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A reforma da Previdência está em discussão na Câmara dos Deputados e na próxima semana deve ser votada na comissão especial. Após a passagem pelo colegiado, o Plenário da Casa vai decidir se aprova ou não a proposta de emenda constitucional. Para seguir ao Senado, o texto precisa de 305 votos favoráveis. O LeiaJá fez um levantamento com a bancada federal pernambucana e indagou os deputados não apenas sobre como devem votar, mas o porquê da postura.

Dos 25 parlamentares, 18 responderam aos questionamentos da reportagem. Três deles disseram que são a favor da proposta do presidente Michel Temer (PMDB), 13 são contra e dois ainda não definiram o voto. O assunto tem dividido não só os deputados federais, mas a sociedade. Inclusive é um dos temas, nesta sexta-feira (28), de manifestações em todo o país. Conheça o posicionamento dos representantes de Pernambuco na Câmara:

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-->> Votam a favor da reforma

Augusto Coutinho (SD)

"A Reforma da Previdência é um tema extremamente necessário que estamos discutindo. O governo apresentou uma proposta à sociedade, que se posicionou claramente contrária a alguns tópicos, que foram reformulados. Portanto, esse é um processo de debate e não de imposição. Ninguém está empurrando goela abaixo. Temos um compromisso com a sociedade, e defendemos a revisão desses pontos em que houve grande divergência. Mas reitero essa reforma vem sendo adiada há décadas, por questões meramente populistas e eleitoreiras, e que agora a conta chegou. Ou a gente assume o controle disso e procura minimizar os efeitos para as próximas gerações, ou seremos negligentes como outros foram. Nesse cenário, eu sou a favor da atual versão do projeto".

Carlos Eduardo Cadoca (sem partido)

"A Reforma da Previdência não é apenas uma questão política. É uma questão de Estado. O Governo demonstrou habilidade nas negociações, flexibilizou pontos importantes, como a questão da idade de aposentadoria, e consolidou uma proposta melhor estruturada. Não dá mais para mexer para não comprometermos o ajuste fiscal. Precisamos contribuir para o equilíbrio das contas públicas. E disso que o País precisa neste momento."

Jarbas Vasconcelos

“Sou a favor da reforma da Previdência e por isso mesmo entendo que o Governo Federal, que sinaliza flexibilizar a questão relativa as mulheres, ainda tem espaço para negociar e flexibilizar outro pontos importantes, como a integralidade aos 49 anos de contribuição e a questão da aposentadoria de professores, trabalhadores rurais e profissionais de risco”.

-->> Votam contra a reforma

Betinho Gomes (PSDB)

"A reforma da previdência é necessária? Sim, mas não do jeito que está aí, nem do jeito que vem sendo conduzida. O governo não fez o debate com a sociedade. Só depois de muita pressão, é que resolveu rever algumas posições. Mesmo assim, ainda deixou muitas dúvidas no ar. Neste sentido, eu me posiciono contra a reforma da previdência mesmo com os ajustes apresentados ao relatório final. O momento é conturbado para se fazer uma mudança dessa magnitude".

Danilo Cabral (PSB)

O deputado Danilo Cabral é contra a Reforma da Previdência. Segundo ele, é uma proposta muito dura para os trabalhadores. “O governo propõe austeridade para os mais fracos, mas não para os que estão no andar de cima. É uma proposta que não atende à expectativa da sociedade".

Zeca Cavalcanti (PTB) 

“Sou contra a Reforma da Previdência. O texto apresentado ao Congresso Nacional prejudica os trabalhadores e as trabalhadoras rurais e urbanos. Hoje, a previdência rural contribui para redução das desigualdades sociais ao distribuir renda, ajudando o estímulo à economia, principalmente, no semiárido nordestino. Temos que rever as desonerações às empresas exportadoras e combater à sonegação fiscal para garantir um futuro melhor para nossa população”.

Gonzaga Patriota (PSB)

“A Previdência Social é um direito fundamental da pessoa humana, assegurado pela Constituição Federal de 1988. A inclusão previdenciária garante um seguro social, necessário quando o cidadão se encontra em situação de vulnerabilidade ou desamparo, seja pela idade avançada, acidente, invalidez ou maternidade, riscos sociais cobertos pelo sistema previdenciário brasileiro. A Reforma da Previdência terá grande impacto sobre a população brasileira, portanto, é imprescindível que seja objeto de um diálogo aprofundado com a sociedade brasileira. Não é aceitável que uma reforma dessa amplitude seja avaliada sob o único e exclusivo enfoque da crise econômica estatal, olvidando-se seus aspectos jurídicos e sociais.”

