ele sabia que nosso nome não estava na lista e a ordem era de barrar a gente. Quem deu a ordem de fechar a Prefeitura? Qual a fundamentação legal da ordem? Como nós, que somos contrários a esta determinação, poderíamos contesta-la se ninguém se mostrou responsável por ela? Isso é absolutamente ilegal, imoral, viola os princípios do direito administrativo, e, no fundo, é um ato covarde. Em outra foto coloco a cara de um dos responsáveis por essa decisão.”

Em nota, a secretaria de segurança urbana se pronunciou sobre o caso:

A Secretaria de Segurança Urbana do Recife informa que o caso será encaminhado à Corregedoria da Guarda Municipal para apuração. A pasta também informa que condena este tipo de comportamento.

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O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Jovaldo Nunes, tornou sem efeito a liminar que determinava a suspensão dos processos administrativos referentes ao projeto imobiliário Novo Recife. A decisão foi assinada nesta quarta-feira (27). A medida atende pedido do município do Recife.

A liminar do 1º Grau foi concedida pelo juiz José Viana Ulisses, da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital, no dia 21 de fevereiro. Em sua decisão, o magistrado levou em consideração os argumentos apresentados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), sobre a análise, de forma fatiada, pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) dos processos referentes ao projeto. Também falou de irregularidade na composição do conselho. Por fim, o magistrado determinou multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão.

No processo encaminhado ao presidente do TJPE, o município explicou que prestou todas as informações sobre as alegações apresentadas pelo Ministério Público. Também afirma que demonstrou inexistir qualquer vedação legal na análise prévia dos processos arquitetônicos. O município argumentou, ainda, que a vacância de alguns assentos no CDU não macula a paridade do Conselho em sua representação, nem anula deliberações até então tomadas. E concluiu dizendo que a suspensão causava sérios danos à ordem pública, à legalidade e à segurança pública.

Ao analisar o pedido, o desembargador Jovaldo Nunes esclareceu que a suspensão é uma medida excepcional, que tem como objetivo retirar eficácia de alguma decisão proferida contra a Fazenda Pública que possa causar grave risco à ordem, saúde, segurança ou economia. “Vejamos, então, se os efeitos da decisão impugnada representam risco de grave lesão aos bens difusos tutelados pela via do incidente de suspensão. Notadamente à ordem jurídica administrativa, na medida em que obsta a que o município requerente exerça os poderes que lhe são conferidos constitucionalmente, no que diz respeito à análise e aprovação de projetos de desenvolvimento urbano. Penso que sim”, ressaltou.

O presidente não considerou aceitáveis as supostas inobservâncias apontadas no projeto pela decisão do 1º Grau a ponto de impedir a continuação das demais etapas procedimentais de análise do empreendimento. Em sua decisão, também registrou o fato de a matéria também já foi enfrentada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima. O magistrado também tornou sem efeito a liminar que suspendia os processos na esfera federal.

O desembargador Jovaldo Nunes incorporou a sua decisão os argumentos do presidente do TRF-5, que destacou o grave dano à ordem pública com a suspensão dos processos referentes ao Novo Recife, abordando, ainda, a interferência na gestão administrativa municipal, que suplantou o Poder Executivo nas escolhas que fez, criando percalços artificiais a esse projeto imobiliário. O pedido deferido não alcança outras decisões que venham a ser proferidas em outras ações.

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A votação para a aprovação dos projetos que prevê a construção de 13 torres de edifícios no Cais José Estelita, no Projeto Complexo do Novo Recife, marcada para acontecer durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), na manhã desta sexta-feira (30), na sede da Prefeitura do Recife, não foi concluída. 

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A votação não aconteceu porque quatro dos membros do conselho pediram "vistas" dos documentos, com a finalidade de verificar se tudo está legal. Em um prazo de 20 dias, eles têm que apresentar o parecer dos documentos. A próxima reunião está marcada para o dia 21 de dezembro. 

A reunião que começou por volta das 9h, foi marcada por tumulto, protestos e gritaria. Aproximadamente 100 manifestantes protestaram do lado de fora do auditório. O clima foi de revolta. O pedido dos manifestantes de acompanhar a sessão foi negado pela presidente da CDU, a secretária de Controle e Desenvolvimento Urbano, Maria José De Biase.

Desde março deste ano, o grupo luta contra o projeto que aprova a construção das torres no Cais José Estelita, área central da cidade. Moradores do Coque também estão na mobilização. "Além dessa área, nós que vivemos no Coque também fomos prejudicados pela prefeitura, pois serão construídos polos jurídicos no local, assinados por João da Costa. Por isso, viemos aqui para evitar que mais algo seja destruído pelo prefeito", afirma Lourinaldo Fernandes, comerciante e morador da comunidade.

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