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De novo frente à costa da Líbia neste sábado (11), o navio humanitário "Aquarius" anunciou que mantém sua missão, após ter resgatado 141 pessoas em duas operações na sexta-feira (10).

As ONGs SOS Méditerranée e Médicos Sem Fronteiras (MSF) disseram, no Twitter, que seu barco "continua na zona de busca e resgate, atento a qualquer outra embarcação em perigo".

Na sexta de manhã, o navio resgatou 25 migrantes que estavam à deriva em uma pequena embarcação de madeira, a 26 milhas náuticas do litoral líbio, ao norte de Zuara.

Em uma segunda operação, o "Aquarius" resgatou 116 pessoas, 67 delas menores desacompanhados, em sua maioria originários da Somália e da Eritreia.

Segundo as ONGs, sua embarcação de madeira, "sobrecarregada", sem água e sem comida, estava a 24 milhas náuticas da costa líbia, ao norte de Abu Kammash.

Em junho, o "Aquarius" salvou 630 migrantes, também perto do litoral líbio. O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, negou-se a autorizar seu desembarque na Itália. As autoridades maltesas também fecharam seus portos ao navio, cujo destino final acabou sendo o porto espanhol de Valencia.

Cem migrantes que tentavam chegar à Europa seguiam desaparecidos desde quarta-feira (26) diante da costa da Líbia, informou nesta quinta (27) a guarda-costeira do país, acrescentando que 29 das 126 pessoas a bordo do bote puderam ser resgatadas.

"Segundo uma informação recebida na tarde de quarta-feira, 29 migrantes clandestinos, de nacionalidade africana, foram resgatados", informou à AFP o general Ayub Qasem, porta-voz da marinha de Trípoli. "Estavam a bordo de um bote inflável destruído e cheio d'água", acrescentou.

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Segundo o general Qasem, um dos sobreviventes disse que "o bote inflável saiu de Garaboulli (70 km a leste de Trípoli) com 126 clandestinos a bordo" e que, atingido pelas ondas, rasgou e a água se infiltrou, provocando o desaparecimento de 97 migrantes (...), incluindo três mulheres e uma criança".

A Líbia e sua costa de 1.770 km, onde não há controle de fronteiras, tornaram-se uma plataforma para a migração clandestina. Com botes infláveis e barcos de madeira, os migrantes tentam alcançar a ilha italiana de Lampedusa, situada a 300 km da costa líbia.

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