Kaio Maniçoba (PMDB) 

“Sou contra a reforma da Previdência desta maneira que está sendo apresentada pelo governo. Reconheço a existência de um enorme déficit nas contas da Previdência e sei que precisamos fazer alguns ajustes, mas as medidas propostas no pacote não me parecem justas e adequadas. A dosagem do ajuste recai sobre a parcela mais sacrificada da classe trabalhadora e, portanto, não merece nosso apoio. Não darei apoio a nenhuma proposta que vise aumentar o sacrifício de  uma parcela da população que já sobrevive no limite de suas condições.”

Ricardo Teobaldo (PTN)

“O Brasil precisa de uma reforma da Previdência, mas não da forma que está sendo colocada. Não podemos aprovar uma medida que exponha o trabalhador e o coloque em uma situação de vulnerabilidade, isso sem falar na perda de direitos conquistados a duras penas. Por isso votarei contra a reforma da Previdência. É compromisso meu manter os direitos conquistados pelos trabalhadores”.

Silvio Costa (PTdoB)

"Sou contra a reforma da Previdência. Ela retira direitos dos trabalhadores. Sou contra todas as reformas propostas pelo governo Temer, porque todas elas tiram direitos adquiridos pelos trabalhadores e quebram a proteção social no país". 

Creuza Pereira (PSB)

“Apesar de achar necessária uma Reforma da Previdência, discordo totalmente de termos que estão presentes no texto apresentado. Como a integralidade da aposentadoria com 49 anos de contribuição, a idade mínima de 65 para se aposentar, o item que prevê igualar as idades de contribuição entre homens e mulheres, o desmonte da aposentadoria rural, de professores e de categorias de risco, além da retirada de direitos a pessoa idosa e com deficiência.”

Daniel Coelho (PSDB)

"O texto é ruim, injusto, mantém alguns privilégios e carrega naqueles que ganham salários baixos mais peso do que eles podem suportar. O déficit existe, é necessária uma reforma, mas a reforma justa não é essa apresentada pelo governo".

Pastor Eurico (PHS) 

“Acredito que apesar de haver a necessidade da reforma, alguns pontos precisam ser mais discutidos. Foram atendidos alguns pleitos nominalmente de alguns grupos velados. Precisavámos rediscutir todas as questões, não apenas as pontuais. Deveríamos, apesar de sermos representantes do povo, debater algumas questões diretamente com a sociedade. Para beneficiar uns e prejudicar outros  eu sou contra.”  

Tadeu Alencar (PSB)

“Temos que reconhecer que houve mudanças importantes, de fato houve várias evoluções, mas não ainda de transmitir um voto de aprovação. Com relação aos servidores públicos, por exemplo, a regra de transição é muito dura. Se não aprovar a proposta, o governo diz que a previdência vai quebrar, mas não se faz nada para cobrar as dívidas das grandes empresas para com o setor. Ainda não tem condição de defender a aprovação de um texto como este.”

Luciana Santos (PCdoB)

"Sou contra a reforma da previdência, porque esse projeto essencialmente retira direitos dos trabalhadores e trabalhadoras (estas, sem dúvida, as mais penalizadas). A reforma da previdência é mais uma face cruel do pacote de maldades do governo ilegítimo de Temer, que reforça desigualdades em uma economia frágil e servirá apenas para fazer com que a parcela mais pobre da população pague a conta da crise."

Eduardo da Fonte (PP)

"Temos que ouvir a sociedade sobre vários pontos. Como afirmei em  2014, estou ao lado dos aposentados, ao lado da população. Votarei contra e vou pedir destaque de emendas no dia da votação.”

-->> Sem voto definido

Jorge Côrte Real (PTB)

“Estou avaliando todos os pontos do e junto com o partido para chegar num consenso de como vai ser o posicionamento.”

Marinaldo Rosendo (PSB)

"A necessidade de uma reforma na previdência não é nova, pelo contrário.  É fundamental que possamos promover os ajustes.  Precisamos dialogar com a sociedade, ampliar as discussões, para que o povo não seja prejudicado. O Brasil tem realidades regionais diferentes que devem ser consideradas nesse debate ".

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