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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição, pelo Itaú Unibanco, do Banco Citicard e da Citifinancial Promotora de Negócios e Cobrança, responsáveis pela oferta e distribuição de produtos e serviços financeiros da marca Credicard. O negócio foi fechado em maio pelo valor de R$ 2,767 bilhões em dinheiro, e as empresas compradas faziam parte do Grupo Citibank.

A aquisição da Credicard vai possibilitar ao Itaú Unibanco elevar sua participação em cartões de crédito para quase 40%, segundo informou em maio ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real, da Agência Estado, o diretor Corporativo de Controladoria da instituição, Rogério Calderón. Os 4,8 milhões de cartões da marca vão agregar cerca de 4% em market share ao banco, que já conta com uma fatia de pouco mais de 35% no segmento.

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Em ativos, a aquisição da Credicard acrescenta ao Itaú Unibanco um montante de R$ 8 bilhões, que, somados ao valor encerrado no primeiro trimestre, chegam a um total de R$ 1,036 trilhão. Já em funcionários, são cerca de 1,2 mil novos colaboradores que serão integrados ao grupo, cujo total passa a somar mais de 97,5 mil.

Segundo o Cade, a operação reforça a posição do Itaú Unibanco de líder de mercado, "mas não inviabiliza a rivalidade no mercado, pois há ainda pelo menos cinco grandes agentes - Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander e HSBC - que podem rivalizar com a requerente". A aprovação do negócio, que se deu sem restrições, é assinada pelo superintendente-geral do órgão, Carlos Ragazzo, e está publicada em despacho no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22).

A venda da Credicard para o Itaú Unibanco demonstra como o Citi Brasil está encontrando formas de otimizar seus negócios e de focar em segmentos específicos nos mercados emergentes em linha com a sua estratégia global. A análise é de Francisco Aristeguieta, CEO do Citi América Latina.

"Fazemos negócios no Brasil há 98 anos e continuaremos ampliando nossos negócios institucionais e de banco de varejo no País. O Brasil é um importante mercado em crescimento, e é parte essencial da presença do Citi na América Latina e da sua rede global", destaca ele, em comunicado à imprensa.

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O Citibank espera que a transação, após ser aprovada pelas autoridades reguladoras brasileiras, gere um ganho sobre a venda de aproximadamente US$ 300 milhões após os impostos (US$ 0,10 por ação) na conclusão da operação.

Segundo nota do banco, as atividades de negócios serão refletidas em operações descontinuadas a partir do segundo trimestre de 2013.

Ao adquirir a Credicard, o Itaú traz para o banco uma carteira de crédito com valor bruto de R$ 7,3 bilhões e 96 lojas da Credicard. A transação não inclui, porém, cartões Corporativos, os portfólios das marcas Citi, Diners, Credicard Platinum (exceto Exclusive), e cartões Credicard American Airlines, que serão migrados para a marca Citi e continuarão sendo administrados pelo banco. A rede de agências Citibank também não será afetada por esta transação, destaca o banco.

O Itaú Unibanco Holding fechou nesta terça-feira, 14, com o Banco Citibank, a aquisição do Banco Citicard e da Citifinancial Promotora de Negócios e Cobrança, responsáveis pela oferta e distribuição de produtos e serviços financeiros da marca Credicard, principalmente empréstimos pessoais e cartões de crédito, pelo valor de R$ 2,767 bilhões em dinheiro.

A operação conta com uma carteira de crédito (valor bruto) no valor de R$ 7,3 bilhões (data-base 31 de dezembro de 2012) e com uma base de 4,8 milhões de cartões de crédito.

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O negócio não inclui os cartões American Airlines, Corporate, Credicard Platinum (exceto Credicard Exclusive) e os cartões com as marcas Citi e Diners.

De acordo com comunicado do Itaú, as bases contratuais dos clientes da Credicard, atualmente existentes, não terão nenhuma alteração em decorrência da operação. A conclusão da operação e o efetivo pagamento dependerão da aprovação dos órgãos reguladores competentes.

Termina nesta sexta-feira o prazo para que os interessados apresentem propostas pela Credicard, que foi colocada à venda pelo Citibank. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que os três maiores bancos privados do País devem fazer ofertas: Itaú, Bradesco e Santander. O Banco do Brasil, que participou de grande parte do processo, desistiu. Nenhuma das instituições se pronunciou sobre o assunto.

Executivos dos três bancos continuavam a analisar, no início da noite de quinta-feira, os números da Credicard para decidir se fariam mesmo uma oferta. A reportagem ouviu de fontes diferentes um argumento comum em negociações empresariais neste estágio: ninguém cometeria “loucuras” para comprar o ativo.

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Hoje, a Credicard possui 4,7 milhões de cartões de crédito, respondendo por cerca de 10% do faturamento do setor no País. O negócio, porém, é mais amplo. Inclui uma área de financiamentos que engloba os segmentos de crédito ao consumo (incluindo consignado) e imobiliário.

A venda integra os planos globais do Citigroup após a reestruturação que se seguiu à eclosão da crise imobiliária nos EUA, em 2008. O banco, que já foi o maior do mundo, estabeleceu alguns focos de negócio. Nessa estratégia, decidiu abrir mão da Credicard.

Nas últimas semanas, circularam inúmeros rumores no mercado sobre as negociações. Algumas fontes diziam que o favorito à compra era o Itaú, justamente pelo profundo conhecimento do negócio. Outras argumentavam que a compra seria mais estratégica para o Bradesco, que incrementaria ainda mais um ramo de atuação que vem crescendo fortemente no País.

Uma fonte que conhece o assunto lembra, porém, que as propostas, se vierem, serão conhecidas apenas nesta sexta-feira. Observa, ainda, que todo bom negociador evita, de antemão, mostrar o real apetite que tem no negócio. A mesma fonte comenta que o vencedor não será necessariamente conhecido hoje, visto que as potenciais propostas não devem ser tão distintas entre si. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo .

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