Às 14h05 desta sexta-feira (30) foi abortada a missão de resgate de uma ossada encontrada por um mergulhador na praia de Jaguaribe, na Ilha de Itamaracá, que pode ser de Taciana Barbosa- desaparecida desde 11 de maio de 2008, dia em que foi se encontrar com o policial Marco Antônio Medeiros e Silva, com quem mantinha o caso amoroso.
“A correnteza está muito forte, deixando a água turbulenta. Os mergulhadores não conseguem visualizar bem o fundo, mas nós avançamos com a busca, pois já fizemos uma delimitação da área, de 150 metros quadrados”, anunciou a perita criminalística Vanja Coelho.
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Com a chegada do barco que levou a equipe de seis pessoas - entre bombeiros, policiais civis, polícia científica, fotógrafo da perícia e o delegado Derivaldo Falcão (responsável pelo inquérito). Novos esclarecimentos foram dados à imprensa. “Foi feita uma análise do local, descemos cerca de 3 metros, mas a condição da água não nos permitiu continuar com as buscas. A polícia científica se reunirá e decidirá o melhor dia para retomamos. Será traçada uma metodologia de busca. Mas isso (retomada da operação) provavelmente deve acontecer na próxima terça-feira (4)”, garantiu o delegado Derivaldo.
A perita Vanja Coelho ainda destacou que se achada, a ossada será submetida a um estudo anatômico, patológico, antropológico e posteriormente de DNA.
Família
Com rumores de ter sido achada uma ossada na praia de Jaguaribe, na Ilha de Itamaracá - local em que segundo as investigações o corpo de Taciana Barbosa foi jogado- surge uma nova esperança para a família da vítima, desaparecida no dia 11 de maio de 2008.
Taciana estava grávida de oito meses e de acordo com a mãe, Fátima Barbosa, teria recebido um telefonema do policial Marco Antônio (seu ex-amante) para marcar um encontro. “Ele ligou para minha filha e disse que tinha um presente inesquecível para dar a ela. E esse foi o presente que ele deu a Taciana, a morte”, lamentou Fátima. A
A mãe de Taciana contou a equipe do LeiaJá que está confiante que a ossada seja encontrada. “É o meu maior sonho agora, encontrar essa ossada e poder enterrar minha filha. Todo dia 11 é horrível para mim, fico lembrando dela”, disse. E completou “Ontem eu estava me sentindo mal, não sabia o motivo e eu também me senti assim quando ela desapareceu”.
Já o pai de Taciana, Joatan Souza de Carvalho, aguarda a condenação do policial. “Ele está preso, mas ainda não foi julgado. Espero que essa ossada seja da minha filha, pois só assim o advogado de defesa não terá mais como apelar”, acredita.
Acusado
O policial Marco Antônio está preso, acusado dos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, aborto provocado por terceiro, furto qualificado, ocultação de cadáver e coação no curso do processo.